Uma corrente elétrica de baixo nível nas águas de Bali está dando uma “sacudida” na sobrevivência nos recifes de coral do local.
A tecnologia Biorock é vista por alguns ambientalistas como uma forma de reparar os recifes de corais danificados por anos de pesca destrutiva, bem como oceanos em constante aquecimento.
O aquecimento dos oceanos é uma ameaça para os recifes porque resulta em episódios mais frequentes de branqueamento de coral, um fenômeno quando temperaturas mais elevadas fazem com que algas fotossintéticas, que fornecem alimentos e cor aos corais, saiam, deixando os corais brancos.
Sem alimento por um período sustentado de tempo, os corais morrem. Um evento de branqueamento de corais em 1998 matou um sexto dos recifes tropicais do mundo.
A tecnologia Biorock se baseia na descoberta do arquiteto marinho alemão Wolf Hibertz de que as estruturas metálicas eletrificadas fazem com que os minerais dissolvidos na água se cristalizem. Isso se torna um calcário branco, e vida marinha, incluindo ostras e corais, colonizam esse calcário.
“Os corais crescem 2 a 6 vezes mais rápido”, disse o biólogo marinho Thomas J. Goreau.
Hoje, existem cerca de 60 gaiolas metálicas eletrificadas na baía em Bali. Os pesquisadores que supervisionam o projeto dizem que a tecnologia Biorock torna os corais mais resistentes ao aquecimento global.
“Biorock é o único método conhecido que protege os corais de morrerem de altas temperaturas”, conta Goreau.
Os recifes restaurados, por sua vez, atraem peixes e turistas. Mas, enquanto a tecnologia é útil para pequenas áreas, a escala de branqueamento dos corais é simplesmente muito grande para que seja uma solução de custo eficaz.
Um método mais eficaz de salvar os recifes de coral em massa pode ser a criação de grandes áreas marinhas protegidas que oferecem muita sombra e águas mais frias para os recifes. Mas, em pequena escala, pelo menos, Goreau argumenta que Biorock é mais rentável do que outras soluções. [MSN]
Nenhum comentário:
Postar um comentário