Pesquisar este blog

quarta-feira, 29 de maio de 2013

CAFÉ, ÁCIDO CLOROGÊNICO e AUMENTO DE PESO

Estudo encontra vínculo entre substância do café e aumento de peso.

  • BBC
    O estudo mostra que grandes quantidades de café não ajudam a emagrecerO estudo mostra que grandes quantidades de café não ajudam a emagrecer
Um estudo feito na Austrália surpreendeu cientistas ao indicar que o consumo de uma substância encontrada no café pode estar ligado ao aumento de peso.
Segundo a pesquisa do Instituto de Pesquisa Médica do Oeste da Austrália e da Universidade do Oeste da Austrália, o consumo diário de ácido clorogênico em quantidades equivalentes às encontradas em mais de seis xícaras de café por dia pode levar a um aumento no acúmulo de gordura nas células.
O ácido clorogênico vinha sendo associado à redução do risco de diabetes, de hipertensão arterial e acúmulo de gordura corporal, daí a surpresa dos cientistas.
A pesquisa, divulgada na publicação científica Journal of Agricultural and Food Chemistry, procurou analisar como o aumento do consumo de certos compostos encontrados no café poderia melhorar a função cardiovascular.
Nela, os estudiosos submeteram camundongos obesos a uma dieta rica em gordura durante 12 semanas.
Eles tinham sua dieta diária enriquecida com ácido clorogênico em uma quantidade equivalente à encontrada em seis xícaras de café. A expectativa era de que eles teriam menos resistência à insulina e perderiam peso.
No entanto, os resultados sugerem o oposto - que o consumo do ácido não só cria condições para um ganho de peso, como também uma maior intolerância à glicose e um aumento da resistência à insulina.
Fígado
"(Os camundongos usados na pesquisa) ganharam pelo menos o mesmo peso que camundongos alimentados com comida normal", disse o bioquímico Kevin Croft, da Universidade do Oeste da Austrália, ao jornal The Sydney Morning Herald.
"Isso (o ácido clorogênico) também não teve efeito benéfico sobre seus níveis de açúcar e também, um pouco mais preocupante, os camundongos que receberam essa substância do café apresentaram uma tendência a acumular gordura em seus fígados."
Os estudiosos estão agora conduzindo testes em 25 pessoas para verificar nelas o efeito do ácido clorogênico sobre a saúde vascular e a pressão arterial.
Além de no café, o ácido clorogênico também é encontrado em chás e algumas frutas, como ameixas e frutas vermelhas.
Em declarações no jornal britânico The Daily Telegraph, Vance Matthews, professor do Instituto de Pesquisa Médica do Oeste da Austrália, destacou que o consumo de café com moderação ainda é considerado seguro.
"Aparentemente, os efeitos na saúde dependem da dose", explicou. "O consumo moderado de café, até três ou quatro xícaras por dia, aparentemente diminui a chance de se desenvolver males como doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2."
FONTE: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2013/05/29/estudo-encontra-vinculo-entre-substancia-do-cafe-e-aumento-de-peso.htm

TRIATHLON

bons-motivos-para-praticar-triathlon

Se você é admirador de treinos pesados e que trazem resultados rápidos, o triathlon pode ser seu esporte! Antes de dizer que não está bem preparado o suficiente para praticar o triathlon, modalidade que une ciclismo, corrida e natação na mesma prova, saiba que até iniciantes podem praticar a atividade, com supervisão profissional e respeito aos limites do corpo. 
Em apenas um treino de uma hora de duração é possível queimar de 600 a 1.000 calorias com a modalidade. As aulas devem ter frequência mínima de três vezes por semana e incluir obrigatoriamente bike, natação e corrida, às vezes juntando as três modalidades em um só treino ou dando destaque a uma delas por aula. 
Enfrentar percursos de mais de 10km com bicicleta e braçadas na piscina ou no mar, trabalha os músculos quase no limite, deixando abdômen, glúteos, costas, pernas e braços bem torneados. Além de resultados rápidos, a modalidade ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes e sobrepeso, aumentando também a capacidade respiratória. 
A prática de esportes mais intensos ajuda a manter uma alimentação saudável, já que você entra em um círculo vicioso: quanto melhor você come, melhor se sente e mais rende em seus treinos. Quando você entra no ritmo dos exercícios, começa a perceber a melhora no funcionamento do seu corpo - fica mais fácil perceber qual é a hora certa de repor carboidratos e água durante os treinos longos. E ainda aprende na prática a importância das proteínas na recuperação muscular! 
A prática de exercícios, especialmente os de maior intensidade, libera a endorfina, substância que traz uma sensação de prazer e bem-estar ao organismo. 
Esta é a experiência de muita gente que treina: depois de suar no treino, os problemas parecem menores e até aquela situação sem solução tem sua importância reduzida. Claro que não dá para abusar, mas como os treinos de triathlon são bem puxados, seu gasto calórico vai aumentar bastante (e sua massa magra também). 
Já pensou em ser um atleta 3 em 1? 
Por Jornalismo Portal EF

TERMOTERAPIA

recupere-se-com-a-termoterapia

Recupere-se com a termoterapia!

Cuidados simples, como colocar o gelo ou uma compressa quente, podem amenizar diversas dores, como as de lesões musculares e articulares, e até acelerar a recuperação. 

A crioterapia, tratamento com baixas temperaturas, é um dos mais indicados em casos de torções. Porém, para a crioterapia surtir efeito, deve ser aplicada já nas primeiras 48 horas após a lesão – momento que pode crescer infecções, edemas e dores. A compressa alivia a dor, reduz os espamos musculares e hematomas por contrair os vasos sanguíneos, reduzindo a circulação e não deixando progredir o edema. Já a hipertermoterapia faz o efeito contrário: dilata os vasos sanguíneos e relaxa a musculatura. Isso faz reduzir a dor e a rigidez articular. Lembrando que a aplicação do calor não é aconselhada quando a lesão ainda está recente, isso pode agravar a inflamação e o edema. O indicado para os dois casos é uma aplicação na região lesionada por 20 minutos. Não se esqueça de sempre usar uma proteção entre a bolsa térmica e a pele, como uma toalha. 
Por Jornalismo Portal EF

DESAFIO: PRODUTOS TECNOLÓGICOS e CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL

Prêmios

Primeiro Lugar
60 mil dólares
Segundo lugar
30 mil dólares
Terceiro lugar
$ 10,000

Sobre o Desafio

39 dias para apresentar 




A Administração de Serviços de Saúde,  Abuso de Substâncias 
Saúde Mental     (SAMHSA), uma divisão operacional do Departamento 
de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, anuncia uma nova oportunidade 
para que indivíduos e organizações possam ajudar a evitar o consumo de
 alto risco entre estudantes universitários. Consumo excessivo de álcool por
 menores e entre os estudantes universitários são importantes problemas 
de saúde pública em faculdades e universidades nos Estados Unidos, 
que muitas vezes resultam 
em conseqüências que alteram o curso de uma vida,  como a morte,
 lesão, agressão, abuso sexual, gravidez indesejada, doenças 
sexualmente transmissíveis, dificuldades acadêmicas, tentativas de
 suicídio e dependência de álcool. SAMHSA está buscando soluções 
para este problema através de produtos de baixo custo, portátil, com
 base em tecnologia que efetivamente alcancem uma população 
diversificada de estudantes universitários e seus pais, bem 
como os administradores, professores e funcionários, e que podem ser 
adaptados para atender a locais e necessidades dessas instituições 
em todo os Estados Unidos. Produtos baseados na tecnologia podem 
incluir, mas não estão limitados a: aplicativos web, aplicativos móveis, 
serviços de mensagens curtas (SMS) e podcasts.

Como Participar

Para registrar-se para este desafio, o participante deve visitar o 

site  www.challenge.gov  e procurar por "DESAFIO - produtos de 
base tecnológica para reduzir o consumo de alto risco entre estudantes
 universitários." Um link de inscrição para o Desafio pode ser
 encontrada na página de destino com a descrição desafio. Para
 regras completas, consulte o Federal Register anúncio de 
Requisitos e Registro, localizada online em http://1.usa.gov/11fi06i .

TABAGISMO: FUMANTE COM "FILME QUEIMADO"

Four in ten smokers have admitted to 'lingering' outside for nearly five minutes after finishing their cigarette to avoid work (file picture)
QUATRO ENTRE DEZ FUMANTES ADMITEM QUE FICAM "ENGANANDO" PERTO DE 5 MINUTOS DEPOIS DE TEREM TERMINADO DE FUMAR, EVITANDO A VOLTA  AO TRABALHO (FOTO DE ARQUIVO)

Seis em cada dez fumantes fazem pausas extras durante todo dia de trabalho para fumar. A investigação mostrou que 42% admitem um 'persistente' cinco minutos a mais do que eles precisam para evitar o trabalho e 83% dos não-fumantes veem estas pausas para fumar como uma desculpa para seus colegas simplesmente “sumirem”.
 Quatro em cada dez fumantes têm admitido ficar por cerca de cinco minutos depois de terminar seu cigarro para evitar o trabalho.
Os pesquisadores descobriram que seis em cada dez fumantes fazem pausas extras ao longo do dia para ter um cigarro, além de seu habitual horário para almoço e pausas para café.
Quase metade dos não fumantes também acham que as saídas constantes significam que seus colegas fumantes são menos produtivos, com quatro em cada dez dizendo que isto é pelo fato de alguns de seus horários de trabalho são gastos fumando em vez de estar em suas mesas.
O estudo descobriu que o fumante médio tem duas pausas para o cigarro durante a jornada de trabalho, com cada uma durando em média mais de seis minutos - o equivalente a mais de uma hora por semana.
Mais de um em cada dez fumantes admitem que fazem, pelo menos, cinco pausas para fumar a cada dia de trabalho, com outros 12% dizem que suas pausas para o fumou consomem pelo menos 11 minutos cada.
Enquanto isso, mais de dois terços dos fumantes foram flagrados pelo seu chefe ou colegas, com mais de um em cada dez tendo já tido uma advertência formal ou mesmo demitido por causa disso.
Seis em cada dez não fumantes disseram que eles já tiveram que cobrir os seus colegas que estavam em uma pausa para o cigarro, com 42% tendo que atender seus telefonemas e 27% já atenderam clientes na ausências dos fumantes. Eles também tiveram que participar de reuniões em seu lugar dos outros, fazer o seu trabalho e dar desculpas para eles, quando o chefe pergunta onde eles estão.
Quase um em cada cinco não-fumantes se queixou a seu chefe sobre a quantidade de tempo das pausas que seus colegas fumantes fazem.
A pesquisa foi encomendada pelo e-cigarro da marca E-Lites para marcar o Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio.
Chefe-executivo Adrian Everett disse: “Pausa para fumar cigarro pode ser uma questão contenciosa entre o tabagistas e os seus colegas não fumantes. É particularmente pior se os fumantes não compensam o tempo que eles gastam em intervalos para fumar, deduzindo este tempo de seu horário de almoço ou trabalhando até mais tarde."
FONTE:  Por James Rush

AH! SE A MODA PEGA! IRLANDA PROÍBE PROPAGANDA NAS EMBALAGENS DE CIGARRO

Todas as embalagens de tabaco, sejam de cigarros ou tabaco solto, serão da mesma cor na Irlanda e o nome do fabricante será escrito com a mesmo tipo de fonte.
Stock Xchng
Cigarro
Cigarro: a Irlanda já se transformou em 2004 no primeiro país do mundo a proibir o tabaco em todos os lugares públicos, uma medida para lutar contra a dependência.
Dublin - A República da Irlanda irá se tornar o primeiro país europeu a eliminar, a partir de 2014, as publicidades nas embalagens de tabaco e padronizará sua aparência, anunciou nesta terça-feira o ministro da Saúde, James Reilly.
Todas as embalagens de tabaco, sejam de cigarros ou tabaco solto, serão da mesma cor na Irlanda e o nome do fabricante será escrito com a mesmo tipo de fonte e em letra pequena na parte inferior, enquanto no resto do pacote serão impressas imagens de doenças vinculadas ao tabagismo.
A medida, que será incluída no próximo ano na Lei Antitabaco de 2004, é similar à aplicada pelo Governo australiano, o primeiro país do mundo que obrigou no ano passado as tabacarias a comercializarem seus produtos sem publicidade.
"Dado que 78% dos fumantes diz que começaram a fumar quando tinham menos de 18 anos, está claro que a indústria do tabaco aponta para as crianças substituírem esses clientes que morrem ou abandonam o hábito", declarou Reilly.
A Irlanda já se transformou em 2004 no primeiro país do mundo a proibir o tabaco em todos os lugares públicos, uma medida para lutar contra a dependência.
A decisão do Governo de Dublin enfrenta a oposição de um grupo de pressão chamado "No Varejo contra o Contrabando" (RAS, por sua sigla em inglês), que sustenta que a proibição só servirá para diminuir os ingressos do pequeno comerciante e potencializar os vendedores clandestinos.
FONTE: Exame.com, 28/5/2013
REDE ACT - Anna Monteiro
Diretora de Comunicação
21-3311-5640   21- 7864-3970
anna.monteiro@actbr.org.br


PROTOPORFIRIA ERITROPOÉTICA - EPP



PARA MAIS INFORMAÇÕES: http://www.porfiria.org.br/

1. O que é Protoporfiria Eritropoética? 

Protoporfiria eritropoética é uma forma incomum de porfiria hereditária, inicialmente identificada 
no início dos anos 60 e que afeta 1 em cada 150 000 indivíduos da Europa ocidental.
 Na EPP, há a formação excessiva de um tipo particular de porfirina, conhecida
como protoporfirina, que é produzida pela medula óssea vermelha. A protoporfirina
 se acumula nas células vermelhas do sangue, no fígado e na pele, que se torna
extremamente sensível à luz.  
2. O que causa EPP? 
Na EPP, há geralmente deficiência de uma enzima (enzima é toda proteína que transforma
 bioquimicamente uma substância em outra) chamada ferroquelatase (FECH).
A função dessa enzima é adicionar o ferro à protoporfirina para fazer o heme. 
Como resultado da deficiência enzimática, os níveis de protoporfirina aumentam no sangue
 e, como o sangue também circula através da pele, as protoporfirinas podem absorver a luz solar,
o que causa uma reação química capaz de provocar uma lesão nos tecidos adjacentes.
As terminações nervosas da pele interpretam essa sensação como prurido (“coceira”) ou como
sensação de queimadura;se os vasos sanguíneos também são afetados, pode
ocorrer extravasamento de líquido, causando edema (“inchaço”) no local.
A luz que a protoporfirina absorve é diferente daquela que causa queimadura solar. A 
queimadura solar é causada por ondas ultravioletas curtas (UVB), enquanto, na EPP,
a pele é sensível a ondas ultravioletas longas (UVA) e a luz visível. A luz das ondas
ultravioleta que causam lesão na pele nos pacientes com EPP, ao contrário das que
causam queimadura solar, podem passar através dos vidrosda janela. 
3. Como a EPP é herdada? 
Todos possuem dois genes que tem a informação necessária para gerar a enzima ferroquelatase
 em cada célula de nosso corpo (uma herdada do pai e outra herdada da mãe). Em 90% das
famílias,a EPP se origina quando os indivíduos afetados herdam de um genitor um gene que causa
 uma deficiência enzimática mais grave da ferroquelatase e , do outro genitor, herdam um gene
que causa uma uma deficiência enzimática mais leve. Esse gene com uma mutação “mais leve”
 (também conhecido como “alelo FECH fraco”) é bastante comum no norte da Europa,
 estando presente em cerca de 10% da população; esse gene por si não causa normalmente
 EPP, mesmo quando presente em duas cópias.
Isso explica porque, apesar de a EPP ser herdada, geralmente não há outros membros 
familiares também afetados com a mesma doença.  
4. Meus filhos serão afetados pela EPP? 
Para se obter uma resposta a essa questão, você deve procurar agendar uma consulta com 
um conselheiro geneticista ou um especialista em porfiria e ambos (você e seu parceiro) podem
necessitar realizar o teste genético.
Para a maioria das pessoas com EPP, o risco de ter um filho afetado também por EPP
 depende de os pais serem ou não portadores do “alelo FECH fraco” (veja o parágrafo 3 acima).
Nove em cadadez parceiros não serão portadores desse gene e, portanto, para tais casais
o risco de ter um filhocom EPP é bastante baixo, risco de menos de 1%. Mas , se seu
parceiro for portador do alelo “fraco”,  o risco é maior, no caso, seria de uma chance
em 4 ( ou seja, risco de de 25%). Em cerca de 5% das famílias, o mecanismo de herança
um pouco mais complicado que esse e só pode ser geralmente compreendido com a
realização do teste genético.  
5. Quais são os sintomas da EPP? 
A exposição à luz solar faz com que a pele “formigue”, coce ou “queime”; a exposição 
ao sol também está associada à vermelhidão e inchaço na pele. Isso geralmente ocorre
após alguns minutos de exposição à luz solar direta. Frequentemente, esses efeitos podem
durar por horas ou dias e irem embora completamente; durante esse período,
a pele pode ficar mais sensível a temperaturas extremas.
 Os sintomas causados pela exposição à luz não requerem necessariamente que seja uma
 exposição direta à luz solar– os sintomas podem surgir após exposição à luz refletida na água,
neve ou areia ou mesmo à luz que atravessa o vidro de uma janela ou de um carro.
A EPP geralmente começa na infância e afeta homens e mulheres igualmente. Lactentes
podem chorar ou gritar logo após serem expostos ao sol e crianças mais velhas podem ser queixar de
“queimação” da pele diante de exposição solar, muitas vezes tentando “abanar” as mãos no ar para
melhoraro desconforto ou colocando as mãos em água gelada para aliviar a dor.
Um número muito pequeno de pessoas que tem EPP podem desenvolver danos hepáticos
 (ou seja, no fígado). Felizmente, trata-se de uma rara complicação da EPP.  
6. Como são os achados da EPP na pele? 
Apesar do grande desconforto, não há mudanças visíveis na pele, ainda que a pele possa
 ficar um pouco avermelhada e inchada; Com o tempo e repetidas exposições solares,
algumas pessoas desenvolvem certo “engrossamento” da pele na região das dobras dos
 dedos e pequenas cicatrizes em bochechas, nariz e dorso das mãos. Há, contudo,
 grande variação dos achados de pele entre diferentes  indivíduos.  
7. Como a EPP é diagnosticada? 
O diagnóstico é geralmente feito a partir da história clínica obtida pelo médico durante 
a consulta e pode ser confirmado por testes sanguíneos. Os testes no sangue medem
 a quantidade de protoporfirinas.
 Alguns médicos também solicitarão amostra de fezes para medir os níveis de protoporfirinas. 
Na EPP, não se fazem testes urinários para investigação diagnóstica, ao contrário das
 outras formas de porfiria. 
Apesar de ser improvável que você venha a desenvolver problemas no fígado como uma
 complicação da EPP, seu médico pode querer monitorar o funcionamento do seu fígado
através de testes sanguíneos anuais e/ou com exame ultra-sonográfico do fígado.
Se houver alteração da função hepática, seu  médico irá lhe sugerir tratamentos
 específicos que podem ajudar na estabilização ou melhora desse problema. 
Seu médico pode também medir a hemoglobina visto os pacientes com EPP serem levemente 
anêmicos ( baixa hemoglobina combinada com baixo ferro sérico). Esses achados, 
contudo, não precisam ser tratados , especialmente porque a suplementação oral com
 ferro será ineficaz em corrigir os níveis levemente baixos de hemoglobina.
 A reposição oral de ferro é usualmente apenas necessária nos pacientes que possuem
outras causas para sua deficiência de ferro.
8. Há cura para a EPP? 
No presente momento, ainda não há cura para a EPP.  
9. Como a EPP pode ser tratada? 
O objetivo da maioria dos tratamentos é dar à pele proteção extra da luz solar para 
que você possa melhor tolerar à exposição solar 
Tratamentos médicos para EPP incluem: 
Beta-caroteno – derivado do composto químico que torna a cenoura cor de laranja,
 algumas pessoas com EPP sentem-se melhores com o uso de beta-caroteno em cápsulas.
 As cápsulas são disponibilizadas por meio de prescrição médica e são utilizadas via oral;
 com o uso delas, a pele fica com uma coloração levemente alaranjada.
Esse medicamento é considerado seguro, mas pode ocasionalmente causar leve
desconforto abdominal. 
Anti-histamínicos – em forma de comprimido ou xarope, os anti-histamínicos 
podem ser úteis para aquelas pessoas nas quais o inchaço na pele em consequência
à exposição solar é o maior problema. 
Fototerapia – Fototerapia com UVB “narrow band” e terapia com PUVA consistem 
em forma de fototerapia com luz ultravioleta utilizada pelos dermatologistas.
Essas terapias envolvem exposição cuidadosa à luz artificial ultravioleta,
usualmente três vezes por semana por cerca de 5 semanas na primavera a fim de
permitir que a pele fica mais levemente espessa e desenvolva um “bronzeado”.
 Isso funciona como um protetor solar natural e aumenta a tolerância do indivíduo
 à exposição à luz. 
Outros tratamentos sendo desenvolvidos e utilizados para o tratamento da EPP
 incluem L-acetil-cisteína, MSH (melanotan – I, também conhecido como afamelanotide)
 e a diidroxiacetona. 
Você deve ver seu médico regularmente, ao menos uma vez por ano para fazer os
 testes sanguíneos para checar se seu fígado está sendo afetado pelas protoporfirina.
 Apesar de ser uma rara complicação da EPP, é importante que se detecte
 quaisquer alterações no fígado o mais precocemente possível.  
10. O que posso fazer? 
É sensato evitar exposição desnecessária à luz solar. Outras medidas úteis consistem 
em uso de roupas para proteção da pele e filtros solares especiais. 
Vestimenta – medidas simples como roupas mais coladas ao corpo e com
 mangas longas, uso de chapéus (idealmente aqueles com abas ou no estilo
“legião estrangeira”), uso de sapatos no lugar de sandálias e de luvas
 (particularmente ao dirigir). 
Protetores solares - como a EPP caracteriza-se por sensibilidade principalmente
 à luz visível, filtros
 solares convencionais que protegem contra raios ultravioleta (particularmente raios UVB)
 não são geralmente eficazes. Protetores solares “refletores”, compostos por dióxido
 de titânio ou óxido de zinco capazes de proteger tanto contra raios UVA quanto
UVB e contra à luz visível até um certo grau, serão mais eficazes.
Exemplos de filtros solares “refletores” disponíveis com prescrição são: 
- Ambre Solaire® lotion SPF 60 
- RoC total Sunblock® lotion SPF 25 
- Loção Delph® lotion SPF25 
- Sunsense® Ultra SPF 60 
- Loção Delph® lotion SPF 30 
- Creme Uvistat® cream SPF 22 
- Loção E45 Sun® lotion SPF25 
- Creme Ultrablock® cream SPF30 
- Loção E45 Sun® lotion SPF50  
11. Podem algumas medicações exacerbarem o quadro de EPP ? 
EPP é uma porfiria eritropoética que se diferencia das porfirias hepáticas 
agudas nas quais determinadas medicações podem precipitar crises agudas
e/ou sintomas clínicos.
A EPP não é exacerbada por nenhum medicação em particular. Portanto, a não
 ser que o indivíduo portador de EPP seja alérgico a algum medicamento
específico, não há restrição alguma a utilizar qualquer medicamento caso ele
necessite para tratamento de algum problema de saúde que porventura o acometa.  
12. Onde posso obter mais informações sobre EPP? 
Como a EPP é uma doença rara , a maioria dos médicos generalistas terão 
pouca experiência com essa enfermidade. Contudo, os dermatologistas veem
a maioria dos pacientes com EPP; caso eles tenham pouco experiência com
a doença, eles irão encaminhar você para colegas com maior experiência ou para
 um centro especializado em porfirias para investigação e discussão.
O conteúdo desse website baseia-se em um consenso feito pelos parceiros 
da EPNET. 
Apesar de existirem um grande número de outras fontes de informação, 
a maioria das
 quais disponível na internet, elas podem não ter sido validadas por especialistas 
em porfirias.
 A maioria dessas fontes dão detalhes acerca de todas as formas de porfiria,
 apesar 
de algumas serem especializadas apenas em EPP :  
13. Organizações especializadas em EPP 
Fundo de Pesquisa e Educação em Protoporfiria Eritropoética (EPPREF)
Fundação Holandesa de EPP
14. Organizações que lidam com todas as formas de porfirias 
Date of last update: April 2011 







terça-feira, 28 de maio de 2013

CÂNCER e APTIDÃO CARDIOVASCULAR EM HOMENS

Aptidão cardiovascular em homens na meia idade pode predizer o risco futuro de câncer

Os resultados de um amplo estudo prospectivo de 20 anos indicam que um alto nível de aptidão cardiovascular em homens na meia idade reduz os riscos de desenvolver e morrer de câncer de pulmão e colorretal, dois dos cânceres mais comuns na população masculina. A performance cardiovascular também reduz o risco de morrer de câncer de próstata, apesar de não estar associada ao desenvolvimento da doença.
“Esse é o primeiro estudo a explorar a aptidão cardíaca como marcador de prognóstico futuro do risco de câncer”, disse Susan Lakoski, a frente do estudo e professora assistente de medicina na Universidade de Vermont. “Esta descoberta torna claro que os pacientes devem ser advertidos de que eles precisam atingir um determinado nível de aptidão, e não apenas se exercitar. E ao contrário do comportamento de exercício, que se baseia no auto-relato do paciente, a aptidão pode ser medida objetivamente e com precisão em um ambiente clínico.”
O estudo incluiu 17.049 homens em uma idade média de 50 anos, como parte de um check-up preventivo oferecido pelo Instituto Cooper. O teste de aptidão, que é semelhante a um teste de estresse para o risco de doença cardíaca, implicou andar em esteira sob um regime de mudança de velocidade e altitude. O desempenho dos homens foi registrado em unidades de aptidão chamadas de equivalentes metabólicos ou METs. Os participantes do estudo foram divididos em cinco grupos,  de acordo com o seu desempenho fitness.
Os pesquisadores analisaram posteriormente os dados da Medicare para identificar se os participantes deste estudo vieram a desenvolver câncer de pulmão, colorretal, ou câncer de próstata – os três tipos mais comuns de câncer entre os homens norte-americanos. Ao longo de um período médio de acompanhamento de 20-25 anos, 2.332 homens foram diagnosticados com câncer de próstata, 276 foram diagnosticados com câncer colorretal, e 277 foram diagnosticados com câncer de pulmão. Houve 347 mortes por câncer e 159 homens morreram de doença cardiovascular.
Os pesquisadores descobriram que o risco de ser diagnosticado com câncer de pulmão ou colorretal foi reduzida em 68 e 38 por cento, respectivamente, em homens que eram os mais aptos, em relação àqueles que foram os menos aptos. A aptidão não impactou significativamente o risco de câncer de próstata. Na análise, os dados foram ajustados para o tabagismo e outros fatores, tais como o índice de massa corporal e idade.
Entre os homens que desenvolveram câncer, aqueles que estavam mais aptos na meia-idade tinham um risco menor de morrer de todos os três tipos de câncer estudados, bem como de doença cardiovascular. Mesmo uma pequena melhora no condicionamento físico (por 1MET) fez uma diferença significativa na sobrevida, reduzindo os riscos de morrer de câncer e doenças cardiovasculares em 14 e 23 por cento, respectivamente.
Outro achado interessante foi que homens que tiveram baixa aptidão tiveram um risco aumentado de câncer e doenças cardiovasculares, mesmo aqueles que não eram obesos. Isto sugere que os pacientes devem se concentrar em melhorar a sua aptidão, independentemente do seu peso corporal. Neste estudo, os homens que caíram no quintil mais baixo de nível de aptidão alcançaram menos de 13,5 minutos durante o teste ergométrico na faixa de 40-49 anos de idade, menos de 11 minutos na faixa de  50-59, e menos de 7,5 minutos se eles tinham 60 anos ou mais.
“Este importante estudo estabelece a aptidão cardiorrespiratória como um preditor independente do risco de câncer em homens. Enquanto mais pesquisas são necessárias para determinar se tendências similares são válidas em relação a outros tipos de câncer e entre as mulheres, estes resultados indicam que as pessoas podem reduzir seu risco de câncer com mudanças de estilo de vida relativamente pequenas”, disse a presidente da ASCO, Sandra M. Swain.

SIBUTRAMINA: VENDA LIBERADA

Sibutramina: droga atua diminuindo o apetite
Sibutramina: Anvisa decidiu manter a venda do emagrecedor (Latinstock)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu nesta segunda-feira manter a venda de inibidores de apetite à base de sibutramina. A decisão foi tomada com base em monitoramento feito em 2012 e deve valer, pelo menos, para os próximos dois anos.
A autorização do emagrecedor no País já havia sido indicada em março deste ano, em um relatório da equipe técnica. O documento mostrava que o número de efeitos adversos estava dentro do limite considerado adequado e que não havia sido encontrado abuso nas prescrições.
Desde dezembro de 2011, quando a Anvisa suspendeu as vendas de anfetaminas, a sibutramina tem regras mais rígidas para prescrição. Embora o cancelamento do seu registro também tenha sido considerado, a agência optou por acompanhar os relatos de efeitos colaterais.
Na decisão tomada hoje, a Anvisa também manteve restrições à sibutramina, entre elas a indicação de que seu uso deve ser suspenso no caso de pacientes que não obtiverem resultados após quatro semanas de medicação.
Os defensores da proibição se apoiavam em resultados de um estudo, encomendado pela agência europeia de vigilância, que indicava aumento de 16% no risco de enfarte entre pessoas que tomaram o medicamento.

TABAGISMO: RESTRIÇÃO À PUBLICIDADE

QUEM BOLOU ISTO NÃO MERECE A PENA MÁXIMA?

Um em cada três brasileiros deixou de fumar entre 1989 e 2010, por medidas restritivas de propaganda no País - incluindo a adoção de avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens. E a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas. 
É o que revela uma pesquisa inédita feita com 1.800 entrevistados.

O trabalho, conduzido em Porto Alegre, Rio e São Paulo, mostra que 92,% dos não fumantes e 89,1% dos fumantes concordam que o governo deveria fazer mais para combater o vício. Quando indagados se produtos do tabaco deveriam ter controle maior, 83,1% dos fumantes afirmam que sim. "Os números deixam claro que a população é muito receptiva", afirmou a coordenadora do estudo, Mary MacNally.

Batizado de relatório da Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC), o trabalho avaliou a opinião de 1.830 entrevistados. A pesquisa, feita no ano passado e neste ano, é fruto de uma parceria entre Universidade de Waterloo, Canadá, Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer (Inca), Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Fundação do Câncer, Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab). 
O primeiro momento analisado foi em 2009.

Em um segundo momento, foram analisadas respostas no fim de 2012 e neste ano. A pesquisa identificou também queda na percepção de propaganda de cigarro. Em 2009, 42,8% dos fumantes relatavam que o marketing do cigarro era frequente ou muito frequente. Na entrevista mais recente, esse número caiu para 22,6%. O mesmo fenômeno foi notado no grupo de não fumantes.

Sem logo 
Quase metade dos entrevistados afirmou ser favorável à adoção de uma embalagem "genérica" do cigarro: todos com a mesma cor, sem desenhos, logotipos. A secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, comemora os dados, mas afirma que há muito a ser feito. "Ainda persiste a estratégia da promoção do produto em festa, com cartazes e luminosos. Festa não é local de venda", afirma.


Ela observa ainda que no Brasil a exibição de pacotes de tabaco nos estabelecimentos comerciais continua a ser forte estratégia de marketing particularmente para jovens. Para reduzir a atratividade dos maços dos produtos de tabaco, o ideal seriam as embalagens genéricas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
FONTE: REDE ACT 

LÍGIA FORMENTI - Agência Estado

 

NARCISISMO TABAGISTA



Largar o cigarro reduz o risco de doenças cardiovasculares, mesmo quando o ex-fumante engorda. Não vale a pena manter o vício para agradar o espelho.
por Riad Yonues — publicado 24/05/2013 12:00, última modificação 26/05/2013 15:32


Parar de fumar faz bem, não há nenhuma dúvida. Centenas de milhões de dólares foram gastos somente para provar essa óbvia realidade. Quem fuma tem mais problemas de saúde, de uma simples tosse ou bronquite crônica até o câncer fatal. Sem mencionar infarto, derrame cerebral, enfisema, obstrução de artérias, pele precocemente envelhecida. Esta última pode ser um efeito colateral indesejável em pessoas que aderiram à nova religião do século. O culto obsessivo do corpo. Muitos indivíduos recusam-se a seguir as recomendações de médicos, autoridades e amigos para abandonar o tabagismo por medo de engordar.
Realmente, muitas pessoas ganham peso quando param de fumar. Mas os estudos científicos comprovam que o aumento de peso, quando ocorre, não ultrapassa a média de 2 a 3 quilos. O ganho de peso, por outro lado, pode ser um problema de saúde por mérito próprio. Assim como fumar, engordar aumenta o risco de doenças graves, como hipertensão, diabetes, câncer e toda variedade de alterações cardiovasculares potencialmente fatais.
Muitos pacientes me perguntam se não acho parar de fumar perigoso, principalmente quando associado a um ganho de peso substancial. Minha resposta foi sempre a mesma: o tabagismo traz tantos malefícios à saúde e prejuízos à qualidade de vida que não se compara com qualquer outro fator de risco. Incluindo a obesidade. Confesso que falava sem grande suporte científico. A intuição acima da certeza. Para esclarecer essa dúvida que atormenta os médicos, um grupo de ­cientista da Universidade Harvard, em Boston, nos Estados Unidos, acabou de publicar um estudo extenso, que avaliou o impacto de parar de fumar, levando em consideração o ganho de peso dele decorrente.
Os resultados apareceram em recente número da revista médica Jama. A doutora C. Clair e seus colaboradores avaliaram a evolução de 3.251 voluntários de uma comunidade regional, entre 1984 e 2011. Durante esses 27 anos de estudo, eles observaram que o ganho de peso médio das pessoas que conseguiram parar de fumar, atingiu a média de 2,7 quilos para as não diabéticas, comparada com 3,6 quilos nas portadoras de diabetes. No mesmo ­período, os ­indivíduos que ­continuaram a fumar também ­ganharam em média 1 quilo de peso.
Por outro lado, os participantes que pararam de fumar tiveram suas chances de desenvolver um quadro cardiovascular grave reduzidas pela metade. Independentemente do ganho de peso durante o estudo. Estética à parte, os autores dessa pesquisa afirmam categoricamente: os benefícios de parar de fumar são significativos para prevenir infartos, derrames e obstrução arterial, mesmo que a pessoa ganhe peso.
FONTE: Revista Carta Capital, 24/5/2013
REDE ACT: Anna Monteiro
Diretora de Comunicação
21-3311-5640 21- 7864-3970

segunda-feira, 27 de maio de 2013

CONTROLE DO TABAGISMO: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA INÉRCIA


O QUE ESTÁ POR TRÁS DA INÉRCIA (26/5/2013)
Paula Jonhs/ Folha de S. Paulo

Parece que o poder da indústria do tabaco é maior que os R$ 21 bilhões gastos anualmente para tratar as doenças causadas pelo fumo
A preocupação da indústria do tabaco em garantir um mercado capaz de repor os fumantes que interrompem o vício ou morrem aumenta conforme as medidas de controle do tabagismo avançam pelo mundo. Afinal, como garantir novos consumidores se a prevenção à iniciação for efetiva?
Nós, que acompanhamos o dia a dia do controle do tabagismo, infelizmente, deparamo-nos com a falta de vontade política de autoridades brasileiras de alto escalão em saúde. A questão do momento é a adição de sabores. Menta, cacau, baunilha e morango são usados para camuflar o gosto ruim e tornar o ato de fumar mais agradável, especialmente para quem experimenta o cigarro pela primeira vez.
Pesquisas mostram que a idade média de iniciação é de 15 anos e que 90% dos tabagistas começam a fumar antes dos 19.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) trabalhou durante todo o ano de 2011 para discutir o uso dessas substâncias. Em março de 2012, depois de ouvir os envolvidos e ceder em alguns pontos, editou medida proibitiva aos aditivos, a entrar em vigor em 2013.
Claro que a indústria do tabaco apela como pode para reverter a situação, com ações judiciais país afora. Deputados da bancada do fumo chegam a questionar o poder da agência de regular esses produtos.
Está em trâmite na Câmara o projeto de decreto legislativo nº 3.034/2010, cujo objetivo declarado é suspender a resolução da Anvisa (RDC 14/2012). Um dos pareceres pela aprovação do projeto se vale de omissões e inverdades. Omite, por exemplo, que à agência compete, além de controlar e fiscalizar, regulamentar produtos nocivos à saúde. E é isso que confere a ela poder e legitimidade para editar a resolução.
A omissão até parece proposital, para levar a erro outros deputados. A RDC é medida cujo mérito não se questiona, já que não há quem discorde da necessidade de se inibir a iniciação ao tabagismo.
Em abril, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua manifestação pela constitucionalidade do poder de regulamentação da Anvisa. Esperamos que a posição da AGU seja forte o suficiente para convencer o Parlamento. No entanto, vemos que o governo não se coloca à frente da questão como deveria.
O governo australiano, por exemplo, comprou briga com a indústria ao proibir que os maços tenham marcas, cores e logotipos, evitando propaganda na embalagem. Na Inglaterra, os cigarros passarão a ser vendidos sem exposição dos maços, embaixo do balcão, como remédios controlados. A Escócia também proibiu a exibição de maços nos pontos de venda. O Uruguai e o Chile proibiram os fumódromos.
Há, ainda, falsa alegação circulando no Congresso de que a proibição dos aditivos inviabilizaria a produção de 99% dos cigarros fabricados no país e de que a medida prejudicaria os fumicultores.
Ora, a resolução da Anvisa permite os aditivos essenciais à fabricação e a adição de açúcares perdidos no processo de cura. O que está em jogo, de fato, é o poder da indústria de captar novos consumidores. Não podemos esquecer que 75% da população aprova a proibição de sabores e que o Congresso deveria representar a vontade do povo e não interesses comerciais.
No Brasil, parece que as autoridades têm medo de tomar decisões que contrariam a indústria do tabaco. Há mais de 15 meses, a presidente da República sancionou lei para tornar o país livre de fumo em ambientes fechados, mas até agora não houve qualquer regulamentação, apesar de Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná terem experiência excelente na aplicação e fiscalização das leis locais antifumo.
Parece que o poder da indústria é maior que os R$ 21 bilhões gastos anualmente para tratar as inúmeras doenças causadas pelo consumo do tabaco. O que será que está por trás de tanta leniência?
PAULA JOHNS, socióloga, é diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT)

REDE ACT

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA e COENZIMA Q10

Estudo identifica droga capaz de reduzir a mortalidade por insuficiência cardíaca

É a primeira vez, em dez anos, que um medicamento com esse benefício é identificado. A droga contém uma enzima que é produzida naturalmente pelo corpo, mas cujos níveis diminuem com a insuficiência cardíaca

Coração online: pesquisa brasileira aponta que maioria dos vídeos publicados em rede social sobre doenças do coração traz informações imprecisas
Coração: Cápsulas contendo a coenzima Q10 devem ser adicionadas ao tratamento padrão contra insuficiência cardíaca para aumentar a sobrevida dos pacientes, conclui estudo (Thinkstock)
A coenzima Q10, que ocorre naturalmente no organismo de uma pessoa, mas que também pode ser encontrada em pílulas e alguns alimentos, aumenta a sobrevida de pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca, doença que acontece quando o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz. Foi o que concluiu um novo estudo coordenado por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Segundo os autores, essa é a primeira vez em dez anos que uma droga se mostra capaz de reduzir a mortalidade entre pacientes com a condição. Os resultados da pesquisa foram divulgados durante o Congresso de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Europeia de Cardiologia, que acontece até esta terça-feira em Portugal.

Saiba mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Pode acontecer em decorrência de qualquer doença que afete diretamente o coração. Acontece quando o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo do corpo ou a uma congestão de sangue nas veias e nos pulmões. A insuficiência faz com que os músculos dos braços e das pernas se cansem mais rapidamente, os rins trabalhem menos e a pressão arterial fique baixa. A função do coração é bombear o sangue para o corpo e, depois, tirar o sangue das veias. Quando o coração bombeia menos sangue do que o normal, há uma fração de ejeção reduzida. Quando o coração enfrenta dificuldades para receber o sangue novamente, trata-se de uma fração de ejeção preservada, ou insuficiência cardíaca com dificuldade de enchimento do coração. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Atinge uma média de uma a cada 100 pessoas.
A coenzima Q10 é essencial para o funcionamento das mitocôndrias, responsáveis por fornecer energia às células, e é a única substância antioxidante produzida pelo próprio corpo – ou seja, que evita a morte celular e protege o organismo contra o envelhecimento. Os níveis dessa enzima no músculo cardíaco diminuem em pessoas com insuficiência cardíaca, e quanto maior a gravidade da doença, menor a quantidade da substância. Para piorar, a estatina, remédio que reduz os níveis de colesterol e que é frequentemente usado para tratar pessoas com essa doença, bloqueia a síntese da coenzima Q10, diminuindo ainda mais a quantidade da enzima no organismo desses pacientes.
Pesquisas feitas anteriormente já apontaram para os benefícios da coenzima Q10 em melhorar os sintomas e a qualidade de vida em pessoas com insuficiência cardíaca. Porém, nenhum estudo estatisticamente relevante havia sido feito para avaliar os efeitos da droga na sobrevida desses indivíduos.
Esse novo trabalho, produzido em colaboração com centros médicos de nove países, foi feito com 420 pacientes que sofriam de insuficiência cardíaca. Metade desses indivíduos passou a tomar, sem abrir mão do tratamento convencional contra a doença, cápsulas de coenzima Q10, e o restante dos participantes, doses de placebo. Nenhum paciente sabia qual substância estava ingerindo, e todos os participantes foram acompanhados ao longo de dois anos.
Efeito protetor — Segundo os resultados, a coenzima Q10 praticamente reduziu pela metade o risco de um evento cardiovascular maior – ou seja, hospitalização devido ao agravamento da insuficiência cardíaca; transplante cardíaco de emergência; implante de algum dispositivo mecânico para ajudar na circulação sanguínea; ou morte por problema cardiovascular. Em dois anos, 14% dos participantes que fizeram uso da droga apresentaram algum desses problemas. Essa prevalência, porém, foi de 25% entre o grupo do placebo.
“A coenzima Q10 é o primeiro medicamento para reduzir a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca desde os IECAs [inibidores da enzima de conversão da angiotensina] e os betabloqueadores, desenvolvidos há mais de uma década”, diz Svend Aage Mortensen, coordenador do estudo. “Outros medicamentos contra insuficiência cardíaca, em vez de melhorar, acabam bloqueando processos do funcionamento celular e causando efeitos adversos. Usar a coenzima Q10, que é uma substância natural e segura, como suplemento corrige essa deficiência.”
Segundo Mortensen, a quantidade de coenzima Q10 em alimentos como carne vermelha, peixes e verduras não é suficiente para impactar a saúde de pessoas com insuficiência cardíaca.
Além disso, apesar de já haver suplementos vitamínicos disponíveis dessa enzima, uma pessoa deve procurar um médico antes de passar a consumir as cápsulas.

Opinião do especialista

Roberto Kalil
Cardiologista e presidente do Instituto do Coração de São Paulo (Incor)


“Esse é o primeiro estudo que relaciona a coenzima Q10 à redução de mortalidade em pacientes com casos de insuficiência cardíaca grave. A notícia é muito animadora. Já havia estudos que demonstravam que essa enzima estava relacionada com uma melhora nos sintomas da insuficiência. Mas, ao conseguir reduzir a mortalidade em pacientes graves, seu uso será, com certeza, agregado ao tratamento como um reforço muito importante. Falta apenas que novos estudos sejam feitos, com populações maiores, para que os resultados possam ser confirmados.”