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sexta-feira, 17 de maio de 2013

DIABETES TIPO 1 e TRANSPLANTE CELULAR: NOVA TÉCNICA

Transplante celular cura diabetes em animais de laboratório
O biomaterial (esquerda) encapsula as células produtoras de insulina (direita), protegendo-as durante a injeção. [Imagem: Georgia Tech]

Cientistas reverteram o diabetes tipo 1 em camundongos de laboratório em menos de 10 dias, utilizando uma nova técnica de transplante celular.
A cura foi possível graças a um novo biomaterial que protege o conjunto de células produtoras de insulina - as ilhotas pancreáticas - durante o transplante, feito por injeção.
O material também contém proteínas para induzir a formação dos vasos sanguíneos que permitem que as células sobrevivam e funcionem dentro do corpo.
"É muito promissor", comemora o Dr. Andrés Garcia, do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA). "Há um bocado de entusiasmo aqui, não só porque podemos garantir a sobrevivência das ilhotas, mas também podemos curar o diabetes com menos ilhotas do que é normalmente necessário."
Transplante de ilhotas
Esse tipo de terapia de transplante, embora promissor, tem demonstrado um sucesso limitado a longo prazo.
Mesmo obtendo um controle dos níveis de glicose, a maioria dos pacientes volta a necessitar de insulina para controlar os sintomas do diabetes.
O insucesso dos transplantes tem sido atribuído a vários fatores.
Por exemplo, a técnica atual de injeção de ilhotas diretamente nos vasos sanguíneos do fígado resulta na morte de aproximadamente metade das células, devido à exposição a reações de coagulação do sangue.
Os pesquisadores então desenvolveram um hidrogel, um material compatível com os tecidos biológicos, que funciona como um carregador das células implantadas. O biomaterial encapsula as células produtoras de insulina, protegendo-as durante a injeção.
Além disso, o hidrogel contendo as ilhotas foi transferido para um novo local, sobre a parte externa do intestino delgado, evitando desse modo a injeção direta na corrente sanguínea.
Uma vez no corpo, o hidrogel se degrada de forma controlada, liberando uma proteína de fator de crescimento que promove a formação de vasos sanguíneos e de uma conexão das ilhotas transplantadas até estes novos vasos.
Modelo ideal
Embora o novo biomaterial e a técnica de injeção sejam promissores, o estudo usou camundongos geneticamente idênticos e, portanto, não enfrentou a questão da rejeição imunológica que é comum em seres humanos.
Os pesquisadores pretendem estudar agora se uma barreira imunológica que eles criaram vai permitir que as células sejam aceitas em modelos animais geneticamente diferentes.
Se forem bem-sucedidos, os testes então poderiam passar para animais maiores, com vistas a futuros estudos visando a cura do diabetes tipo 1 em humanos.
Pesquisadores brasileiros parecem estar mais adiantados em tratamentos similares:

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