Azeite faz bem ao paladar e à saúde; saiba escolher o melhor produto
Yara GuerchenzonDo UOL, em São Paulo
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Rodrigo Marcondes/ Folha ImagemAlém do já comprovado efeito positivo para o coração, o azeite ainda tem o poder de adiar o envelhecimento
Imprescindível na salada e delicioso no macarrão, um bom azeite de oliva torna qualquer prato muito mais saboroso. Mas a estrela das receitas mediterrâneas vai muito além de um precioso tempero, já que especialistas garantem sua ação benéfica para o organismo - o alimento ajuda a prevenir especialmente as doenças cardiovasculares.
Segundo o médico cardiologista
Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente
isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar
os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de
gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL –
chamado de “colesterol bom”.
As variedades de azeite virgem e extravirgem
– os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E,
betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com Jordão, é justamente essa
associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e
anti-inflamatória do azeite.
A nutricionista Juliana Ruas Dal’Mas, do Hospital Sírio Libanês, de São
Paulo, reforça: “O azeite é rico em poliferóis, que previnem oxidações
biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez, são
muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e por doenças
degenerativas”. Ela ainda destaca mais benefícios: “Ajuda na absorção das
vitaminas lipossolúveis e na função imunológica”.
Claro que não podemos
deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom
azeite. “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom,
ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra
Jordão.
A melhor escolha
A chef e especialista em
azeites Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, de São Paulo, também ressalta os
seus benefícios para a saúde: “Além do já comprovado efeito positivo para o
coração, ele ainda tem o poder de retardar o envelhecimento. E mais: há quem
diga que reduz os níveis de obesidade”. Mas há uma dose diária recomendada:
“Use duas colheres de sopa diariamente em suas refeições. Essa é a quantidade
indicada pelos especialistas, em geral, e é também o ideal para aromatizar
pratos e saladas ao longo de um dia”, ensina Abud.
Dal’Mas concorda que
esta é a porção diária adequada e, como nutricionista, faz questão de comentar
sobre os cuidados com a ingestão: “O azeite é bem-vindo nas refeições, faz bem à
saúde e, de fato, está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem
quer ter uma vida mais saudável. Porém, é preciso controlar o consumo, já que
também é calórico. Trata-se de um óleo e possui muitas calorias, como qualquer
outro. E o exagero nunca é bom, mesmo no caso de alimentos saudáveis. Assim,
mais do que duas colheres de sopa ao dia pode resultar em alguns quilinhos a
mais”, alerta.
Particularmente, a chef paulistana prefere o azeite
extravirgem frutado intenso. “Nas saladas, nos preparos dos pratos e também na
hora de servir, é sempre indicado colocar um fio de azeite, o suficiente para
conferir sabor e aroma deliciosos”.
Na hora da escolha, no entanto, a
dona da Gaeta Masseria lembra que cada azeite possui seu grau de acidez e é
preciso observar essa informação no rótulo das embalagens. “O extravirgem, por
exemplo, não pode passar de 0,8% de acidez”. Então, quanto menor o grau, melhor
o produto. Hoje em dia já é bem fácil encontrar nas prateleiras dos
supermercados azeites de excelente qualidade, a preços competitivos e com grau
0,3% de acidez.
“A origem do azeite também pode ser observada, a fim de
garantir a melhor qualidade”, explica a chef. “O melhor é adquirir azeites com a
denominação de origem protegida (DOP), uma certificação que assegura que o
produto é feito sob supervisão e regras definidas para colheita e produção”,
orienta.
FONTE - PARA A REPORTAGEM COMPLETA -
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