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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DIABETES ANIMAL


 

A veterinária Maiza Francisco alerta para os sintomas: alto consumo de água, 
excesso de urina e perda de peso.

Animais de estimação também podem desenvolver a doença, cujos sintomas são semelhantes aos vivenciados pelos humanos.

Se o seu cachorro está bebendo água em excesso e fazendo muito xixi é preciso redobrar a atenção: ele pode estar com diabetes. A doença também acomete cães e gatos e aqueles com mais idade têm maior predisposição. De acordo com a médica veterinária Maiza Lopes de Menezes Francisco, ao notar mudanças no consumo de água e no volume da urina muitos donos costumam ir até a clínica desconfiando que o animal esteja com insuficiência renal. A maioria não sabe que os animais também podem ter diabetes. 

A veterinária explica que outro sintoma da doença é a perda de peso, apesar do apetite se manter normal. Além disso, em geral a urina do animal atrai formiga. Maiza diz que alguns clientes mais distraídos só vão ao médico veterinário quando o olho do animal começa a ficar branco. ''Quando chega nesta sintomatologia é porque a diabetes já está instalada há algum tempo e fica mais difícil de tratar'', orienta. 

Segundo a veterinária, geralmente os guardiões desconfiam que o animal esteja com diabetes quando eles mesmos têm o problema. ''Quando a pessoa conhece os sintomas e observa o animal com este tipo de comportamento, busca ajuda mais rapidamente'', explica. 

Assim como nos humanos, a alimentação é um dos fatores que podem desencadear o problema nos animais, mas a genética também conta muito. ''Sabemos que o que o cachorro come pode influenciar no aparecimento da doença, mas em alguns casos outras questões também pesam. Às vezes, o animal só come ração e, mesmo assim, apresenta diabetes'', destaca. Ela complementa que este é um dos motivos pelos quais os animais precisam ser levados anualmente ao veterinário. 

Segundo Maiza, um exame de sangue de rotina com medição de glicose pode levantar a suspeita do problema. Diante desta situação, exames específicos são realizados para diagnosticar ou descartar a diabetes. A veterinária alerta que o tratamento precisa de disciplina do proprietário e também do animal. 

Como a maioria dos animais que desenvolve diabetes já tem idade avançada, Maiza diz que outro desafio enfrentado pelos guardiões é lidar com a personalidade do bicho. ''Atualmente há no mercado rações para animais diabéticos que facilitam o controle da doença. Mas, como estes cães e gatos já têm a personalidade formada, muitos recusam a ração, o que pode dificultar inicialmente o tratamento'', destaca. Para que o problema seja minimizado, ela recomenda que os donos façam uma introdução gradativa da nova ração. 

Entre os cuidados que o guardião de um animal diabético deve ter está a aplicação da insulina, que precisa ser realizada sempre nos mesmos horários e nas mesmas doses. ''O mais importante é nunca aplicar a insulina se o animal não tiver se alimentado anteriormente, porque isso pode levar a uma hipoglicemia'', salienta. 

Independentemente da espécie do animal, Maiza lembra que eles também envelhecem e precisam de cuidados especiais. ''O ideal é fazer acompanhamento veterinário durante toda a vida, principalmente na 'idade da experiência'. O acompanhamento preventivo traz qualidade de vida para o animal e para o dono'', finaliza. 
FONTE: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2482-20130222

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