12 coisas que você pode fazer para evitar ter demência
Com informações da New Scientist[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Como evitar a demência
Quase metade de todos os casos de demência poderiam ser evitados ou retardados com a adoção de 12 medidas de prevenção.
Esta é a conclusão de uma revisão sistemática do saber científico atual, coordenada por uma equipe da Universidade de Melbourne (Austrália), mas contando com 28 especialistas em demência de todo o mundo.
Os pesquisadores identificaram os maiores fatores de risco conhecidos para demência:
- Tabagismo
- Consumo excessivo de álcool
- Pressão alta
- Obesidade
- Diabetes
- Depressão
- Perda auditiva
- Exposição à poluição do ar
- Falta de exercícios
- Falta de contato social
- Traumatismo craniano
- Nível de educação
Minimizar os 10 primeiros riscos, que são evitáveis, e contar com bons resultados nos dois últimos, pode prevenir ou atrasar até 40% dos casos de demência em todo o mundo.
Nunca é tarde para começar
"As pessoas que têm familiares com demência costumam me perguntar: 'Há algo que eu possa fazer para me impedir de contrair isso?'," contou o Dr. David Ames, um dos autores da análise. "Certamente há algumas coisas que você pode fazer que podem fazer a diferença."
Por exemplo, a revisão constatou que as pessoas podem se proteger parcialmente não fumando, bebendo menos de 21 unidades de álcool por semana, mantendo uma pressão arterial sistólica inferior a 130 mmHg, evitando atividades que poderiam levar a traumatismos cranianos, usando aparelhos auditivos se necessário, comendo uma dieta saudável, praticando exercícios e socializando-se regularmente.
Mesmo as pessoas mais velhas podem retardar ou até mesmo prevenir a demência tomando medidas para melhorar seu estilo de vida, disse Ames: "Nunca é muito cedo e nunca é tarde para pensar em reduzir o risco".
Políticas públicas contra demência
Além de fazer recomendações para as pessoas individualmente, o painel de especialistas pede aos governos que protejam suas populações da demência oferecendo educação primária e secundária para todas as crianças, melhorando a qualidade do ar, promovendo comportamentos saudáveis e desencorajando o fumo e o consumo excessivo de álcool.
Na América Latina, por exemplo, estima-se que 56% dos casos de demência poderiam ser evitados ou adiados com políticas focando os 12 fatores de risco.
No entanto, há um limite para o quanto você pode prevenir a demência com intervenções no estilo de vida, porque o cérebro inevitavelmente começa a se "desligar" na velhice, especialmente em pessoas que vivem acima dos 100 anos, diz Ames.
"Nós nos tornamos muito bons em evitar que as pessoas morram de coisas como diarreia infantil, e isso significa que agora temos uma alta expectativa de vida," disse ele. "Se você ficar por aqui por tempo suficiente, alguma coisa acabará pegando você, e a demência é uma dessas doenças."
Artigo: Dementia prevention, intervention, and care: 2020 report of the Lancet Commission
Autores: Gill Livingston, Jonathan Huntley, Andrew Sommerlad, David Ames, Clive Ballard, Sube Banerjee, Carol Brayne, Alistair Burns, Jiska Cohen-Mansfield, Claudia Cooper, Sergi G Costafreda, Amit Dias, Nick Fox, Laura N Gitlin, Robert Howard, Helen C Kales, Mika Kivimäki, Eric B Larson, Adesola Ogunniyi, Vasiliki Orgeta, Karen Ritchie, Kenneth Rockwood, Elizabeth L Sampson, Quincy Samus, Lon S Schneider, Geir Selbæk, Linda Teri, Naaheed Mukadam
Publicação: The Lancet
DOI: 10.1016/S0140-6736(20)30367-6
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