Em setembro próximo, a Presidente Dilma Roussef apresentará o Plano Brasileiro para o Enfrentamento das Doenças não Transmissíveis, na Cúpula das Doenças Não-Transmissíveis, que acontecerá em Nova Iorque.
As doenças não transmissíveis crescem de forma acelerada e implacável no mundo todo e no Brasil não é diferente. Doenças cardio-vasculares, cânceres e doenças pulmonares crônicas constituem a causa de dois terços de todas as mortes no mundo e são responsáveis por imenso sofrimento e perda da qualidade de vida das pessoas, pelo aumento dos gastos públicos e privados com saúde, previdência e assistência social, e por uma importante perda de produtividade que pesa sobre a economia dos países.
Os seus principais fatores de risco – tabagismo, uso abusivo do álcool, hábitos alimentares pouco saudáveis e inatividade física – expõem principalmente os extratos socioeconomicos mais baixos da população, que cada vez estão mais expostos a eles, e esse fato contribui para a ampliação das desigualdades em saúde e o empobrecimento.
A Cúpula das Doenças Não-Transmissíveis, que acontecerá no mês que vem em Nova Iorque, convocada pela Organização das Nações Unidas, busca estimular os países e organizações internacionais à priorizarem o enfrentamento deste novo desafio de saúde pública.
No entanto, sem controlar a epidemia de tabaquismo, sem implementar o que se comprometeu à fazer quando assinou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, o Brasil corre o risco de não alcançar as metas a que se propõe no seu Plano Nacional, recentemente aprovado.
O tabaquismo é responsável por cerca de um terço de todos os cânceres, por um em cada quatro casos de infarto do miocárdio e pela imensa maioria das doenças respiratórias crônicas – para citar apenas as mais conhecidas doenças tabaco-relacionadas – e mata, todos os anos, cerca de duzentos mil brasileiros – 2.600 das quais não fumantes expostos à poluição da fumaça dos cigarros.
Sem controlar o tabaco, o Brasil não enfrentará as doenças crônicas não transmissíveis.
O Plano Brasileiro será apresentado pela Presidente Dilma na Cúpula da ONU. Fica, no entanto, uma pergunta que ainda está sem resposta: o que dirá nossa Presidente em relação ao fato de que o Líder do Governo no Senado Federal não apenas é o autor de um projeto de lei para manter a permissão de fumódromos no país – contrariando determinações da Convenção-Quadro contra o Tabaco, que o Brasil assinou com a mesma ONU – como é o principal orquestrador de um movimento para procrastinar a aprovação, pelo Senado Federal, da lei de ambientes livres de tabaco.
Na minha opinião, a Presidente pode ter de pagar um grande mico – e de repercussão internacional.
Brasília, 12 de agosto de 2011.
Luiz Carlos Romero
(Fonte: Rede ACT)
Obrigado por seu comentário sobre o meu post, Muito oportuno a sua postagem, O brasil é um pais da contradição é broibido fumar em lugares publicos, e ao mesmo tempo levantam bandeiras a favor a descriminização da maconha, oou em outras palavras, para mim é a liberação da droga a maconha.No Brasil parece que andamos na contra mão, sobre as bitucas de cigarros, se fossemos contar o quanto que vai parar nos esgostos, aqui aonde resido quando dá as enchurradas do alto do edficio dá pra ver o montante de bitucas de cigarros que vão parar nos esgostos, sem se falar no restante, copos descartaveis latinhas de cerveja, Qualquer dia desses vou fazer uma foto e postarem no meu blog. Amigo blogueiro é isso ai a vida é uma luta diaria. Estaremos por aqui manifestando a nossa indgnação e tentando requere os direito e obrigação do cidadão Brasileiro. Abraços e sucessoooo
ResponderExcluir