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domingo, 11 de setembro de 2011

A vitória dos atletas e o lado oculto da gestão do basquete

            Uma coisa é a vitória transparente e vibrante, na quadra. A outra é a conta oculta do caixa. O basquete vive esta dualidade. 
            Faço estas colocações no momento da euforia coletiva, lembrando que a festa de ontem, na Argentina, tem triplo significado: a merecida promoção e valorização do atleta nacional; prêmio ao torcedor apaixonado, que há 16 anos não vibrava com o basquete, como agora; e, nos bastidores, euforia dos cartolas e empresários, que usam o dinheiro público, com transparência opaca, na execução de suas metas.
Memória
            Recentemente, o repórter Daniel Brito publicou, na Folha de S.Paulo, que a Confederação Brasileira de Basquete, dirigida por Carlos Nunes,  transferiu a gestão administrativa e técnica para a Brunoro Sports Business , do empresário José Carlos Brunoro. Nada disso foi divulgado pela CBB.Resultados e dúvida
            Independentemente dos resultados positivos alcançados pela empresa, como a classificação brasileira aos Jogos de Londres 2012, ficam três questões: qual o custo dessa terceirização?  quem recolhe os impostos, a Brunoro Sports ou a Confederação de Basquete? se a terceirização revelou-se eficiente, para que serve a Confederação Brasileira de Basquete, que se omite na obrigação de ser gestora da modalidade?
            Lembro que a parceria da CBB com a Brunoro Sports é financiada por dinheiro público, verba oficial, grana do caixa dos contribuintes!  Foram R$ 15 milhões em 2010, outro tanto este ano, da Eletrobrás, Lei de Incentivo, loterias federais, etc.
            E quanto rendem as transmissões da SporTV? quem recebe o dinheiro, a Confederação de Basquete ou a Brunoro Sports?
            É o tal lado opaco da gestão financeira que deixam dúvidas, e sobre isso o presidente Carlos Nunes foge das respostas há mais de dois anos. O silêncio torna-se suspeito.
           Insisto: o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União precisam investigar esta relação empresarial, feita às custas de muita grana pública. Quem tem responsabilidade sobre o quê?
            E que o Ministério do Esporte questione sobre a importância da terceirização da gestão dos cartolas. De repente, pode ser oportuna uma reformulação no Sistema Nacional de Esporte, eliminando-se a estrutura das confederações e tornando-se profissional a gestão do esporte pela iniciativa privada. Mas que andem pelas próprias pernas, sem auxílio da muleta financeira do Estado.
Por José da Cruz às 12h27 - Fonte: http://blogdocruz.blog.uol.com.br/arch2011-09-01_2011-09-30.html#2011_09-11_13_27_52-139474431-0

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