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sexta-feira, 7 de junho de 2013

ACIDENTES DOMÉSTICOS e QUEIMADURAS

                                                   Dicas em caso de queimaduras

– Colocar a área afetada sob água corrente por pelo menos 15 minutos; 
– Manter a calma e providenciar atendimento médico o mais rápido possível; 
– Não fure as bolhas. Isso pode causar infecção. 
– Não dê qualquer tipo de medicamento para a criança acidentada; 
– Se pegar fogo na roupa da criança abafe com o cobertor ou faça-a rolar no chão para extinguir a chama. Se houver roupa grudada na pele queimada, não remova. Deixe para que os médicos realizem esse procedimento. 
Em caso de acidentes ligue para o Samu (192) ou Siate (193)


Acidentes domésticos são causa de 70% das queimaduras

Crianças e idosos são mais suscetíveis ao problema, já que têm a pele sensível; SBQ promove dia de conscientização
"Graças a Deus e aos médicos eu voltarei ao normal", afirma Nilza Ribeiro de Mello, que recebeu alta ontem, após 30 dias de internação
Fotos: Saulo Ohara
Edson Costa Junior explica que a filha Lavínia queimou o tórax e o braço e está há 15 dias no CTQ
Bastou um segundo para a pequena Lavínia Costa, de 1 ano e quatro meses, derrubar sobre si uma panela com leite fervente que estava sobre a pia, queimando parte do tórax e o braço. Já a costureira Nilza Ribeiro de Mello, de 50, escorregou e derrubou um tacho com óleo quente. O líquido provocou queimaduras em seu rosto, pescoço, braço e tórax. 


Lavínia precisou fazer enxerto no braço e está internada no Centro de Tratamento do Queimado (CTQ), do Hospital Universitário de Londrina, há 15 dias. O pai da criança, Edson Ferreira da Costa Junior, explica que agora a família irá redobrar os cuidados. 



Já Nilza teve alta na manhã de ontem, depois de 30 dias internada, sendo 13 deles na UTI. Moradora de Indianópolis (Noroeste), ela ficou quatro dias em um hospital de Cianorte até conseguir uma vaga em Londrina. "Foram queimaduras de 3º grau, tive que fazer enxerto e meu medo era ficar com o rosto deformado. Graças a Deus e ao médicos, quando tudo estiver curado eu voltarei ao normal", conta. 



Nilza afirma que ainda ficará afastada do trabalho por mais quatro meses, período em que deverá fazer fisioterapia para evitar que a cicatrização cause atrofia nos membros e pescoço. "Ainda sinto dor e os exercícios irão causar dor também, mas sei que a recuperação depende de mim. Também preciso tomar cuidado para não ter nenhuma infecção. Estou temporariamente surda de um ouvido, devido ao óleo que escorreu para dentro, mas não posso desanimar." Segundo ela, os médicos afirmaram que a recuperação total ainda irá levar dois anos. 



Este não foi o primeiro acidente envolvendo líquidos quentes na casa da costureira. "Aos cinco anos de idade meu filho se queimou com chá e ficou vários dias com as pernas enfaixadas. É muito sofrido, eu vi muitas crianças chegarem aqui (no hospital) nesse período", relata. 



Para prevenir acidentes graves como esses, técnicos do CTQ e da Secretaria Municipal de Saúde estiveram durante todo o dia de ontem orientando e distribuindo panfletos para quem passava pelo Calçadão. A data foi escolhida pela Sociedade Brasileira de Queimaduras como o de Luta Contra as Queimaduras. 



A enfermeira chefe do CTQ, Elza Anami, explica que a campanha visa sobretudo prevenir os acidentes, já que trazem sequelas físicas, psicológicas e sociais. "Cerca de 70% dos casos de queimadura são acidentes domésticos. Na nossa região, a maior causa de queimaduras em adultos é no momento de acender churrasqueiras. Tem gente usando etanol, que é explosivo. Com isso pega fogo nas roupas e acaba ocorrendo a queimadura das vias aéreas, que tem um índice de mortalidade de 70%. Tivemos 36 casos de queimadura com álcool líquido, sendo 6 delas com etanol", explica. 



Até o dia 31 de maio deste ano, 110 pessoas foram internadas no CTQ, sendo 84 adultos e 26 crianças. No estado, além de Londrina, apenas o Hospital Evangélico de Curitiba dispõe de um centro especializado para o tratamento de queimados. A idade média das crianças que se acidentam é de apenas 5 anos. Entre os adultos, a média é de 38 anos. Com a chegada do inverno, os casos de queimadura aumentam 20%. 



Bolhas
Elza ressalta que crianças e idosos são mais suscetíveis a queimaduras, já que têm a pele mais sensível e por isso não é necessário o líquido estar fervendo. "Muitos acidentes ocorrem com leite, chá ou sopa quentes. Muitas vezes os idosos já têm problemas de coordenação e acabam derrubando o alimento sobre si, causando queimaduras principalmente nas mãos e no períneo, que são as mais graves." 



Ela lembra a importância de tomar cuidado também com produtos químicos que causam queimaduras, como soda cáustica e ácidos. "Fios desencapados e tomadas descobertas também podem causar as queimaduras elétricas, principalmente em crianças", lembra a enfermeira. 



A enfermeira alerta que qualquer queimadura que forme bolhas grandes devem ser avaliadas por um médico e não deve ser passado nada sofre o ferimento. "Coloque a área afetada sob água corrente por no mínimo cinco minutos, até passar a dor. Não passe pasta de dente, pó de café nem nenhum outro produto e procure o médico. Em caso de acidentes envolvendo fogo na roupa, não corra. Abafe com um cobertor ou role no chão. Não tente tirar as parte da roupa que grudarem no corpo", recomenda. 



Segundo a enfermeira, o CTQ dispõe de um telefone para informações, com atendentes disponíveis 24 horas por dia, que podem orientar sobre os cuidados após queimaduras: (43) 3371-2692.

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