Como controlar a ansiedade
Quando o sentimento passa a atrapalhar situações corriqueiras, o ideal é buscar uma avaliação psicológica
Foto: Shutterstock
A ansiedade nada mais é do que a percepção de algo ruim pode
acontecer. Esta sensação de nervosismo pode ser vivenciada por
toda e qualquer pessoa e não significa, necessariamente, que exista um perigo
real iminente. “Ao sentir a percepção de ameaça, a resposta do organismo é de
autoproteção. Ele ativa as sensações corporais e percepções acerca da situação,
o que provoca sintomas tanto físicos quanto cognitivos”, descreve a terapeuta
cognitiva comportamental Michelle Vieira Bernardo, presidente da Aporta –
Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade.
Segundo explica a especialista, o sentimento é uma reação natural do corpo e não deve ser encarado como algo negativo – exceto quando acontece em níveis elevados. “Existem inúmeras situações em que ficamos ansiosos. A ansiedade, uma vez que se mantenha no nível ideal, é capaz de motivar as pessoas, de aumentar o nível de atenção e prepará-las para enfrentar de forma melhor as situações de estresse”, esclarece a terapeuta. “É natural, quando temos de fazer uma prova importante, que tenhamos a ansiedade aumentada. O mesmo ocorre em entrevistas de emprego, nascimento do filho, situações que vivenciamos pela primeira vez, etc.”, completa.
Segundo explica a especialista, o sentimento é uma reação natural do corpo e não deve ser encarado como algo negativo – exceto quando acontece em níveis elevados. “Existem inúmeras situações em que ficamos ansiosos. A ansiedade, uma vez que se mantenha no nível ideal, é capaz de motivar as pessoas, de aumentar o nível de atenção e prepará-las para enfrentar de forma melhor as situações de estresse”, esclarece a terapeuta. “É natural, quando temos de fazer uma prova importante, que tenhamos a ansiedade aumentada. O mesmo ocorre em entrevistas de emprego, nascimento do filho, situações que vivenciamos pela primeira vez, etc.”, completa.
Sintomas da ansiedade
O natural é que, após este temporário aumento no nível de ansiedade, uma vez
acabada a situação estressante, o organismo volte ao seu estado
normal. No entanto, quando isso não acontece, significa que a pessoa atribuiu a
esta situação de perigo – mesmo que imaginário –um novo significado, o qual
poderá expandir-se para outras situações. Em outras palavras, a pessoa pode
ficar, de certa forma, traumatizada e passar a sentir esse
mesmo nível elevado de ansiedade em outras ocasiões, ainda que
estas não tenham relação direta com a primeira.
“A ansiedade só causa prejuízos quando a pessoa não sabe gerar seu auto
equilíbrio, ou seja, avaliar a situação e perceber que o perigo já não existe
mais. Se isso não acontece, os níveis elevados de ansiedade passam a gerar
problemas”, explica a especialista.
Basicamente, o quadro pode levar a:
- Comportamentos de evitação ou fuga de situações;
- Congelamento;
- Inquietação;
- Insônia, entre outros.
“Portanto, quando há alta intensidade, duração prolongada, episódios
frequentes de muita ansiedade e interferências negativas na vida social,
familiar e pessoal, dizemos que a ansiedade passou a ser um problema e deve ser
tratada”, define a terapeuta.
Tratamento para ansiedade
A pessoa que sofre de ansiedade pode desenvolver doenças denominadas
“transtornos ansiosos”. Eles incluem fobias (social, específica ou agorafobia, que é o medo de frequentar locais dos quais seria difícil ou
embaraçoso escapar), transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada,
transtorno obsessivo-compulsivo e até mesmo transtorno de
estresse-pós-traumático. Além disso, estudos apontam a relação da ansiedade com
hipertensão, insônia e obesidade, dentre outras doenças.
A pessoa que sofre de algum destes transtornos necessita de acompanhamento
psiquiátrico e terapêutico. O tratamento consiste em ensinar o paciente a
controlar seus níveis e entender seus desencadeadores. Em alguns casos, a
terapia é complementada com o uso de medicamentos.
“Se alguém sente que a ansiedade começou a trazer prejuízos, como não
conseguir parar de pensar em determinada situação, ficar antevendo mil problemas
para um evento que nem sequer está acontecendo, observar sensações físicas em
situações tidas como normais por outras pessoas, é importante que procure uma
avaliação psicológica ou mesmo psiquiátrica, para não deixar que o problema
atinja o nível de um transtorno de ansiedade”, alerta a terapeuta. “Por vezes, o
melhor remédio para a ansiedade é o autoconhecimento sobre seu estado corporal e
sobre seus pensamentos, e como estes interferem diretamente no seu corpo”,
completa.
Exercício para ansiedade
Quem não possui o distúrbio mas busca formas de controlar seus níveis de
ansiedade deve realizar, no dia a dia, exercícios de relaxamento, respiração e
atividades físicas. “Uma vez que a ansiedade é uma sensação de desconforto
causada no organismo, o exercício físico é capaz de combater o sintoma ao gerar
a sensação de bem estar”, defende Michelle.
Tente fazer o seguinte exercício:
Respiração quadrada
Sente-se confortavelmente e foque toda a atenção somente no seu corpo.
Observe sua respiração. Mantenha a boca fechada durante todo o exercício.
1 – Inspire o ar enquanto conta, lentamente, até três;
2 – Segure o ar nos pulmões e conte, na mesma velocidade, até três;
3 – Expire o ar contando até três;
4 – Mantenha-se sem ar até contar, novamente, até três;
5 – Retorne ao passo 1.
Você deve repetir o exercício durante um minuto. É importante fazer pausas
entre os ciclos, para evitar tonturas. Se estiver se sentindo bem, retome a
sequência, desta vez durante três minutos.
FONTE: http://itodas.uol.com.br/bem-estar/como-controlar-a-ansiedade/
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