Conhecida desde a remota
antiguidade na forma de licor amargo, essa planta é utilizada na preparação de aperitivos,
aos quais se atribui propriedades carminativa, diurética, colagoga, enemagoga,
abortiva e anti-helmíntica (Lorenzi e Matos, 2002).
Criada na França, por Pierre
Ordinaire (1741-1821), com o objetivo de produzir uma poção digestiva, o
absinto, com a adição de álcool e de algumas ervas que aprimoram o seu sabor,
tornou-se uma célebre bebida das noites parisienses.
Uma forma inadequada de uso
é a sua utilização como abortivo. Segundo a mitologia grega, em reconhecimento aos
seus benefícios, a deusa Artemisa lhe concedeu seu nome. O termo absinthium
significa “sem doçura”, em alusão ao seu sabor amargo. Para os anglo-saxões, formava parte das “nove
ervas sagradas” entregues ao mundo pelo deus Woden (ou Odin). Os romanos tinham
o costume de introduzir alguns ramos em suas sandálias para combater as dores
dos pés logo após intensas caminhadas.
Devido aos seus efeitos
alucinógenos, na França recebeu o nome de Fadinha Verde. Mas, será mesmo que o
absinto possui tal poder alucinógeno? A resposta é positiva e está ligada ao
seu princípio ativo, a tujona. Além disso, o excesso desta substância pode
provocar convulsões e falência hepática. Estes efeitos estão associados ao elevado
teor alcoólico do absinto, entre 40% a 85%, e que pode reforçar o efeito
alucinógeno.
Alonso JR. Tratado de
Fitomedicina - bases clínicas y farmacológicas. ISIS Ediciones S. R. L., Buenos
Aires, Argentina. 1998.
Lorenzi H, Matos FJA.
Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum, Nova
Odessa. 2002.
Mengue SS, Mentz LA, Shenkel
EP. Uso de plantas medicinais na gravidez. Revista Brasileira Farmacognosia.
v.11, p. 21-35. 2001.
Acessado: 14/09/2012.
FONTE: Boletim Planfavi n. 23 – CEBRID - UNIFESP
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