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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

LUTO NÃO É DOENÇA!

Segundo editores da revista médica The Lancet, o sofrimento não é uma doença. Eles argumentam que tratar medicamente uma emoção humana normal é uma atitude não apenas perigosamente simplista, mas também falha.
Para os médicos tentados a prescrever pílulas, “seria melhor oferecer tempo, compaixão, memórias e empatia”, escrevem.
Os cientistas estão preocupados com movimentos que apareceram para categorizar emoções extremas como problemas que precisam de “conserto”.
Os temores foram provocados pela mais nova versão proposta pelos psiquiatras da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, conhecido como DSM-5. Embora este manual não seja utilizado por todos os psiquiatras do mundo, ainda é considerado influente.
Os cientistas também estão preocupados com as alterações propostas pela Organização Mundial de Saúde, para incluir uma categoria de “transtorno de dor prolongada” em sua Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Esta classificação é usada por muitos psiquiatras.
Eles observaram que o projeto do DSM-5 contém a “não exclusão de luto” antes do diagnóstico de um “transtorno depressivo maior”.
Eles relatam que isso “significa que os sentimentos de tristeza profunda, insônia, choro, incapacidade de concentração, cansaço e falta de apetite, que continuem por mais de duas semanas após a morte de um ente querido, podem ser diagnosticados como depressão, em vez de ser considerada uma reação normal ao luto”.
Muitos especialistas não concordam em tratar a dor do luto medicamente, usando o tratamento rotineiro com antidepressivos.
“O sofrimento não é uma doença, é mais útil pensar no luto como parte do ser humano e uma resposta normal à morte de um ente querido. Para aqueles que estão sofrendo, os médicos fariam melhor se oferecessem tempo, compaixão, lembrança e empatia ao invés de pílulas”, argumentam.
A Drª. Astrid James, vice-editora da revista The Lancet, disse que parece “muito cedo” para classificar alguém como doente mental apenas duas semanas após a morte de um ente querido. Ela acrescenta: “Precisamos ter cuidado para não tornar apenas médicas experiências que na verdade fazem parte da vida normal, e assegurar que as pessoas possam lamentar uma morte ao invés de serem reprimidas ou tratadas”.[Telegraph]
(Fonte:  http://hypescience.com/luto-nao-e-doenca/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29)

Um comentário:

  1. O tratamento depende muito de cada indivíduo.
    Cada caso, um caso. Acredito na ajuda psicológica, médicos e família, além de Deus acima de tudo!

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