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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DIABETES e o CONTROLE EMOCIONAL

As emoções alteram o funcionamento do organismo e podem tornar mais difícil o tratamento de algumas doenças
A medicina oriental defende que as emoções estão diretamente relacionadas ao aparecimento de doenças físicas. A medicina tradicional não compartilha deste raciocínio, mas concorda que as emoções alteram o funcionamento do corpo e podem tornar mais difícil o tratamento de determinados tipos de doenças. Este é o caso dos pacientes com diabetes, cujos níveis de glicose no organismo podem ser alterados em função de uma situação de estresse, por exemplo. 
Apesar de saber que as emoções podem interferir na glicose, o médico endocrinologista Emerson Sampaio afirma que um sentimento - mesmo que seja muito forte - ou uma tristeza exagerada não são suficientes para desencadear o diabetes em uma pessoa previamente saudável e sem predisposição para desenvolver a doença. ''No entanto, um problema de estresse recorrente pode contribuir para a ocorrência de doenças crônicas'', ressalta. 
De acordo com Sampaio, as emoções interferem na nossa rotina. Uma pessoa com problema emocional grave pode alterar hábitos alimentares e modificar suas atividades deixando de realizar atividade física. ''Para quem tem diabetes, essa alteração na rotina é realmente perigosa'', destaca. 
Para o médico, as emoções fazem parte da nossa vida e saber lidar com elas é um aprendizado constante. Segundo ele, é possível que uma pessoa com diabetes conviva com seus sentimentos e tenha um bom controle glicêmico. ''Cultivar boas relações com as pessoas do nosso convívio sempre contribuirá para a nossa saúde. Recomendamos que aqueles que apresentam dificuldades emocionais constantemente ou tenham exacerbações de sentimentos sem causas aparentes procurem um profissional de saúde para que este quadro seja avaliado.'' 
Sampaio acrescenta que a depressão, em especial, dificulta o controle das doenças crônicas de modo geral, não apenas do diabetes. ''A depressão pode aumentar a hipertensão arterial, intensificar dores crônicas e piorar outros quadros'', afirma. Conforme ele, o estresse agudo, em alguma fase da vida, como o de um assalto, tende a afetar a glicemia em pessoas com diabetes, no entanto o médico considera ainda mais grave o estresse crônico, que interfere na qualidade de vida e pode dificultar o controle glicêmico. 
Controle 
O endocrinologista Marcos Sadao diz que os períodos de estresse não podem ser evitados, mas podem ser controlados. ''Recomendo que a pessoa procure alternativas para driblar o estresse. Não há uma receita única porque cada pessoa é diferente, mas acupuntura, ioga, meditação, atividades físicas controladas são algumas maneiras indicadas para isso'', salienta. 
Segundo ele, diante de uma situação de estresse, o corpo aumenta a liberação de adrenalina e cortisol e estes hormônios têm uma relação direta com a glicemia - o índice de açúcar no sangue. ''O diabetes é uma doença que precisa ser levada a sério, em último caso, quando as situações de estresse atrapalham muito a rotina do paciente é possível indicar medicamentos que não são específicos para diabetes, mas ajudam a controlar a situação'', destaca. 
O estresse crônico é considerado perigoso porque, geralmente, está relacionado a um estilo de vida que inclui alimentação inadequada, excesso de peso e sedentarismo. Tais fatores podem favorecer o aparecimento do diabetes em pessoas com predisposição para a doença.
FONTE: Texto de Michelle Aligleri  - http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--3379-20120928

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