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domingo, 21 de novembro de 2010

CEGUEIRA DOS RIOS

Verme Onchocerca volvulus, transmitido para o homem na forma
 de larva através da picada de insetos do gênero Simulium,
popularmente conhecidos como borrachudos.
Sinonímia
Oncocercose, doença de Robles, volvulose, “erisipela da costa”.
A oncocercose é uma doença parasitária crônica, exclusiva de humanos. Caracteriza-se pelo aparecimento de nódulos subcutâneos fibrosos, sobre superfícies ósseas, em várias regiões do corpo.
Os nódulos são indolores e móveis e neles se alojam os vermes adultos. Estes eliminam microfilárias que, ao se desintegrarem na pele, causam manifestações cutâneas, que podem ser agudas e crônicas.
A migração das microfilárias pode atingir os olhos, provocando alterações variadas, como: conjuntivite, edema palpebral, escleroceratite, ceratite puntiforme, irite ou iridociclite, esclerose lenticular, coriorretinite difusa degenerativa, e lesões do nervo óptico, podendo levar à cegueira.
Agente etiológico
É o filarídeo Onchocerca volvulus (classe Nematoda, ordem Spirurida, superfamília Filarioidea, família Onchocercidae), um verme nematódeo que se instala na derme.
Distribuição geográfica
A oncocercose é endêmica na África, na Península Arábica e nas Américas. Na África Tropical, onde se encontra a maior parte das comunidades afetadas (mais de 17 milhões de casos registrados), é considerada de alta morbidade e apresenta larga distribuição geográfica. No continente americano a doença é focal, atingindo algumas áreas em seis países: México, Guatemala, Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil.
No Brasil, o foco foi descoberto por Moraes e Dias (1973), sendo considerado o mais isolado da América, estando localizado na Região Amazônica fronteiriça com o foco sul da Venezuela, formando um foco binacional com uma área contínua de aproximadamente 192.000 km2.
 Na Amazônia brasileira, o foco abrange grande parte do território Yanomami, no noroeste do Estado de Roraima e extremo norte central do Estado do Amazonas, onde vive atualmente uma população estimada de 17 mil Yanomamis, dos quais cerca de 10 mil na região sob risco de infecção. Esses índios vivem em aproximadamente 200 comunidades distribuídas em 28 pólos-base que compunham originalmente o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. (Fonte: portal.saude.gov.br; http://www.fiocruz.br/)

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