Inca desenvolve jogo antitabagismo para crianças e jovens.
Game, disponível no site do instituto, aborda as consequências negativas não só do fumo, mas também do cultivo de tabaco e da produção dos cigarros.
Tabagismo: De acordo com o Inca, é no período dos 10 aos 14 anos em que ocorre a experimentação de derivados do tabaco (Thinkstock)
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançou, nesta quinta-feira, um jogo online que busca conscientizar crianças e jovens sobre os malefícios do tabagismo. Intitulado "Agentes da saúde por um mundo sem tabaco", o jogo é destinado principalmente à faixa etária entre 10 a 14 anos de idade. A instituição considera que esse é o período em que acontecem as primeiras experiências com derivados do tabaco.
A primeira parte do jogo se passa no campo, onde é cultivado o tabaco. São abordados os malefícios causados aos agricultores e ao meio ambiente. "A ideia é mostrar, ao longo de toda a cadeia produtiva do tabaco, os prejuízos ao meio ambiente, à sociedade e à saúde pública", disse Marcos Vieira, analista de comunicação do Inca e um dos idealizadores do jogo, ao site de VEJA.
Já na cidade, onde transcorre a segunda parte, o jogador é convidado a criar e distribuir cartazes contra o tabagismo. O jogo mostra os danos causados pelo fumo à saúde e a influência da indústria nos jovens, principalmente através da venda de cigarros com aromas e sabores.
Escolas - "A gente espera, de uma forma divertida, passar a informação, fazer com que as crianças entendam desde cedo que fumar é prejudicial à saúde, que é um problema de saúde publica. Queremos mostrar que existem opções de hábitos saudáveis muito mais interessantes do que o fumo", afirma Marcos Vieira. Segundo ele, o Inca está desenvolvendo um projeto para levar o jogo às salas de aula.
O jogo, financiado pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), ficará disponível no site do Inca (www.inca.gov.br) para todas as plataformas de acesso à internet. O lançamento ocorreu no Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que vai até domingo em todo o país.
De acordo com dados do Inca, no Brasil o tabagismo é responsável por mais de 15% de todas as mortes de homens adultos e por 7% das mortes de mulheres. Em 2011, o país gastou 21 bilhões de reais no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao tabaco, valor 3,5 vezes superior ao arrecadado pela Receita Federal com produtos derivados do tabaco.
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