Levantamento realizado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), ligado à Secretaria de Estado da Saúde, com pacientes vítimas de acidente com motocicleta, mostra que apenas 25% dos usuários aprenderam a dirigir na autoescola. O estudo foi feito em 2009 na emergência do HC pela assistente social Kátia Campos dos Anjos. Foram utilizados dados fornecidos por 63 pacientes que responderam completamente o questionário.
Os motociclistas autodidatas são a maioria, totalizando 32,4% dos acidentados. Quem aprendeu a dirigir com um parente, representou 19,1%, o mesmo índice de quem aprendeu com amigos.
“Quem não aprendeu a dirigir na autoescola sabe como controlar a motocicleta, mas não aprendeu como fazer uma frenagem segura, ou manter a distância mínima necessária”, explica Julia Greve, médica fisiatra do IOT. “Os princípios de direção defensiva passam a ser ignorados”, completa.
Dos participantes da pesquisa, mais da metade (55%) já havia sofrido outro acidente de trânsito. Quanto à situação no momento do acidente, 80% não considerava que a imprudência tinha sido sua.
Má formação
Segundo Julia, os dados do estudo mostram que é preciso melhorar a formação dos condutores. “Os dados alertam as autoridades para a importância da habilitação dos condutores não só de motocicletas, mas de qualquer veículo”, explica. “É importante formar bem [os motociclistas] para reduzir os acidentes”.
Segundo Julia, os dados do estudo mostram que é preciso melhorar a formação dos condutores. “Os dados alertam as autoridades para a importância da habilitação dos condutores não só de motocicletas, mas de qualquer veículo”, explica. “É importante formar bem [os motociclistas] para reduzir os acidentes”.
A lesão mais comum em acidentes envolvendo motociclistas é a fratura de membros inferiores, mas também são comuns lesões nos membros superiores e no tronco.
“É importante que o motociclista tenha consciência de que está no veículo mais inseguro e frágil. Deve dirigir de forma preventiva, evitando ser pego de surpresa, por exemplo, em uma fechada brusca”, conclui a médica.
Imagem: Marcos Santos
Mais informações: (11) 3069-6943, email reportagem@hcnet.usp.br
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