TABACO BURLEY
Recentemente, fumicultores de todas as partes do mundo divulgaram informações distorcidas sobre aromas e sabores adicionados aos produtos de tabaco, e sobre as diretrizes que proibiriam ou restringiriam esses aditivos. As diretrizes serão debatidas na 4ª seção da Conferência das Partes (COP4) para a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que acontecerá em novembro, no Uruguai.
A seguir, algumas informações sobre os aromatizantes e adição de sabores nos produtos de tabaco e a Conferência das Partes.
PONTOS CHAVES
• Aromatizantes e outros aditivos são amplamente usados em cigarros e em produtos derivados do tabaco para torná-los mais palatáveis e atrativos, particularmente para os jovens.
• Quanto mais atraentes os produtos do tabaco forem, maior será o número de pessoas dependentes e, assim, finalmente, mais e mais irão morrer por causa das doenças tabaco-relacionadas. Portanto, não há justificativas em se adicionar um aditivo que torne um produto nocivo mais atraente.
• As diretrizes que serão debatidas pelo governo de 171 países na Conferência das Partes, no Uruguai, em novembro, vão recomendar que os Estados membros “proíbam ou restrinjam” a adição de aromatizantes e sabores que melhorem o paladar, que contenham corantes e que criem a falsa impressão de benefício à
saúde ou associação com energia e vitalidade.
• Ao contrário do que é divulgado pela indústria, as diretrizes não recomendam a total proibição do tabaco Burley, cultivado mundialmente e geralmente aromatizado durante a produção. As marcas que contém o Burley continuarão a ser comercializadas no mercado, mas com fortes restrições quanto aos aromatizantes.
• O tabaco Burley, por ser curado ao natural, é o que permite com mais facilidade estas adições, por manter intactos os açúcares, que são extraídos em outras variedades de fumos curadas artificialmente em estufas. Mesmo que todos os países signatários do tratado adotem esta determinação, o tabaco Burley continuará sendo utilizado para a mistura de outros aditivos.
• Um número crescente de países/estados têm aprovado legislações para cortar os sabores, entre eles Austrália, Canadá, França, Tailândia e Estados Unidos. Novas medidas estão ainda pendentes em Cingapura. A Comissão Europeia divulgou um documento onde identifica a proibição dos sabores como uma próxima diretiva a ser aplicada nos 27 países da Comunidade Europeia.
(Fonte: baseado em material da Framework Convention Alliance (FCA), aliança internacional de ONGs, da qual a ACT faz parte/ACT)
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