Pesquisar este blog

terça-feira, 2 de julho de 2013

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS EM BEBÊS e DIABETES TIPO 1

Infecções respiratórias na infância podem aumentar o risco de diabetes tipo 1

Segundo pesquisa, quadros infecciosos, especialmente no primeiro ano de vida da criança, causam alterações no sistema imunológico associadas ao diabetes

Infecção respiratória: Muitos casos do problema no primeiro ano de vida da criança pode aumentar o risco de diabetes tipo 1
Infecção respiratória: muitos casos do problema no primeiro ano de vida da criança pode aumentar o risco de diabetes tipo 1 (Thinkstock)
Infecções respiratórias que atingem crianças muito pequenas, especialmente no primeiro ano de vida, podem ser um fator de risco para que elas desenvolvam diabetes tipo 1 no futuro. Essa é a conclusão de um novo estudo feito no Instituto de Pesquisa em Diabetes da Universidade de Munique, na Alemanha, e publicado nesta segunda-feira no periódico JAMA Pediatrics.
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico JAMA Pediatrics

Quem fez: Andreas Beyerlein, Fabienne Wehweck, Anette-Gabriele Ziegler e Maren Pflueger

Instituição: Instituto de Pesquisa em Diabetes,Universidade de Munique, Alemanha

Dados de amostragem: 148 crianças com risco genético de ter diabetes tipo 1

Resultado: Infecções no primeiro ano de vida, aparentemente infecções respiratórias especificamente, aumentam o risco de alterações na imunidade que podem levar ao diabetes tipo 1 no futuro.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que ainda não é completamente compreendida e para a qual não existe cura. Em pessoas com a doença, o sistema de defesa ataca células que produzem a insulina, hormônio que ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue. Não há cura para o problema, os pacientes precisam controlar seus níveis de glicose várias vezes ao dia, além de repor a insulina no organismo.
O novo estudo, coordenado pelo pesquisador Andreas Beyerlein, buscou saber se episódios de infecção e febre nos primeiros anos de vida de uma criança estão associados ao início de um processo de autoimunidade do corpo – ou seja, quando o sistema imunológico passa a atacar o próprio organismo. A pesquisa envolveu 148 crianças com um alto risco genético de ter diabetes tipo 1. Durante os três primeiros anos de vida delas, foram registrados 1.245 casos de infecções no total (uma média próxima a três eventos por ano em cada criança).
Infecção de risco — Após analisar os dados dos participantes, os autores concluíram que infecções — principalmente as respiratórias — durante os primeiros seis meses de vida de um bebê aumentam em até 2,2 vezes o risco de alterações na imunidade que podem levar ao diabetes tipo 1 no futuro. Infecções que ocorrem entre crianças de seis meses a um ano elevam esse risco em 32%. Não foram detectadas associações significativas entre quadros infecciosos no segundo ou terceiro ano de vida e o risco de diabetes tipo 1.  “Potenciais estratégias para prevenir o diabetes tipo 1 vêm de estudos como esse e podem levar ao desenvolvimento de uma vacina contra agentes infecciosos específicos. Infelizmente, nós não conseguimos identificar um agente específico que possa ser fundamental para o desenvolvimento do diabetes tipo 1. No entanto, nossos resultados apontam para uma possível importância de infecções no trato respiratório”, escreveram os autores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário