Um estudo publicado no PLoS Medicine revelou que mulheres que trabalham em turnos irregulares, com pelo menos três turnos noturnos por mês, além de horas trabalhadas no período da manhã e da tarde, têm mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que aquelas que trabalham apenas de dia ou apenas de noite. A análise foi liderada por pesquisadores da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos.
Os especialistas analisaram dados de mais de 69 mil mulheres com idades entre 42 e 67 anos do Nurses' Health Study I, feito entre 1988 e 2008, e mais de 107 mil mulheres com idades entre 25 e 42 do Nurses' Health Study II, feito entre 1989 e 2007. Cerca de 60% dessas participantes realizaram trabalhos de turnos rotativos por mais de um ano, sendo que 11% das participantes do primeiro estudo e 4% das mulheres do segundo estudo contabilizaram mais de 10 anos de trabalho por turnos rotativos.
Os resultados mostraram que, quanto mais turnos rotativos noturnos uma mulher faz, maior o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Aquelas que trabalhavam em turnos irregulares pelo menos por um período de três a nove anos apresentaram um risco 20% maior de ter a doença. Já as pessoas que trabalharam dessa maneira por um período de 10 a 19 anos tinham uma probabilidade 40% maior de desenvolver a doença. Por fim, as que relataram trabalhar em turnos irregulares por mais de 20 anos tinham 58% mais chances de ter diabetes.
Segundo os pesquisadores, esses números podem estar ligados ao fato de pessoas que trabalham em turnos irregulares estarem mais propensas a cultivar hábitos alimentares ruins e a não praticar exercícios. Tais características levariam a um aumento de peso, que é um fator de risco do diabetes.
(Fonte: Minha Vida - http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=10002402)
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