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sábado, 30 de novembro de 2013
CONTROLE DO TABAGISMO: POLÍTICA PÚBLICA ---como TUDO neste Brasil--- NÃO ALCANÇA OS MAIS POBRES
As políticas de controle do tabaco desenvolvidas durante o período 1989-2008 conseguiram reduzir o consumo em quase 50%. No entanto, apesar desse bom resultado, não houve um olhar específico para as desigualdades socioeconômicas. Tal afirmativa se comprova no momento em que as pesquisas analisam a situação de vulnerabilidade às quais as populações de baixa renda estão submetidas, quando o assunto é o alcance das políticas de controle. Os dados apontam que os pobres estão mais expostos à substância, têm menor percepção das mensagens de alerta à saúde e encontram-se mais vulneráveis às doenças relacionadas ao tabaco. O alerta faz parte da pesquisa Impostos sobre o tabaco e políticas para o controle do tabagismo no Brasil, México e Uruguai – resultados do Brasil, desenvolvida pelo Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em parceria com a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) e a Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os resultados foram apresentados na terça-feira (26/11), na Jornada Internacional sobre Impostos, Preços e Políticas de Controle do Tabaco, realizada na UFF.
O relatório confirma que pobres fumam mais, possuem maior exposição ao tabagismo passivo, menor percepção das mensagens de alerta à saúde e menor índice de abandono ao tabagismo
O estudo, coordenado pela pesquisadora da Ensp Vera Luiza da Costa e Silva, identificou a demanda de fumar por grupo de renda ou nível educacional, além de avaliar diferentes reações aos impostos e outras políticas de controle do tabaco. “A pesquisa tem uma grande importância para o país, uma vez que levanta potenciais razões para as iniquidades observadas na distribuição do tabagismo no território nacional. Ela corrobora os resultados de estudos realizados em outros países, em que a epidemia do tabaco se concentrou entre os mais pobres”, explica a coordenadora do Cetab a respeito do trabalho, realizado simultaneamente no México e no Uruguai, e financiado pela Agência de Cooperação do Canadá International Development Research Centre (IDRC).
Situações de vulnerabilidade
Além de concluir que as pessoas com baixo nível de escolaridade têm maior probabilidade de sofrer das doenças causadas pelo tabagismo, a pesquisa aponta certa tendência ao crescimento da diferença entre ricos e pobres, uma vez que os indicadores apresentados sinalizam um cenário extremamente desfavorável para os grupos socioeconômicos mais baixos em relação à epidemia do tabaco. O relatório confirma que pobres fumam mais, possuem maior exposição ao tabagismo passivo, menor percepção das mensagens de alerta à saúde, menor índice de abandono ao tabagismo e estão expostos, de forma semelhante, às mensagens pró e antitabaco. Além disso, gastam mais dinheiro para comprar produtos de tabaco e morrem mais por doenças relacionadas ao tabaco.
Na opinião da coordenadora do estudo, constatou-se que não basta conceber campanhas e políticas de controle do tabagismo no Brasil apenas em áreas temáticas. É preciso que cada iniciativa traçada teste e elabore estratégias que tenham impacto na população de menor nível socioeconômico, com campanhas, mensagens de advertência, medidas de fiscalização e ofertas de tratamento desenhadas para esse grupo. “Só assim poderemos continuar reduzindo a proporção de fumantes na população para níveis menores de 5%, levando o país a entrar no que vem sendo chamado de ‘a jogada final’ do tabaco”, concluiu.
Para a diretora-executiva da ACT, Paula Johns, os dados demonstram que o tabagismo ainda não é um desafio superado no Brasil. “Além de avançar na implementação das políticas públicas de controle do tabagismo clássicas, como aumento de preços, ambientes livres de fumo, proibição de publicidade e de aditivos nos cigarros, é necessário pensar em iniciativas que cheguem às camadas populacionais mais vulneráveis ao tabagismo, tratando-o como um determinante social de saúde”, alertou.
Números
Dados coletados revelam que o percentual de fumantes de todos os produtos de tabaco entre as pessoas com 15 anos ou mais, com escolaridade menor que sete anos, foi mais duas vezes maior do que o identificado entre aqueles com pelo menos um ano de universidade. Em relação às despesas médias mensais com cigarros, foram maiores na faixa da população com menos escolaridade, significando 13,1% do rendimento médio no grupo com menos de oito anos de escolaridade, ao passo que corresponderam a 5,4% da renda entre pessoas com escolaridade superior a 15 anos. No grupo entre 8 e 11 anos de escolaridade, atingiu 9,8%.
Cessação
Na cessação, os pesquisadores observaram que as chances de parar de fumar são maiores no grupo que tem pelo menos um ano de universidade do que nos grupos que não frequentaram universidade. O percentual de fumantes com menos de sete anos de escolaridade que observou e leu as advertências de saúde nos maços de produtos do tabaco foi menor que o percentual observado nos dois grupos de nível de educacional mais elevado (8 a 11 anos de estudo e, pelo menos, um ano de universidade). No entanto, não existe diferença em relação à intenção de parar quando se comparam os três grupos.
Doenças
Quatro doenças fortemente associadas ao tabagismo se destacam de acordo com as diferenças socioeconômicas: câncer de pulmão (CP), doença isquêmica do coração (DIC), doença cerebrovascular (CVV) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A diferença no risco de morrer por essas doenças foi pelo menos duas vezes maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo em comparação com pessoas mais de oito anos de estudo em todo o período analisado.
FONTE:
http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia.asp?busca=sim&id=25242
Agência FioCruz
Anna Monteiro
Diretora de Comunicação
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
FUMO PASSIVO: NÃO É SÓ O CHEIRINHO QUE INCOMODA!
Fumo passivo afeta memória e aprendizado de animais
Experimentos realizados na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP demonstraram que a exposição à fumaça de cigarro no período pós-natal (logo após o nascimento) induziu alterações em processos críticos do desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) e a diminuição da atividade locomotora na infância e na adolescência. Os testes foram feitos em camundongos durante a pesquisa de doutorado da farmacêutica Larissa Helena Lobo Torres.
Segundo o estudo, a fumaça de cigarro prejudicou os processos de mielinização (formação da bainha de mielina que é a camada protetora dos neurônios) e de sinaptogênese (formação e refinamento das sinapses). “Nossos resultados sugerem que, com a exposição à fumaça do cigarro não há reversão dos efeitos observados no aprendizado e memória ou mesmo nos níveis das proteínas pré-sináptica na adolescência e na fase adulta”, aponta a farmacêutica.
“Até o momento, este é o único estudo experimental em roedores que associa dados bioquímicos e comportamentais ao avaliar os efeitos do fumo passivo no inicio do desenvolvimento do SNC e as possíveis consequências na adolescência e na fase adulta, dos animais”, destaca a pesquisadora. A tese Avaliação do desenvolvimento do sistema nervoso central de camundongos Balb/c expostos à fumaça do cigarro no início do período pós-natal foi defendida na FCF no dia 24 de outubro, sob a orientação da professora Tania Marcourakis.
De acordo com a pesquisadora, a exposição à fumaça do cigarro ocorreu durante as duas primeiras semanas de vida dos camundongos “pois esse período é crítico para os processos de sinaptogênese e mielinização”.
Cigarros 3R4F
Os animais foram expostos à fumaça de cigarros 3R4F, que foram produzidos pela Universidade de Kentucky (EUA) exclusivamente para pesquisa. “Realizamos a exposição com uma mistura de fumaça central e fumaça lateral numa câmara de polipropileno”, explica.
A fumaça lateral é a que sai pela ponta acesa do cigarro e a central é aquela que é tragada pelo fumante. Os animais foram expostos à fumaça duas vezes por dia, durante uma hora no período da manhã (8 horas) e uma hora à tarde (16 horas). Foi utilizado um sistema que produz vácuo e que permitiu que a fumaça fosse ‘tragada’ pelos animais. Os camundongos foram avaliados na infância, com 15 dias de vida; na adolescência, com 35 dias; e na fase adulta, com 65 dias.
Para avaliar a sinaptogênese, foram quantificadas proteínas sinápticas (sinapsina I e sinaptofisina) e o BDNF, um fator neurotrófico envolvido na manutenção da sobrevivência neuronal e na plasticidade sináptica. Essas análises foram realizadas em diferentes estruturais do encéfalo: hipocampo, cerebelo, córtex pré-frontal e estriado. O processo de mielinização foi avaliado por meio de microscopia eletrônica de transmissão do nervo óptico e da quantificação da proteína básica de mielina no telencéfalo, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico. “Realizamos ainda estudos comportamentais para avaliar os efeitos da fumaça do cigarro na aprendizagem e memória, na atividade locomotora e ansiedade”, conta.
Resultados
Os resultados indicaram diminuição dos níveis de BDNF e de sinapsina e sinaptofisina no hipocampo, cerebelo, córtex pré-frontal e estriado. A fumaça também induziu a diminuição na porcentagem de fibras mielinizadas no nervo óptico e aumento da proteína básica de mielina (PBM) no cerebelo na infância, além de diminuição da PBM no telencéfalo e tronco encefálico na adolescência e no cerebelo na fase adulta.
“Estes dados são condizentes com outra pesquisa que demonstrou que crianças e adolescentes expostos ao fumo passivo apresentam deficiência de aprendizado evidenciado por um pior desempenho escolar. Em conjunto, esses resultados representam uma ferramenta que pode direcionar futuras pesquisas que visem a prevenção dos danos causados pelo fumo passivo”, estima a pesquisadora.
Fumo passivo
O fumo passivo é um problema de saúde pública e diversos trabalhos comprovam os prejuízos causados por essa exposição, principalmente no sistema respiratório. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% das crianças no mundo são expostas ao fumo passivo, que é responsável por elevada morbidade respiratória e mortalidade em crianças de baixa idade.
“Apesar desses dados, poucos trabalhos têm como foco os efeitos do fumo passivo no SNC, em especial, durante o período de desenvolvimento”, finaliza a farmacêutica.
Imagem: Marcos Santos / USP Imagens
FONTE: http://www.usp.br/agen/?p=163176Mais informações: email laristorres@yahoo.com.br, com a pesquisadora Larissa Helena Lobo Torres
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
CANETAS LASER e DANOS IRREVERSÍVEIS AOS OLHOS:
Canetas laser causam danos irreversíveis aos olhos
Redação do Diário da Saúde
Lasers de alta potência não são brinquedo, e não devem ser dados a crianças e adolescentes.[Imagem: Wikimedia] |
Um tipo de laser azul de alta potência, vendido como brinquedo, e cada vez mais popular entre os adolescentes e jovens, pode causar sérios danos aos olhos, alguns irreversíveis.
Um relatório contendo 14 casos de danos oculares até agora desconhecidos, induzidos por laser, foi publicado por médicos dos hospitais King Khaled Eye Specialist (Arábia Saudita) e Johns Hopkins (EUA).
Os casos começaram a aparecer em 2012, e foram acompanhados até meados deste ano.
Os pesquisadores destacam que, depois que já haviam terminado seu relatório científico, mais 16 casos foram atendidos e tratados com lesões induzidas por laser nos dois hospitais.
Laser azul
Todos os ferimentos oculares, incluindo quatro casos de perfurações da retina, foram causados por aparelhos de alta potência de laser azul.
Os autores afirmam que os lasers de alta potência vendidos como brinquedo se assemelham aos apontadores laser de baixa potência utilizados durante apresentações e podem ser facilmente confundidos com eles - os apontadores também não devem ser apontados para o olhos, mas não causam tantos danos quanto os aparelhos de maior potência.
Um apontador laser para uso em sala de aula tem cerca de 5 miliwatts de potência, mas já se pode encontrar dispositivos com várias centenas de miliwatts no comércio - são estes os mais perigosos.
"Tememos que nosso estudo possa marcar o início de uma tendência alarmante e possa indicar um número crescente de jovens com lesões oculares graves, à medida que estes lasers de alta potência se tornam mais onipresentes," disse o Dr. Fernando Arevalo, membro da equipe.
Laser não é brinquedo
Os médicos afirmam que as advertências presentes nos rótulos desses aparelhos aparentemente não são suficientes para evitar as lesões.
Segundo eles, é essencial que os médicos, pais e educadores falem com as crianças sobre os perigos desses dispositivos - e que os pais não os comprem para seus filhos.
Além disso, acrescentam, os médicos devem se informar sobre o uso do laser em todos os casos de perda súbita e inexplicável de visão, especialmente entre os meninos, adolescentes e jovens do sexo masculino, entre os quais esses dispositivos são mais populares.
Todas as lesões ocorreram durante brincadeiras e todos os envolvidos eram jovens do sexo masculino, com idades entre 11 e 30 anos.
Algumas lesões foram acidentais, mas outras envolveram um companheiro apontando intencionalmente o feixe de laser para os olhos da vítima.
A distância entre o olho da vítima e o feixe de laser variou de meio metro a 6 metros. Aqueles que sofreram perfurações na retina ficaram feridos na distância mais próxima, a cerca de meio metro.
SEXO AOS 100 ANOS
SEXO AOS 100 ANOS
Devido ao falecimento do avô aos 100 anos, o jovem Camilo foi fazer uma visita de pêsames à sua avó de 95 anos.
Ao chegar, encontra a anciã chorando e tenta confortá-la.
Um pouco depois, ao vê-la mais calma, pergunta:
- Vovó, como morreu o vovô?
- Morreu ao fazermos sexo...
Camilo, espantado, responde que as pessoas de 90 anos ou mais, não deveriam fazer amor porque é muito perigoso.
Ao que a avó responde:
- Mas nós só fazíamos aos domingos, já há cinco anos, e com muita calma, ao compasso das badaladas do sino da Igreja.
Era ding para introduzir e dong para tirar....
Se não fosse o filho da puta do sorveteiro com aquela porra de sininho, o seu avô ainda estaria vivo!
FONTE: INTERNET (autoria desconhecida, por enquanto)
terça-feira, 26 de novembro de 2013
CÂNCER DE PRÓSTATA: NOVOS REMÉDIOS
Novos remédios revolucionam o combate ao câncer de próstata
No Brasil, 20% dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos em fase avançada. Mas a medicina conseguiu ampliar em 30%, em cinco anos, a taxa de sobrevida dos pacientes
Adriana Dias Lopes
ROTINA NORMAL - Graças a um dos novos remédios, Fontenele encontrou ânimo para retomar as caminhadas pela praia (Alexandre Schneider)
Aos 68 anos, Herbert Fontenele recebeu o diagnóstico de câncer de próstata metastático. O tumor invadira a bexiga, a uretra e os ossos. Era 2009. Pelas estimativas médicas, Fontenele teria apenas um ano de vida. Mas ele não desistiu. Foram doze sessões de quimioterapia e outras 32 de radioterapia. E os efeitos colaterais do tratamento, terríveis — dores fortes na região do abdômen, vômitos constantes e prostração. “O sofrimento era tão grande que cheguei a pensar que deveria ter deixado a doença seguir seu rumo natural”, diz Fontenele. A situação começou a mudar em 2010, quando ele participou das pesquisas finais de um novo medicamento para câncer de próstata metastático, a abiraterona. Em seis meses, seu quadro clínico se reverteu. O PSA, o principal marcador sanguíneo da doença, atingiu uma taxa equivalente à de um homem saudável, de 0,3. Fontenele mantém a terapia com o medicamento e seguirá assim até o momento em que o câncer deixar de reagir à abiraterona — quatro comprimidos diários e nenhuma reação adversa. Hoje, a vida dele é a mesma de antes da doença: trabalha, passeia com os amigos, viaja com a família e faz caminhadas pelas praias de São Luís, no Maranhão, onde mora.
A reviravolta na doença de Fontenele é um excelente retrato da história do tratamento do câncer de próstata metastático. Lançada comercialmente no Brasil em 2012, a abiraterona é um dos quatro novos medicamentos desenvolvidos nos últimos três anos para o combate à doença. Com eles, a taxa de sobrevivência dos doentes aumentou 30%, em cinco anos. Pode parecer pouco, mas não é. A elevação da taxa de sobrevida nos últimos cinco anos de pacientes com tumores avançados de mama girou em torno dos 20%. Dos de intestino, 10%. O tempo a mais que esses remédios proporcionam é como aquele que Fontenele experimenta — sem dores, sem prostração, sem enjoos. Vida normal, portanto. O diagnóstico de câncer de próstata metastático já não significa mais necessariamente uma sentença de morte. “Trata-se do maior impacto já visto em tão pouco tempo no tratamento de qualquer câncer metastático”, diz Fernando Maluf, chefe da oncologia clínica do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
De todos os cânceres em fase de metástase, o de próstata é o mais controlável. Os novos medicamentos são desenvolvidos a partir de uma tecnologia extremamente sofisticada. A abiraterona, por exemplo, ataca o tumor em duas frentes. Corta a produção na glândula suprarrenal do hormônio testosterona, o combustível para os tumores prostáticos, e diminui a síntese do hormônio dentro das células cancerígenas. Além da abiraterona, há três medicações de ultimíssima geração (veja o quadro abaixo). Algumas delas são de um requinte tecnológico impressionante, como a vacina terapêutica Sipuleucel-T. Feita sob medida para o paciente, ela estimula o sistema imunológico a combater as células tumorais. Um mês de tratamento custa 90 000 reais. Ainda não há previsão de chegada da vacina ao Brasil.
O câncer de próstata está entre os tumores mais indolentes. Ele leva quinze anos para atingir 1 centímetro cúbico. Com esse tamanho, pequeno, o tumor está confinado à glândula, e pode ser tratado com tranquilidade. Quando ele escapa e atinge outro órgão, a coisa muda de figura. “A lentidão, benéfica no início da doença, torna-se um grande problema na fase de metástase”, explica o oncologista Andrey Soares, do Hospital Albert Einstein e do Centro Paulista de Oncologia, ambos em São Paulo. Tumores de crescimento lento são resistentes à quimioterapia, a primeira opção de tratamento nos casos de metástase. Isso porque os quimioterápicos têm como característica atingir o DNA da célula tumoral sobretudo durante a divisão das células. “Quando a divisão é lenta, o efeito da químio é menor, portanto. E é nesse cenário que os novos medicamentos representam uma grande notícia”, diz Gustavo Guimarães, urologista do hospital A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Todos os anos 60 000 homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil — é a segunda neoplasia mais comum entre o sexo masculino, depois dos tumores de pele. Quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente, a cura chega a 97%. O problema é que dois em cada dez casos da doença no país são descobertos em fase de metástase. Nos Estados Unidos, esse índice cai à metade. Diz Marcello Ferretti Fanelli, diretor da Oncologia Clínica do A.C. Camargo: “Conseguiremos reverter essa situação com investimentos na prevenção”. Lembre-se aqui do bê-á-bá: homens que pertencem a grupos de risco, como os pacientes negros ou com casos de câncer de próstata na família, devem fazer exames de rotina anuais a partir dos 45 anos. Os que não correm risco, a partir dos 50 anos. Os exames consistem no teste sanguíneo do PSA e no toque retal. Ainda há muito a ser feito — apenas metade dos brasileiros com mais de 45 anos vai ao urologista regularmente.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
SEM LEGENDA!
FONTE: LUNARA, pseudônimo de Luis do Nascimento Ramos.
Título da foto: "As cantigas do vovô"
(c/informações de RANIEL, a quem agradeço)
Para mais informações acesse:http://www.eneidaserrano.com.br/Galerias/Lunara/content/lunara08_large.html
NESTLÉ, CHOCOLATE, INFLAÇÃO CONTROLADA DA MÃE-DILMÁ...
24/11/2013
às 18:00 \ Política & CiaNeil Ferreira: A Nestlé controla a inflação controlada da Dilma
Por Neil quero chocolate Ferreira, publicado no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo
A NESTLÉ CONTROLA A INFLAÇÃO CONTROLADA DA DILMA
Chegou o momento de admitir o meu vício do uso de drogas pesadas; caí feio, rolei pelas sarjetas da vida, tentei de tudo pra me curar. Sem chance; não houve rehab que me reabilitasse. Saio de uma dura temporada de abstinência e caio de novo em outra — sou viciado em chocolate.
Não resisto ao brilho das embalagens, é um prazer magnífico comprar, desembrulhar, ouvir aquele barulhinho hipnotizante e sentir o perfume que antecede a primeira mordida. Só de pensar fico com a boca cheia d´água.
A mordida é pequenina pra durar mais, mas qual o quê; viciados como eu não aguentam ficar na mordidinha inicial para que o efeito tenha maior permanência no organismo. Fraco de vontade, não resisto; devoro em largos bocados e quando menos espero a droga acaba.
Saciado por algumas horas, a urgência de mais e em maiores quantidades volta e reviro a casa, fantasio que encontrarei mais, em recônditos esconsos em que a minha família o teria escondido.
Mentem como verdadeiros petistas (que nunca foram) que é pra me poupar do risco de uma overdose. Desconfio de que , como verdadeiros petistas (que nunca foram), guardaram a droga pra eles mesmos, escondida em seus quartos, com portas e janelas trancadas – também são viciados e bancam os santinhos do pau oco, os anjinhos da cara suja.
Como verdadeiros petistas (que nunca foram) metem a mão em tudo que está à vista e fora dela e quando os acuso da malfeitoria, exigem Ato de Ofício e me ameaçam com Embargos Infringentes. Ainda os ameaçarei de revistar-lhes as cuecas (de quem as usa)
Eu me lembro do filme Lost Weekend, aqui Farrapo Humano, 1945, Billy Wilder, Oscar em 1946 de melhor filme, melhor direção, melhor ator, Ray Milland, e melhor roteiro original.
Ray Milland, bebum dos brabos, desesperado procura dinheiro pra beber, revira o pequeno apartamento da namorada até que encontra uma amarfanhada nota de 5 dólares, escondida dentro de uma caneca de louça e sai correndo em busca de algum bar aberto pra matar a crise de abstinência.
É como me sinto quando fico sem as minhas doses habituais e crescentes de chocolate; a síndrome de abstinência em mim se manifesta com suores gelados, mãos trêmulas, uma dor insuportável no corpo inteiro como se estivesse sendo espancado com violência. Vejo jacarés nas paredes e no teto.
Ainda veremos chocolândias nas ruas de bairros ex-nobres, decadentes pelo abandono dos seus habitantes que se mandaram para as periferias emergentes. O novo IPTU, que a droga do brimo Haddad disse “bagar com alegria”, transformou ruas antes belas, tranquilas e arborizadas, em cheias de viciados comprando e usando chocolate dia e noite com sofreguidão, como as cracolândias de tão tristes presenças.
O vício transita dos escurinhos dos cinemas para o escondidinho das residências e depois abertamente nas ruas, bares, restaurantes e clubes noturnos, como sucedeu com o cigarro e com o uísque. (como Hemingway, prefiro Jake Daniels).
No cinema dos anos 40 e 50 do século passado, o uísque era oferecido como panacéia para as dores de cabeça que o mocinho ou o amigo do mocinho sofriam nas tramas. Pra mocinha, invariavelmente era um cigarro, por ela sugado com elegância, soltando baforadas nas caras dos fãs embevecidos.
Nos filmes da II Guerra Mundial, os heroicos good guys vencedores de batalhas sangrentas, sempre tinham uma Bolsa Invasão — uma barra de chocoloate e um maço de cigarros americanos –, pra ser dada aos civis famintos e maltrapilhos da cidades recém ocupadas, para conquistar seus corações e mentes.
Algum marquetero diabólico a serviço dos traficantes, como Duda Mendonça e João Santana traficaram e traficam mentiras, como “lulinha paz e amor” e “a inflação está sob controle”, teve a ideia de posicionar as drogas por perto das caixas, para atiçar as “compras de impulso”.
Você vai pagar a sua compra e vê a droga liberada, fica em êxtase, cede aos seus impulsos mais primitivos; e compra.
Descriminadas as demais drogas pesadas como álcool e fumo, veremos maconha, cocaína e crack em atraentes e chamativas embalagens, patrocinando milionárias campanhas de propaganda, como já foram as dos cigarros e agora são as das cervejas.
Lula, Zé Dirceu, Dilma, Genoíno, Brimo Haddad, Maluf, Saney, Santa Marina Cheia de Graça, Renan Avacalheiros, Martaxa Relaxa e Goza, e mais um bando de bandoleiros, estão de há muito liberados, já estamos em surto de overdose. Eu surtei.
Não estou nem de longe sugerindo que o vício do chocolate seja semelhante ao vício das drogas citadas. Mas escapar é de uma dificuldade semelhante, me afirmam, à de se tentar escapar do vício do cigarro; escuto narrativas assustadoras de vítimas de possíveis graves moléstias futuras, na boca, garganta, esôfago e pulmões principalmente.
Os maços de cigarros trazem pavorosas advertências, que de nada adiantam; ao que tudo indica o viciado não liga a mínima.
O chocolate tem um horrível efeito colateral, cuja advertência deveria estar bem à vista nas suas artísticas embalagens: engorda barbaridade. Todo o mundo que conheço, sabe; como no cigarro, ninguém liga. Eu sei e em nenhum momento larguei o vício e nem tenho forças para largar.
Pra mim, é o chocolate que confirma a duvidosa afirmação da Dilma nas suas incontáveis e demoradas aparições como special guest star da Globo, dizendo que: “—A inflação está sob controle”.
Digam o que disserem os supermercados, a carne, batatas, arroz, feijão, alface, frutas, a inflação controlada da Dilma está sob controle. Más língua dizem quem controla a inflação controlada Dilma é o Mantega; não é, é a Nestlé.
A Nestlé, multinacional centenária, testemunha a favor da Dilma: os preços que pratica provam a afirmação. O chocolate diet Nestlé, o “Classic”, de embalagem escura, cor de cacau, que tenho nas mãos e na boca, mostra que é verdade – seu preço não sobe. Em compensação, o peso da barrinha emagreceu de 50 gramas para o peso leve de 30 gramas mais ou menos.
Repito e desenho se precisar: o preço não subiu mas o peso caiu. A inflação da Dima, portanto, está mesmo sob controle. Daqui a pouco os marqueteros vão gritar: “A Nestlé apoia a Dilma”.
Escrevi um dia “Bebo pra escrever. Escrevo pra esquecer”. Confesso mais uma: como chocolate pra viver. “Eu só quero chocolate, chocolate; chocolate, chocolate”. A bênção Tim Maia.
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO e BEBIDAS AÇUCARADAS
Consumo de bebidas com açúcar pode elevar risco de câncer de endométrio
De acordo com estudo, mulheres na pós-menopausa que tomam bebidas açucaradas têm risco até 78% maior de desenvolver tipo mais comum da doença
O câncer de endométrio costuma acometer as mulheres que já passaram pela menopausa (Thinkstock)
Sucos, refrigerantes e outras bebidas com açúcar podem elevar a chance de uma mulher na pós-menopausa a desenvolver o tipo mais comum de câncer de endométrio, relacionado ao excesso do hormônio estrogênio. Essa é a conclusão de um estudo publicado nesta sexta-feira no periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention. Segundo os pesquisadores, quanto mais bebidas açucaradas as mulheres tomam, maiores são os riscos da doença.
Saiba mais
Câncer de endométrio
O endométrio é o tecido que reveste a parte interna do útero, composto por células que descamam e resultam na menstruação. O câncer de endométrio costuma acometer as mulheres após a menopausa. Seu sintoma mais comum, presente em 95% dos casos, é o sangramento uterino anormal. Segundo o A.C. Camargo Cancer Center, trata-se do quinto tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Sugar-Sweetened Beverage Intake and the Risk of Type I and Type II Endometrial Cancer among Postmenopausal
Onde foi divulgada: periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention
Quem fez: Maki Inoue-Choi, Kim Robien, Andrea Mariani, James R. Cerhan e Kristin E. Anderson
Instituição: Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e outras instituições
Dados de amostragem: 23 039 mulheres analisadas de 1986 a 2010
Resultado: Os pesquisadores encontraram uma possível relação proporcional entre o consumo de bebidas açúcaradas e o aumento do risco de desenvolver o tipo mais comum de câncer de endométrio
Ainda não se sabe exatamente qual é a relação entre os dois elementos. O fato de as bebidas estarem associadas apenas ao aumento dos riscos do câncer ligado ao estrogênio, porém, reforça a tese de que o açúcar pode provocar obesidade, condição que aumenta a produção de estrogênio e é, por isso, considerada fator de risco para a moléstia.
Pesquisa — No estudo, os pesquisadores analisaram dados das dietas de 23 039 mulheres na pós-menopausa de 1986 a 2010. Nesse intervalo, houve 506 casos de câncer de endométrio ligado ao estrogênio, e 89 casos do tipo mais raro da doença, sem ligação com o hormônio.
O risco de desenvolver a enfermidade foi proporcional à quantidade de líquidos açucarados consumidos pelas mulheres: as que tomavam maior quantidade — cerca de 60 copos por semana — apresentaram 78% mais risco do que as voluntárias que não ingeriam esse tipo de alimento. Os autores afirmam que outros estudos, com mais voluntárias, são necessários para confirmar os resultados.
AFOGAMENTO INFANTIL
Saiba como evitar afogamento infantil, a 2ª maior causa de morte de crianças
25/11/13 - 08:18
POR Fabiana Futema
POR Fabiana Futema
O verão está chegando e nada como uma piscina ou praia para se refrescar. Só
que os adultos não podem descuidar nem por um segundo dos pequenos nesses
momentos de lazer. O afogamento infantil é a segunda maior causa de morte de
crianças de 1 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura _a primeira é o
trânsito.
“A principal dica de prevenção é a supervisão por parte do adulto de forma
constante e atenta em todo lugar com água”, diz Lia Gonsales, coordenadora de
mobilização da ONG Criança Segura.
Engana-se quem pensa que o risco de afogamento existe apenas em piscina,
praia, rio ou represa. Lia diz que crianças pequenas podem se afogar em baldes,
bacias, banheiras e até mesmo no vaso sanitário.
“Bastam três dedos de água para uma criança pequena se afogar”, diz Lia.
Entende-se por pequena as crianças de até 4 anos.
Segundo ela, as características físicas de crianças deixas faixa etária
contribuem para afogamentos domésticos em lugares como balde ou banheira com
água. “A cabeça é a parte mais pesada do corpo e elas ainda não têm muita
habilidade motora para levantar com rapidez e sair dessa situação de perigo.
Mas as crianças maiores também devem ficar sob supervisão de um adulto
enquanto estiverem na água _a ONG recomenda essa atenção até os 14 anos.
Lia diz que os mais velhos podem se submeter a situações de risco por terem a
falsa ideia de independência, até mesmo aqueles que sabem nadar ou estão
aprendendo. “Não é recomendável que a criança ou jovem fique sozinho na água. É
preciso orientá-lo e alertá-lo sobre o risco de certas brincadeiras, pois ainda
não tem noção do perigo.”
Levantamento da Criança Segura com base em números do SUS mostra que 103
crianças foram hospitalizadas por afogamento de janeiro a agosto de 2013. Desse
total, quase metade (48) tinha de 1 a 4 anos. Por tipo, a maior ocorreu dentro
de piscinas.
Apesar da maior parte das hospitalizações decorrerem de afogamento em
piscinas, acidentes em águas naturais lideram os motivos de óbitos: 424 dos
1.115 casos registrados em 2011 _dados mais recentes.
Prevenção
Para evitar afogamento dentro de casa, Lia recomenda que crianças de até 4
anos não tenham acesso a baldes, bacias, banheiras, tanques ou vasos sanitários.
Em relação a esse último caso, a orientação é que a porta do banheiro esteja
sempre fechada e que o vaso sanitário tenha uma trava de fechamento _equipamento
disponível em lojas de artigos infantis.
Para quem tem piscina em casa, a recomendação é que ela seja fechada, ou
seja, não deve ter livre acesso para crianças.
Outra dica é matricular as crianças em escolas de natação. “É importante que
a criança aprenda a nadar a partir de 4 anos. Alguns pediatras indicam que esse
aprendizado comece até mais cedo”, afirma Lia.
Segundo ela, o único equipamento considerado preventivo são os coletes
salva-vidas. As boias de braço ou de sentar não entram nessa categoria. “Esses
outros são para diversão, mas não previnem afogamentos.”
Em relação à prevenção na praia, ela diz que o melhor é conhecer o local onde
você está. “E nunca, de jeito nenhum, deixar a criança sem supervisão.”
Minha companheira de Maternar, a jornalista Giovanna Balogh, escreveu em 2011
sobre cursos de natação para crianças. Leia
o texto e veja fotos - acesse a fonte: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/11/25/saiba-como-evitar-afogamento-infantil-a-2a-maior-causa-de-morte-de-criancas/
sábado, 23 de novembro de 2013
TELHADO VERDE
Telhado verde reduz temperatura e aumenta umidade
O uso de telhado verde se mostrou eficiente para reduzir os impactos no microclima no topo de um edifício na região central de São Paulo, como mostra estudo realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Telhado verde é o uso de vegetação como gramíneas, arbustos e árvores no topo de telhados comuns ou em laje de concreto.
Os prédios analisados foram o Edifício Conde Matarazzo (sede da Prefeitura de São Paulo), localizado entre a rua Dr. Falcão e o Viaduto do Chá, e que possui um amplo telhado verde; e o Edifício Mercantil/Finasa (rua Líbero Badaró), cuja laje é de concreto. Os resultados indicaram que o edifício com telhado verde chegou a ficar 5,3 graus Celsius (ºC) mais frio do que o edifício de concreto; já a umidade relativa do ar foi 15,7% maior. Os dois edifícios estão no centro de São Paulo.
“O telhado verde absorveu grande parte da radiação solar emitindo uma menor quantidade de calor para a atmosfera, o que aumenta a qualidade ambiental das cidades, podendo fazer parte das políticas públicas do município como forma de ampliar as áreas verdes”, diz o geógrafo e professor universitário Humberto Catuzzo, autor da tese de doutorado Telhado verde: impacto positivo na temperatura e umidade do ar. O caso da cidade de São Paulo. A tese, defendida em 4 de outubro deste ano, teve orientação da professora Magda Adelaide Lombardo.
Os edifícios foram escolhidos pois ambos se localizam na borda direita do Vale do Anhangabaú e estão sujeitos a condições atmosféricas e de insolação semelhantes . No topo foram instalados sensores a 1,5 metros (m) do chão (padrão internacional para medição da temperatura e umidade relativa do ar) e que foram captados de 10 em 10 minutos durante um ano e onze dias. Dois sensores foram colocados em lados diferentes do Edifício Conde Matarazzo. Os dados foram comparados com os do outro sensor, instalado no Edifício Mercantil/Finasa.
A coleta ocorreu de 20 de março de 2012 até 31 de março de 2013. A partir daí foi feita a comparação dos dados primários coletados por meio de estatística e gráficos, demonstrando as variações das temperaturas máximas, mínimas e umidade relativa do ar. Também foram analisadas as amplitudes térmicas e higrométricas (umidade relativa do ar) em todas as estações do ano. “Fiz ainda uma comparação destes resultados com os dados oficiais coletados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) localizado no Mirante de Santana.”
Sede da Prefeitura (esq.): telhado verde chegou a ficar 5,3ºC mais frio do que o edifício Edifício Mercantil/Finasa, com laje de concreto (dir.). Umidade relativa do ar foi 15,7% maior
Resultados
A diferença entre as temperaturas máxima e mínima (amplitude térmica) do dia chegou a ser 6,7º C menor no telhado verde em um dia de verão. “Isso significa que ele demora mais a aquecer e a resfriar, o que mantém a temperatura do ar muito mais constante”, aponta. Já a amplitude higrométrica chegou a ser 7,1% menor no telhado verde, o que significa que ele perde menos umidade do que o telhado de concreto ao longo do dia.
Na comparação com os dados do INMET, a variação mais significativa foi de 3,2º C mais frio no telhado verde e 21,7% mais úmido. Ou seja, o telhado verde mesmo estando em plena área central, apresenta menor aquecimento e maior umidade relativa do ar, comparado com o telhado de concreto ou até mesmo com a estação do INMET.
Segundo o pesquisador, o concreto possui características que fazem com ele esquente muito quando o sol incide, e irradie muito calor ao mesmo tempo, fazendo, inclusive, o vapor d´água diminuir (umidade relativa). Já as áreas verdes possuem característica oposta — demoram mais para aquecer, retém o calor por mais tempo e mantém a umidade também por muito mais tempo — por isso nos sentimos tão bem debaixo da sombra de uma árvore.
“Há ainda outros fatores que não foram estudados nesta tese, mas que podem trazer benefícios se criarmos uma política de implantação de telhados verdes. A criação de corredores ecológicos onde pássaros e insetos possam “migrar” entre parques e o conforto interno dos prédios que poderiam diminuir custos com ar-condicionado são exemplos de efeitos possíveis que merecem investigação”, destaca. “Cabe ressaltar que, em países europeus, e em algumas cidades dos Estados Unidos e da Argentina, existem leis, incentivos fiscais e financeiros dados às construções que utilizam este tipo de estrutura. O poder público tem um papel de extrema importância, uma vez que em nossas cidades é cada vez mais necessário melhorar a qualidade socioambiental do meio urbano.”
Telhado verde da sede da Prefeitura (esq.) e a laje de concreto do Mercantil/Finasa (dir): uso de telhados verdes como políticas públicas poderiam ampliar áreas verdes das cidades
Tipos de telhado verde
Catuzzo explica que o telhado verde pode ser do tipo intensivo (vegetação de porte arbustivo a arbóreo, com grama permanente, que requer adequado processo de impermeabilização, sistema de irrigação e drenagem, alta manutenção e tem um alto custo). Há ainda o extensivo (vegetação rasteira, geralmente gramíneas, com baixa manutenção, nenhuma irrigação e menor custo). Existe também um terceiro tipo, classificado como semi-intensivo (gramíneas e arbustos, sendo também necessário sistema de impermeabilização e irrigação constante).
“Para todos eles é fundamental que se realizem cuidados especiais quanto à impermeabilização e o cálculo de peso da estrutura, para verificar se realmente o edifício ou casa suporta o peso”, conclui.
Imagens: Humberto Catuzzo
Mais informações: email hcatuzzo@yahoo.com, com Humberto CatuzzoFONTE:http://www.usp.br/agen/?p=162345
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