Saiba como evitar afogamento infantil, a 2ª maior causa de morte de crianças
O verão está chegando e nada como uma piscina ou praia para se refrescar. Só
que os adultos não podem descuidar nem por um segundo dos pequenos nesses
momentos de lazer. O afogamento infantil é a segunda maior causa de morte de
crianças de 1 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura _a primeira é o
trânsito.
“A principal dica de prevenção é a supervisão por parte do adulto de forma
constante e atenta em todo lugar com água”, diz Lia Gonsales, coordenadora de
mobilização da ONG Criança Segura.
Engana-se quem pensa que o risco de afogamento existe apenas em piscina,
praia, rio ou represa. Lia diz que crianças pequenas podem se afogar em baldes,
bacias, banheiras e até mesmo no vaso sanitário.
“Bastam três dedos de água para uma criança pequena se afogar”, diz Lia.
Entende-se por pequena as crianças de até 4 anos.
Segundo ela, as características físicas de crianças deixas faixa etária
contribuem para afogamentos domésticos em lugares como balde ou banheira com
água. “A cabeça é a parte mais pesada do corpo e elas ainda não têm muita
habilidade motora para levantar com rapidez e sair dessa situação de perigo.
Mas as crianças maiores também devem ficar sob supervisão de um adulto
enquanto estiverem na água _a ONG recomenda essa atenção até os 14 anos.
Lia diz que os mais velhos podem se submeter a situações de risco por terem a
falsa ideia de independência, até mesmo aqueles que sabem nadar ou estão
aprendendo. “Não é recomendável que a criança ou jovem fique sozinho na água. É
preciso orientá-lo e alertá-lo sobre o risco de certas brincadeiras, pois ainda
não tem noção do perigo.”
Levantamento da Criança Segura com base em números do SUS mostra que 103
crianças foram hospitalizadas por afogamento de janeiro a agosto de 2013. Desse
total, quase metade (48) tinha de 1 a 4 anos. Por tipo, a maior ocorreu dentro
de piscinas.
Apesar da maior parte das hospitalizações decorrerem de afogamento em
piscinas, acidentes em águas naturais lideram os motivos de óbitos: 424 dos
1.115 casos registrados em 2011 _dados mais recentes.
Prevenção
Para evitar afogamento dentro de casa, Lia recomenda que crianças de até 4
anos não tenham acesso a baldes, bacias, banheiras, tanques ou vasos sanitários.
Em relação a esse último caso, a orientação é que a porta do banheiro esteja
sempre fechada e que o vaso sanitário tenha uma trava de fechamento _equipamento
disponível em lojas de artigos infantis.
Para quem tem piscina em casa, a recomendação é que ela seja fechada, ou
seja, não deve ter livre acesso para crianças.
Outra dica é matricular as crianças em escolas de natação. “É importante que
a criança aprenda a nadar a partir de 4 anos. Alguns pediatras indicam que esse
aprendizado comece até mais cedo”, afirma Lia.
Segundo ela, o único equipamento considerado preventivo são os coletes
salva-vidas. As boias de braço ou de sentar não entram nessa categoria. “Esses
outros são para diversão, mas não previnem afogamentos.”
Em relação à prevenção na praia, ela diz que o melhor é conhecer o local onde
você está. “E nunca, de jeito nenhum, deixar a criança sem supervisão.”
Minha companheira de Maternar, a jornalista Giovanna Balogh, escreveu em 2011
sobre cursos de natação para crianças. Leia
o texto e veja fotos - acesse a fonte: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/11/25/saiba-como-evitar-afogamento-infantil-a-2a-maior-causa-de-morte-de-criancas/
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