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sábado, 25 de fevereiro de 2012

DIABETES NO PILOTO AUTOMÁTICO

Novos aparelhos podem poupar pacientes de monitorar a glicose no sangue
por Elizabeth Svoboda
© Fcsabi/Shutterstock

Para milhões de diabéticos a vida é uma constante batalha para manter o sangue equilibrado, o que normalmente significa testar os níveis de glicose e tomar insulina durante todo o dia. Uma nova geração de “pâncreas artificiais” pode fazer a rotina cansativa de gerenciar a doença coisa do passado. Em pessoas saudáveis, o pâncreas naturalmente produz insulina que converte açúcares em amidos e energia. Mas pessoas com diabetes tipo 1 não produzem nada de insulina por conta própria, e aquelas com o tipo 2 produzem muito pouco. Todos os pacientes de diabetes do tipo 1 e alguns do tipo 2 devem tomar insulina para manter seu corpo alimentado – e fazer isso adequadamente demanda monitoramento constante do açúcar no sangue porque dosagens corretas dependem de fatores como quanto os pacientes comem ou se exercitam.
Stuart Weinzimer, endocrinologista da Yale University, inventou um pâncreas artificial que combina duas tecnologias disponíveis: um monitor contínuo de glicose, que usa um sensor sob a pele para medir os níveis de glicose no sangue com intervalos de minutos, e uma bomba de insulina, que dispersa a substância por um tubo também sob a pele. O sensor de glicose manda dados sem fio para um computador de bolso um pouco maior que um iPhone carregado com um software desenvolvido pela Medtronic, uma empresa sediada em Minneapolis. O programa lê os dados enviados pelo monitor e determina que a bomba dispense o volume correto de insulina.
Em um encontro da Associação Americana de Diabetes, em junho passado, Weinzimer e seus colegas reportaram que 86% dos diabéticos tipo 1 que eles estudaram e que fizeram uso do pâncreas artificial atingiram níveis excelentes de glicose no sangue durante a noite, enquanto apenas 54% dos que tiveram de acordar para ativar a bomba de insulina alcançaram esse índice. Além disso, sistemas parecidos estão sendo desenvolvidos nas universidades de Boston, Cambridge e Stanford.
Algumas falhas técnicas ainda devem ser resolvidas. O aparelho, por exemplo, ocasionalmente tem problemas para se adaptar a mudanças drásticas de glicose, como as que ocorrem após exercícios físicos. Esses aparelhos terão de ser examinados, procedimento que pode levar anos, incluindo a execução de testes de larga escala com pacientes antes que a agência americana de alimentos e drogas (FDA, na sigla em inglês) possa aprová-los.
Apesar disso, Weinzimer relata que o retorno entusiasmado que tem recebido de participantes de testes o faz lembrar por que o longo caminho em direção à comercialização vale a pena.
(Fonte:  http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/diabetes_no_piloto_automatico.html)

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