Pesquisar este blog

sexta-feira, 16 de março de 2012

CANADÁ: MULTINACIONAIS DO TABACO NO BANCO DOS RÉUS


As três maiores empresas de tabaco do Canadá, todas ligadas a grupos multinacionais, enfrentam um processo de US$ 27,43 bilhões (cerca de R$ 50,5 bilhões), na maior ação civil da história canadense. O julgamento começou dia 12. A Imperial Tobacco Canada, a JTI-Macdonald e a Rothmans Benson & Hedges são processadas por um grupo de fumantes e ex-fumantes da província de Québec.
A Suprema Corte da Província, em Montreal, julgará se as companhias advertiram os consumidores adequadamente sobre os riscos do cigarro. Essa é a primeira vez que as empresas de tabaco canadenses enfrentam uma ação civil no país. 
Os autores do processo alegam que foram enganados para comprar um produto que vicia e, desde então, desenvolveram uma série de problemas ligados ao tabagismo, como câncer no pulmão e enfisema. 

 
As empresas de tabaco afirmam que o valor pedido no processo é uma tentativa oportunista de obter dinheiro, uma vez que os riscos do fumo são conhecidos há várias décadas. 
Mais de 10 mil pessoas morrem por ano no Quebec, vítimas de causas relacionadas diretamente ao tabagismo. Os fabricantes de tabaco devem ser responsabilizados por suas ações, e os procedimentos legais proporcionam oportunidade ímpar para trazer uma mudança fundamental nas práticas de negócio dessa indústria, afirma Melanie Champagne, da Sociedade Canadense do Câncer. 
De acordo com essa organização, mais de US$ 1 bilhão é gasto para contornar males do tabagismo no sistema de saúde canadense. 
O atual processo é o primeiro de uma série de ações multibilionárias contra as companhias canadenses. Com o objetivo de recuperar os gastos públicos com os problemas relacionados ao cigarro, os governos das províncias do país também planejam grandes processos contra essas empresas. 
A propósito, no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu ontem proibir o uso de alguns aditivos, como menta ou especiarias, em cigarros. Só pode o açúcar. Já, os produtores de tabaco querem manter e ampliar seu espaço no mercado, não se importam com a saúde das pessoas. 
Para associações médicas, a proibição dos aditivos ajuda a evitar que o público jovem fique viciado, comenta a Folha de SP. 
FONTE- REDE ACT

Nenhum comentário:

Postar um comentário