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sábado, 30 de outubro de 2010

O LADO FEMININO DA CONCEPÇÃO

"Os resultados dão uma imagem notável do lado feminino da fecundação.
 Mas esta é, naturalmente, apenas metade da história." [Imagem: Luca Jovine] 
Ligação óvulo-espermatozoide
Cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, descreveram pela primeira vez a estrutura 3D de um receptor completo do óvulo que se liga ao espermatozoide no início da fecundação. Os resultados permitirão uma melhor compreensão da infertilidade e permitirão o desenvolvimento de tipos inteiramente novos de métodos contraceptivos. A pesquisa foi publicada na conceituada revista científica Cell.
Início da vida
Durante séculos, o encontro dos gametas - óvulos e espermatozoides - tem desafiado a imaginação das pessoas. É essa união que dá origem a um novo indivíduo.
No início da concepção, os espermatozoides ligam-se a proteínas no revestimento extracelular do óvulo, chamado zona pelúcida (ZP). Mas os detalhes moleculares deste evento biológico fundamental, até agora, permaneciam obscuros.
Luca Jovine e sua equipe agora conseguiram determinar a estrutura tridimensional do receptor molecular que se liga ao esperma, chamado ZP3.
As informações estruturais detalhadas, baseadas em dados coletados no European Synchrotron Radiation Facility (ESRF), tornam possível começar a explorar em nível molecular como o óvulo interage com os espermatozoides no processo de fecundação.
Contraceptivos não-hormonais
O estudo sugere quais partes do receptor são susceptíveis de serem contactadas diretamente por um espermatozoide, e fornece novas pistas sobre como o receptor de esperma é montado e secretado pelo óvulo.
Os resultados têm implicações importantes para a medicina reprodutiva humana, uma vez que podem explicar como mutações no gene do receptor de esperma podem causar a infertilidade.
A pesquisa também poderá levar à criação de métodos contraceptivos não-hormonais, visando especificamente a interação espermatozoide-óvulo.
"Os resultados dão uma imagem notável do lado feminino da fecundação," diz Luca Jovine, que liderou o estudo. "Mas esta é, naturalmente, apenas metade da história. O próximo passo será descobrir as moléculas correspondentes no espermatozoide que lhe permitem se ligar ao óvulo."
(Fonte: diariodasaude.com.br)

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