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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

TABAGISMO: MULHERES DO REINO UNIDO

A MOCINHA e o BANDIDO MATADOR!

Entre as mulheres do Reino Unido, dois terços de todas as mortes de fumantes na faixa dos 50, 60 e 70 anos são causadas pelo tabagismo, fumantes perdem pelo menos 10 anos de vida útil. Embora os perigos de fumar até a idade de 40 anos e depois parar sejam substanciais, os perigos de continuar fumando são dez vezes maiores. Parar antes da idade de 40 anos (e de preferência bem antes da idade de 40 anos) evita mais de 90% do excesso de mortalidade causada pelo tabagismo; parar antes dos 30 anos evita mais de 97% do mesmo.
Fumar, principalmente cigarros, continua a ser a principal causa evitável de morte em países como o Reino Unido e os EUA, apesar da queda na prevalência do tabagismo entre os fumantes que estão agora em seus 60 anos. Os perigos de excesso de mortalidade dependem fortemente não só de hábitos recentes de fumar, mas também de hábitos pregressos.
prevalência do tabagismo em mulheres jovens não teve pico antes de 1960. Oito estudos anteriores com mulheres podem ter subestimado consideravelmente os riscos eventuais do cigarro. Medidas diretas dos riscos do excesso de mortalidade em mulheres que fumam durante a vida adulta, portanto, exigem estudos de mortalidade durante o século 21 com mulheres nascidas após os primeiros 25 anos do século 20, em países como o Reino Unido ou os EUA, em vez de estudos de décadas anteriores de mortalidade, ou de populações em que o consumo de cigarros se espalhou ainda mais recentemente.
Os riscos do tabagismo para mulheres nos EUA durante o final do século 20 têm sido relatados por vários estudos confiáveis, incluindo o ACS Cancer Prevention Study II (CPS-II) e o Nurses’ Health Study. No estudo prospectivo apresentado, realizado com a participação de um milhão de mulheres do Reino Unido, o Million Women Study, foram relatados os riscos do tabagismo e os benefícios de ter parado de fumar em várias idades, com base em taxas de mortalidade do século 21.
Para este estudo prospectivo, publicado pelo periódico The Lancet, 1,3 milhões de mulheres do Reino Unido foram recrutadas, entre 1996-2001, do National Health Service Breast Screening Programme (NHSBSP). Elas responderam a um questionário inicial sobre estilo de vida, história clínica, fatores sociodemográficos, uso ou não do cigarro e quantidade de cigarros consumidos ao dia. Posteriormente, elas participaram, por via postal, de dois novos questionários em intervalos de cerca de 3 anos e de 8 anos. Todas foram acompanhadas pelos registros nacionais de óbitos durante 12 anos, mesmo aquelas que não responderam ao segundo e terceiros questionários. Aquelas que eram ex-fumantes, tanto inicialmente quanto em três anos e que tinham parado de fumar antes da idade de 55 anos, foram classificadas pela idade que tinham largado o vício. Foram utilizados modelos de regressão de Cox para obter riscos relativos ajustados que compararam categorias de fumantes ou ex-fumantes com outras semelhantes que nunca fumaram.
Após a exclusão de 100 mil mulheres com doença anterior, 1 milhão e 200 mil mulheres mantiveram-se no estudo, com o ano de nascimento mediano em 1943 (1938-1946) e idade média de 55 anos (52 a 60 anos). De modo geral, 6% morreram na idade média de 65 anos. No início do estudo, 20% eram fumantes, 28% eram ex-fumantes e 52% eram não-fumantes. Em 12 anos, aquelas que fumavam no início do estudo tiveram taxa de mortalidade de 2,76 comparadas às não-fumantes, apesar de 44% delas, que responderam o questionário de 8 anos, terem parado de fumar. A mortalidade foi triplicada, em grande parte e independentemente da idade, em pessoas que ainda fumavam quando um novo questionário foi aplicado em um intervalo de três anos após início do estudo (taxa de proporção de 2,97). Mesmo para as mulheres que fumavam menos de 10 cigarros por dia no início do estudo, a mortalidade em 12 anos foi duplicada.
Das 30 causas mais comuns de morte, 23 estavam significativamente aumentadas em fumantes. O excesso de mortalidade entre as fumantes (em comparação com as não-fumantes) foi principalmente devido a doenças que, como o câncer de pulmão, podem ser causadas pelo fumo. Entre as ex-fumantes que tinham parado de forma permanente em idades de 25 a 34 anos, ou em idades de 35 a 44 anos, os respectivos riscos relativos foram 1,05 e 1,20 para todas as causas de mortalidade e 1,84 e 3,34 para a mortalidade po rcâncer de pulmão. Assim, embora alguns excessos de mortalidade permaneçam entre ex-fumantes de longo prazo, eles são de apenas 3% e de 10% entre as que continuam a fumar. Se combinados com as taxas de mortalidade nacionais do Reino Unido em 2010, as taxas de mortalidade triplicaram entre os fumantes e indicam que 53% dos fumantes e 22% dos não-fumantes morrem antes da idade de 80 anos, é uma diferença de onze anos de vida.
NEWS.MED.BR, 2012. Os perigos do tabagismo no século 21 e os benefícios de parar de fumar: um estudo prospectivo com um milhão de mulheres no Reino Unido foi divulgado pelo The Lancet. Disponível em: . Acesso em: 13 dez. 2012.

2 comentários:

  1. Rosa Maria Salaib Wolff13 de dezembro de 2012 às 22:09

    E, apesar de todas as evidências temos que andar atrás dps nossos representantes para que eles não se associem com a industria da morte e fiquem contra nós seus eleitores! será que eles não percebem que morto não vota? hehehehehe. Acho interessante usar este mote.
    Rosa Maria Salaib Wolff

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  2. Olá, Dra.
    Acho que eles pensam: "a grana da indústria da morte paga despesas de velórios,também!"
    Um abraço.
    Joni

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