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terça-feira, 13 de novembro de 2012

DIABETES e o ÍNDICE DE MORTALIDADE NO BRASIL

Doença atinge principalmente mulheres e pessoas de baixa escolaridade e mata mais brasileiros do que a aids e acidentes de trânsito.

Gabriel Castro
Diabetes: Cirurgia bariátrica ajuda a manter a doença sobre controle, apontam pesquisas
Diabetes: no Brasil, mata mais que a aids e que os acidentes de trânsito (Thinkstock)
Na véspera do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, o Ministério da Saúde hoje divulgou dados que mostram um aumento no índice de mortalidade causado pela doença. A taxa passou de 24,1 mortes por 100.000 habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100.000 em 2010. Desde 2000, esse índice subiu 38%. Hoje, a doença atinge 5,6% da população brasileira adulta — e afeta mais mulheres do que homens.
Os dados divulgados nesta terça-feira revelam que o diabetes foi o responsável por 54.000 mortes no Brasil em 2010, ano dos últimos dados disponíveis. O número é muito superior ao de mortes causadas pela aids (12.000), e pelos acidentes de trânsito (42.000). Entre 2000 e 2010, o diabetes motivou mais de 470.000 óbitos. 
Causa indireta — Também em 2010, o diabetes foi mencionado como causa indireta de 68.500 mortes. São casos em que a doença agravou de forma significativa a situação do paciente. O tabagismo, a má-alimentação, o excesso de peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o diabetes.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que o atendimento a esses pacientes melhorou nos últimos anos, mas reconhece a necessidade de melhorias. "O SUS precisa se reorganizar para enfrentar essa nova realidade. Esse esforço de reorganização para dar conta das doenças crônicas é fundamental e tem que ser permanente", disse.
Baixa escolaridade — Um dos focos do trabalho do ministério deve ser a população com até três anos de escolaridade.  Neste grupo foram registradas 24.000 mortes em decorrência do diabetes em 2010. "O diabetes se expressa de forma diferente de acordo com a inclusão social e com o grau de inclusão da nossa população", disse Padilha. 
O ministro destacou o fato de 74% dos portadores da doença serem identificados pela rede pública de saúde. Em média, esses pacientes fazem cinco consultas médicas por ano, um número considerado satisfatório pelo ministro. 
Ele ressaltou ainda que o acesso dessa população a medicamentos gratuitos chegou a 94%.
Em 2013, o Ministério da Saúde vai realizar uma pesquisa nacional em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar melhor o perfil dos pacientes do diabetes no país.
FONTE: Veja on line, 13/11/2012

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