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terça-feira, 27 de novembro de 2012

CAFÉ e DOENÇAS DO FÍGADO


Em um estudo de pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), o consumo de café foi associado a um menor risco de fibrose hepática avançada em pessoas com menor resistência à insulina, mas não naqueles com maior resistência à insulina.
Os potenciais efeitos benéficos do café para os pacientes com doença hepática crônica estão se tornando mais evidentes, disse Kiran Bambha, professora assistente de medicina na divisão de gastroenterologia e hepatologia daUniversity of Colorado Denver, em Aurora, nos Estados Unidos. Ela apresentou os resultados de um estudo transversal, na reunião The Liver Meeting 2012: American Association for the Study of Liver Diseases 63rd Annual Meeting.
A Dra. Bambha disse que um trabalho anterior mostrou os efeitos benéficos do café em uma variedade de condições crônicas de saúde, incluindo diabetes tipo 2 e fibrose hepática em DHGNA. Por isso, ela e seus colegas estudaram como a possível interação entre o consumo de café e a resistência à insulina estão relacionados à fibrose avançada (na fase 2 ou mais avançada) em pacientes com biópsia comprovada de DHGNA.
Os 782 participantes, com 18 anos ou mais, foram incluídos na pesquisa Nonalcoholic Steatohepatitis (NASH) Clinical Research Network. A histologia foi estudada no início da pesquisa e revista dentro de um intervalo de seis meses de triagem clínica.
O consumo de café foi documentado e a resistência insulínica (RI) foi avaliada com o modelo de avaliação da homeostase-resistência insulínica (HOMA-IR).
A média de idade dos participantes foi de 48 anos, 38% eram homens e 84% eram brancos. O índice de massa corporal médio foi de 33,5 kg/m² (variação, 29,7-38,3 kg/m²). Na histologia, 79% tinham DHGNA definitiva ou provável e, destes, 75% tinham fibrose no estágio 2 ou inferior e 25% tinham fibrose mais avançada do que a fase 2 (7,5% tinham cirrose). A pontuação mediana do HOMA-IR foi de 4,3 e 24% (n = 189) dos participantes tinham diabetes.
Para o consumo de café, 29% dos participantes bebiam 0 xícaras/dia, 28% bebiam menos de uma xícara/dia, 15% bebiam menos de duas xícaras/dia e 28% bebiam pelo menos duas xícaras/dia. O uso de álcool e cigarro foi positivamente correlacionado ao maior consumo de café (tendência de p<0 ambos="ambos" b="b" para="para">
Testes de regressão logística multivariada mostraram uma relação inversa significativa entre o consumo de café e o risco de fibrose grave, dependendo do grau de RI (interação P = 0,01). Esta relação era mantida para os participantes com menor RI, mas não para aqueles com maior RI. O consumo de café foi inversamente correlacionado à fibrose avançada (estágio 2 ou mais avançado) em participantes com um valor de HOMA-RI abaixo de 4,0; mas não naqueles com uma pontuação de 4,0 ou superior. Não houve associação significativa entre o consumo de café e a gravidade da esteatose, inflamação lobular, balonismo hepatocelular ou DHGNA definitiva.
Ainda são necessários estudos longitudinais para aprofundar o entendimento da associação entre o consumo de café e a fibrose hepática e para determinar se o café pode ser um complemento útil para pacientes com fígado gorduroso, explicou a coordenadora da pesquisa. Ainda não se sabe se a cafeína é que traz os benefícios observados. É possível que alguns flavonoides presentes no café sejam os responsáveis por este efeito. O café é uma "substância complexa" que contém centenas de componentes, incluindo cafeína, vitaminas, minerais, fibras, compostos fenólicos, lignanas, ácido ferúlico, diterpenos e trigonelina, para citar alguns exemplos.
NEWS.MED.BR, 2012. Café foi associado a menor risco de fibrose hepática avançada em pessoas com menor resistência à insulina. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2012.

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