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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ARTEMÍSIA: SAGRADA, PORÉM PERIGOSA!



Conhecida desde a remota antiguidade na forma de licor amargo, essa planta é utilizada na preparação de aperitivos, aos quais se atribui propriedades carminativa, diurética, colagoga, enemagoga, abortiva e anti-helmíntica (Lorenzi e Matos, 2002).
Criada na França, por Pierre Ordinaire (1741-1821), com o objetivo de produzir uma poção digestiva, o absinto, com a adição de álcool e de algumas ervas que aprimoram o seu sabor, tornou-se uma célebre bebida das noites parisienses.
Uma forma inadequada de uso é a sua utilização como abortivo. Segundo a mitologia grega, em reconhecimento aos seus benefícios, a deusa Artemisa lhe concedeu seu nome. O termo absinthium significa “sem doçura”, em alusão ao seu sabor amargo.  Para os anglo-saxões, formava parte das “nove ervas sagradas” entregues ao mundo pelo deus Woden (ou Odin). Os romanos tinham o costume de introduzir alguns ramos em suas sandálias para combater as dores dos pés logo após intensas caminhadas.
Devido aos seus efeitos alucinógenos, na França recebeu o nome de Fadinha Verde. Mas, será mesmo que o absinto possui tal poder alucinógeno? A resposta é positiva e está ligada ao seu princípio ativo, a tujona. Além disso, o excesso desta substância pode provocar convulsões e falência hepática. Estes efeitos estão associados ao elevado teor alcoólico do absinto, entre 40% a 85%, e que pode reforçar o efeito alucinógeno.
Alonso JR. Tratado de Fitomedicina - bases clínicas y farmacológicas. ISIS Ediciones S. R. L., Buenos Aires, Argentina. 1998.
Lorenzi H, Matos FJA. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum, Nova Odessa. 2002.
Mengue SS, Mentz LA, Shenkel EP. Uso de plantas medicinais na gravidez. Revista Brasileira Farmacognosia. v.11, p. 21-35. 2001.
Acessado: 14/09/2012.
FONTE:  Boletim Planfavi n. 23 – CEBRID - UNIFESP

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