Passados quase 130 anos, mais de 80% dos brasileiros ainda usam a velha lâmpada inventada pelo grande inventor americano. Atualmente, no Brasil, estima-se que existam 300 milhões de lâmpadas incandescentes.
Na época foi uma invenção extraordinária, mas nos dias de hoje, diante dos avanços tecnológicos, é um desastre ambiental. Com a lâmpada incandescente, somente 5% da energia que chega a ela tornam-se luz; os outros 95% se dissipam em forma de calor. Duvida? Então coloque a mão na lâmpada e confirme o quão quente ela fica. Para piorar, dura, em média, oito meses, apenas.
Mas ela é tão baratinha, alegam alguns! Sim: baratinha, porém ineficiente. Por conta dela, são necessárias cada vez mais hidroelétricas, que impactam o meio ambiente, inundam florestas e destroem nossa biodiversidade. Graças a uma portaria assinada por vários ministérios governamentais, as lâmpadas incandescentes serão banidas do mercado até 2016.
A portaria interministerial oferece grandes vantagens aos consumidores, que passarão a utilizar de 70% a 80% menos energia em iluminação ao terem de substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas ou lâmpadas a LED. Proporcionalmente, haverá economia na conta de energia elétrica para o consumidor. Além de que o País estará economizando investimentos em geração e distribuição de energia.
As fluorescentes compactas (se encaixam em bocais pequenos), que serão as principais responsáveis pela substituição, são cerca de cinco vezes mais eficientes e têm uma vida útil de três a dez vezes maior do que as incandescentes. As lâmpadas LED são de 6,5 vezes mais eficientes e logo chegarão a ser 10 vezes mais eficientes, além de durarem de 25 a 50 vezes mais. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a economia chegará a 10 terawatts-hora (TWh/ano) até 2030.
É impressionante como deixamos de fazer a conta correta. Compramos uma lâmpada incandescente bem baratinha, mas cujo consumo aumenta nossa conta de luz no final do mês. Por outro lado, relutamos em gastar um pouco mais nas lâmpadas compactas que duram muito mais e consomem muito menos energia. Precisamos nos atinar para isso. Neste caso, acompanhar a tecnologia não significa apenas ser ambientalmente correto. Significa, na prática, economia no bolso. Boa semana a todos!
(Fonte: Fernando de Barros - fernando@masterambiental.com.br - http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1460-20110709)
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