Em média, pessoas que voltam a fumar após internação por síndrome coronariana aguda têm uma probabilidade três vezes maior de morrer dentro de um ano, se comparadas a pessoas que conseguem abandonar o vício.
É o que sugere um estudo liderado pelo Dr. Furio Colivicchi, do Hospital San Filippo Neri, de Roma, publicado no periódico American Journal of Cardiology. "A recaída é um importante fator de risco para a sobrevivência a longo prazo", disse o Dr. David Katz, professor de medicina interna do Carver College of Medicine, da Universidade de Iowa.
Um grupo de 1.294 fumantes ativos - que abandonaram o vício durante uma internação por síndromes coronárias agudas (1.018 homens e 276 mulheres, com idade média de 59,7 ± 12,3 anos) e se declararam motivados a parar de fumar após a internação - foi acompanhado por 12 meses após a admissão. Todos os pacientes receberam sessões de aconselhamento repetido. Durante o seguimento, 813 pacientes (62,8%) retomaram o tabagismo regular (intervalo médio de recidiva de 19 dias).
Aumento da idade e sexo feminino foram fatores predisponentes independentes para a recaída. Pacientes inscritos em programa de reabilitação cardíaca e aqueles com diabetes mellitus eram mais propensos a permanecer abstinentes. Durante o seguimento, 97 pacientes morreram, sendo 81 das mortes relacionadas a causas cardiovasculares.
Análise multivariada com o método de regressão proporcional de Cox demonstrou que o hábito de fumar foi um preditor independente de mortalidade total.
Em conclusão, a recaída após síndromes coronárias agudas está associada ao aumento da mortalidade, e as intervenções de aconselhamento devem ser integradas ao apoio pós-alta para reduzir os efeitos negativos da retomada ao fumo.
Muito poucos pacientes que ficaram sem fumar durante seis meses voltaram ao vício.
Fonte: American Journal of Cardiology – publicação online de 11 de julho de 2011
NEWS.MED.BR, 2011. Voltar a fumar após internação por doença isquêmica coronariana pode aumentar o risco de morte, de acordo com artigo publicado pelo American Journal of Cardiology. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2011.
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