Musicoterapia
“Todos nós sabemos da importância do que comemos.
Precisamos agora despertar para a importância do que ouvimos” (Tomaz Lima)
A depressão afeta milhares de indivíduos em todo o mundo. Diversas terapias são usadas para combater essa condição, cada uma de uma forma diversa. Além disso, há diversos tratamentos farmacológicos, quando necessário. Mais recentemente, uma terapia complementar, que mostrou ser efetiva no auxílio ao combate da depressão – de acordo com um estudo feito na Suécia – vem ganhando espaço e pode ser bastante prazerosa para a grande maioria das pessoas: ouvir música.
De acordo com os pesquisadores, ouvir música deixa as pessoas mais relaxadas mental e fisicamente e amplificam os efeitos benéficos dos tratamentos psicológicos.
As evidências sugerem que a música deveria ser mais bem explorada no tratamento da depressão”, afirmam os pesquisadores, liderados por Vera Brandes e publicado no periódico Journal of Psychotherapy and Psychosomatics. De acordo com os resultados da pesquisa, a “musicoterapia” pode ajudar que as pessoas se reconectem com algumas sensações e sentimentos, o que as faz mais sensíveis ao tratamento feito com profissionais de saúde mental.
O estudo de Brandes e de seus colegas observou três grupos de indivíduos, homens e mulheres, de idades variadas, e que participaram de dois tipos de musicoterapias (uma onde se ouvia pequenas partes de músicas clássicas, outra na qual as músicas não eram interrompidas) ou de um terceiro grupo, o de controle.
Usando diversos questionários que indicavam o nível de depressão desses indivíduos, os pesquisadores começaram, então, a medir o nível de progresso desses pacientes nas terapias psicológicas das quais estavam participando. De acordo com os resultados, apesar de nem todas as escalas de depressão indicarem alterações, isso poderia ser explicado pelo foco utilizado por esses testes padrão para determinar a depressão (como fatores cognitivos ou então fatores emocionais), aponta Brandes e seu grupo.
De qualquer maneira, o estudo indica que diversas escalas (como as intituladas Beck Depression Inventory, ou BDI, e Hospital Anxiety and Depression Scale, a chamada HADS-D) mostraram uma variação positiva nos resultados dos grupos tratados com musicoterapia, em comparação ao grupo controle.
“Baseados nos possíveis efeitos neurofisiológicos e neuroquímicos, a musicoterapia, como observamos nesse estudo piloto, parece estar associada a uma maior redução de sintomas depressivos quando está associada a outras terapias tradicionais, e pode representar um potencial tratamento complementar para a condição”, concluem os autores.
Uma metanálise feita pelos pesquisadores Maratos, Gold, Wang e Crawford também indicou potenciais benefícios da musicoterapia. Estudos mais aprofundados, entretanto, são necessários para que se possa entender os mecanismos que levam a esses benefícios observados. Com informações do Journal of Psychotherapy and Psychosomatics. (Fonte: oqueeutenho.uol.com.br)
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