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terça-feira, 3 de setembro de 2013

DIABETES TIPO 2 e COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES

diabetes tipo 2 duplica o risco de complicações cardiovasculares em pacientes com ou sem doença cardiovascular estabelecida, assim a maioria dos pacientes diabéticos morre de doenças cardiovasculares. Embora o controle glicêmico reduza as complicações diabéticas microvasculares, permanece a dúvida sobre qual esquema terapêutico utilizar para reduzir o risco cardiovascular nesses pacientes.
Dois ensaios clínicos usando inibidores da dipeptidil peptidadse 4 (DPP-4) foram publicados esta semana pelo The New England Journal of Medicine.
No estudo The Saxagliptin Assessment of Vascular Outcomes Recorded in Patients withDiabetes Mellitus (SAVOR)–Thrombolysis in Myocardial Infarction (TIMI) 53, conhecido como SAVOR-TIMI 53, foram estudados aleatoriamente 16.492 pacientes com diabetes tipo 2 que tinham um histórico de ou estavam em risco para eventos cardiovasculares. Eles receberam saxagliptina ou placebo e foram acompanhados por um período médio de dois anos. O desfecho primário foi um composto de morte cardiovascular, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral isquêmico.
Um evento do desfecho primário ocorreu em 613 pacientes do grupo de saxagliptina e em 609 no grupo de placebo. Mais pacientes no grupo saxagliptina do que no grupo placebo foram hospitalizados por insuficiência cardíaca. Taxas de pancreatite aguda e crônica foram semelhantes nos dois grupos.
Concluiu-se, neste estudo, que a inibição da DPP-4 com a saxagliptina não aumentou nem diminuiu a taxa de eventos isquêmicos, embora a taxa de hospitalização por insuficiência cardíaca tenha aumentado. Apesar de a saxagliptina melhorar o controle glicêmico, outras abordagens são necessárias para reduzir o risco cardiovascular em pacientes com diabetes.
O segundo ensaio clínico publicado pelo NEJM, recebeu o nome de Examination of Cardiovascular Outcomes with Alogliptin versus Standard of Care (EXAMINE). Ele foi realizado para verificar se o uso de alogliptina não é inferior ao uso do placebo em relação aos principais eventos cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2 que possuem alto risco cardiovascular, ou seja, aqueles que tinham sofrido alguma síndrome coronariana aguda que exigiu hospitalização (infarto do miocárdio ou angina instável) recentemente. Observou-se que nestes pacientes, o tratamento com alogliptina resultou em taxas de morte por causas cardiovasculares,infarto do miocárdio não fatal e acidente vascular não fatal semelhantes a aquelas encontradas com o uso do placebo.
NEWS.MED.BR, 2013. NEJM: saxagliptina e alogliptina, inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4). Segurança e eficácia cardiovascular de alguns hipoglicemiantes ainda não são claras. Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2013.

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