RESSUSCITAÇÃO CARDIOVASCULAR
A Associação Americana do Coração divulgou as novas diretrizes mundiais para o atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR).
O grande foco está nas massagens cardíacas, que podem ser feitas pela própria população. Por ano, 308 mil brasileiros sofrem paradas cardíacas.
São cem compressões por minuto, realizadas na altura mediana do osso externo do tórax, com profundidade exata de 5 cm, para adultos e crianças, e 4 cm, para bebês.
Essa ação, segundo Sergio Timerman, cardiologista do InCor (Instituto do Coração), pode não só salvar a vida de uma pessoa com parada cardiorrespiratória como resultar em menor número de sequelas neurológicas.
As massagens são cruciais para o retorno da circulação espontânea do sangue, o que resulta em sobrevivência com qualidade de vida. Estudos internacionais mostram que a sobrevida das vítimas de PCR pode chegar a 75% se a massagem cardíaca for realizada de maneira adequada e precoce, seguida de choque com desfibrilador, no prazo de três minutos desde a parada cardiorrespiratória.
BOCA A BOCA
As novas diretrizes recomendam ainda que somente pessoas treinadas em suporte básico de vida agreguem a respiração "boca a boca" às massagens cardíacas.
"Ao se preocupar com a respiração boca a boca, a pessoa não treinada diminui o número e a qualidade das compressões, o que não é adequado, já que são essas as manobras principais até a chegada do socorro médico", diz Timerman.
As novas recomendações também visam melhorar a eficácia do tratamento hospitalar. Além do controle de parâmetros clínicos como pressão arterial, temperatura e glicemia e eletrólitos, está preconizada a realização do cateterismo, com angioplastia e implantação de stent, imediatamente após a para da cardiorrespiratória.
Estudos internacionais revelam que pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória submetidos a esses procedimentos apresentam até 30% menos sequelas neurológicas decorrentes da PCR.
Outra importante técnica recomendada é a hipotermia --técnica de diminuição controlada da temperatura do corpo, para recuperação de células e de tecidos danificados pela baixa oxigenação do sangue. Com ela, estudos apontam que os pacientes têm três vezes mais chances de sobreviver à PCR sem sequelas neurológicas.
A íntegra das diretrizes está publicada nas edições de 19.10 das publicações oficiais da AHA (American Heart Association), a revista "Circulation", e da European Resuscitation of Council, a "Resuscitation".
(Fonte: autoria Cláudia Colluci-Site Folha/sissaude)
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