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domingo, 18 de março de 2012

SUPERANDO O AUTISMO

Ana Karina Spoladore Christoforidis chegou aos 35 anos de idade com láureas invejáveis. Formada em 1995 em Psicologia na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e residindo em Londres há nove anos, ela teve seu trabalho - intitulado ''A Young Child Grows Away From Autism'', que em uma tradução aproximada significa ''Uma criança que supera o autismo'' - premiado e impresso no Journal of Child Psychotherapy, grandiosa publicação da área da psicanálise infantil. Recentemente passou a integrar a equipe da Therapeutic Fostering Service e do Priory Hospital, duas grandes instituições da capital inglesa. 
Doutoranda na Tavistock and Portman NHS Foundation Trust, Ana Karina conduziu um ensaio clínico sobre a psicoterapia intensiva, com três sessões por semana, durante um ano e três meses, com um menino de três anos de idade. Esse trabalho inicial recebeu nota máxima, além de ser muito elogiado como ''external markers'', ou seja, avaliadores que não estavam ligados ao curso ficaram impressionados com a qualidade dos trabalhos produzidos pelos estudantes da Tavistock. 
A brasileira, que se destacou entre todos e tudo que foi apresentado, foi contactada pela tutora geral do curso, que recomendou que ela submetesse seu trabalho ao Journal of Child Psychotherapy Essay Prize, prêmio que ocorre anualmente e é aberto internacionalmente para todos os profissionais da área de psicanálise infantil.
''Essa criança foi encaminhada para mim por professores de uma 'nursery', ou seja, uma creche para crianças de 2 a 4 anos. O menino, o qual o chamo Serge (nome modificado por razões de confidencialidade), apresentava sintomas autísticos, como por exemplo, isolamento em relação às outras crianças e comportamento de 'sensation-seeking', isto é, ele costuma lamber superfícies emborrachadas como o chão do playground e as solas de seus sapatos. Seu desenvolvimento social e cognitivo parecia ter estagnado'', detalha Ana Karina. 
Segundo a psicoterapeuta, uma avaliação inicial comprovou que Serge não apresentava problemas nos primeiros meses de vida, mas os sintomas de autismo se desenvolveram após uma situação traumática. ''Quando ele tinha aproximadamente 22 meses de idade, sua mãe desenvolveu um tumor no cérebro e espinha e teve membros paralisados. Ela estava grávida da segunda criança e teve de ficar hospitalizada por mais de dois meses. Serge sofreu com a angústia e com a separação'', explica ela, lembrando que posteriormente a mulher teve a saúde restabelecida. 
Durante o período que a psicoterpeuta trabalhou com a criança, Serge melhorou consideravelmente. Ana Karina afirma que os sintomas autísticos desapareceram e ele passou a se desenvolver mais que a média para sua idade. 
FONTE: leia matéria da repórter Elaine Souzahttp://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2629-20120318







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