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quinta-feira, 7 de julho de 2011

HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR

A National Lipid Association (NLA) sugeriu recentemente novas diretrizes de rastreamento para a hipercolesterolemia familiar (HF) em crianças. Esta condição faz parte de um grupo de doenças hereditárias genéticas que levam ao aumento do risco tanto para dislipidemias, como para doenças cardíacas.
Existem duas formas de hipercolesterolemia familiar: a homozigótica e a heterozigótica. Na primeira, a herança veio dos dois pais, é mais grave, mais rara, acometendo cerca de um indivíduo em um milhão. Na segunda, a herança veio de apenas um dos pais, é mais leve e ocorre em cerca de 1 em cada 500 indivíduos, podendo chegar em algumas populações a 1 em 100 indivíduos, como nos canadenses franceses.
A HF é mais prevalente do que várias outras doenças da infância, incluindo fibrose cística, diabetes tipo 1 e Síndrome de Down. Ela permanece significativamente subdiagnosticada e subtratada.
As novas diretrizes da National Lipid Association (NLA) recomendam a triagem para todas as crianças entre 9 e 11 anos de idade, fazendo o perfil lipídico.
A NLA continua recomendando, assim como a American Heart Association e a American Academy of Pediatrics, que crianças a partir dos 2 anos de idade sejam rastreadas com um perfil lipídico em jejum se forem consideradas de maior risco para o desenvolvimento de doença cardíaca precoce. Estas crianças de alto risco incluem aquelas com história familiar de doença cardíaca precoce, histórico familiar de colesterol alto, crianças com cardiopatia congênita, diabetes, hipertensão arterial, sobrepeso ou obesidade, e tabagismo ou exposição passiva ao cigarro.
O diagnóstico de HF deve ser suspeitado se o LDL colesterol é igual ou superior a 160 mg/dL ou o nível de colesterol não-HDL é de 190 mg/dL ou superior. Uma repetição do perfil lipídico em jejum deve ser realizada para avaliar a resposta a mudanças na dieta e no estilo de vida.
O médico generalista e o pediatra devem ser responsáveis pelo rastreamento e diagnóstico da HF. O tratamento deve ser feito em conjunto com o endocrinologista. O tratamento sempre começa com mudanças no estilo de vida e na alimentação, incluindo uma dieta de baixa caloria, com pouca gordura saturada. O aumento das atividades físicas, o alcance e a manutenção de um peso corporal saudável são importantes para diminuir o risco de aparecimento precoce da aterosclerose.
O tratamento com medicamentos deve ser considerado se o LDL permanece igual ou superior a 190 mg/dL, apesar de vários meses de mudanças na dieta e no estilo de vida. Para algumas crianças, o valor do LDL terá de ser menor se são consideradas de maior risco para doenças cardíacas precoces.
As estatinas são os medicamentos de escolha. Existem cinco estatinas aprovadas para uso a partir dos dez anos de idade e uma delas aprovada para uso a partir dos oito anos de idade. Ensaios clínicos com follow-up de média duração têm mostrado que as estatinas são seguras e eficazes em crianças.
Causas secundárias de hiperlipidemia devem ser pesquisadas, incluindo a avaliação do hipotireoidismo e da síndrome nefrótica.
Fontes: Journal of Clinical Lipidology- National Lipid Association
NEWS.MED.BR, 2011. National Lipid Association: novo protocolo de rastreamento de doenças ateroscleróticas em crianças. Disponível em: . Acesso em: 7 jul. 2011.

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