Pesquisar este blog

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A SAÚDE EM SEGUNDO PLANO

A PEDIDO DA INDÚSTRIA, ISTO ACONTECERÁ UM POUCO MAIS!VIVA O GOVERNO DE dona dilma!
Recebemos uma informação muito interessante... Para não dizer chocante. Nem a ONU escapa da pressão do mercado e das indústrias, quando formula suas políticas de combate às doenças e às mortes passíveis de prevenção.
No Estado de São Paulo desta segunda-feira (19), constatamos que "... Um plano de ação será lançado hoje em Nova Iorque, por um grupo de chefes de Estado. Mas o lobby da indústria da bebida na Europa, do açúcar Brasil, do tabaco nos Estados Unidos e de alimentos em vários países conseguiu aguar o documento. Como consequência, a ideia (da ONU) de ser estabelecida uma meta para a redução de mortes foi abolida de última hora..."
Aqui no Brasil não é diferente. A indústria do tabaco foi agraciada por um adiamento até 2012 do aumento da tributação sobre o cigarro. Segundo o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo Barbosa: "...como essa mudança é importante, as empresas pediram um tempo maior para fazer uma reavaliação de sua produção, estratégia de marketing e de vendas dentro novo modelo..." Lógica elementar.
O tabagismo é responsável por milhares de mortes precoces de brasileiros. As indústrias de cigarro produzem esta arma de destruição em massa. O mundo inteiro, e o Brasil também, precisam limitar o número de fumantes, o quanto antes! A sociedade brasileira e o governo de nosso País gastam fortunas anualmente para tratar doenças decorrentes do cigarro. Uma das formas encontradas e encorajadas pela Organização Mundial da Saúde para reduzir a mortalidade do tabagismo é aumentar o preço do maço de cigarros.
Vários estudos científicos realizados nos Estados Unidos claramente mostram redução do consumo de cigarro proporcional ao aumento de seu preço. O governo brasileiro decidiu aumentar a tributação do cigarro. Sábia decisão. Desta forma aumentaria seu preço e reduziria seu consumo. Elementar. Mas, alguns dias atrás, o Ministério da Fazenda, através do Secretário Executivo, informa adiar o início da tributação para mais um ano. Mais de 40.000 brasileiros irão engrossar as filas de mortes evitáveis no período do adiamento. Mas, estas mortes podem muito bem ser justificadas. Segundo Barbosa, "...o motivo principal para o adiamento foi o pedido das indústrias...".
A saúde pública e os programas de redução de mortalidade da ONU podem esperar a decisão dos departamentos financeiros e de marketing das indústrias de tabaco, de açúcar e de bebidas alcoólicas. Elementar.
Texto de:
Riad Younes é professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da USP. Médico do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José e do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio Libanês, São Paulo. Especialista em câncer de pulmão. Foi Diretor Clínico do Hospital Sírio Libanês de março 2007 a março 2011.
2011. 
(Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5359152-EI18157,00.html) REDE ACT

Nenhum comentário:

Postar um comentário