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quinta-feira, 20 de junho de 2013

ZUMBIDO e sua IMPLICAÇÕES

Zumbido atinge quase 50% dos jovens

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 30% da população possui algum tipo de ruído no ouvido; ouvir som alto tem relação direta com os casos
César Augusto
‘’O público mais novo muitas vezes não associa o zumbido a uma possível perda auditiva’’, destaca Lucio Takemoto
Se antigamente era mais frequente nos idosos, nos dias de hoje, o zumbido no ouvido tem atingido pessoas cada vez mais jovens. O problema não é considerado uma doença, mas sim um sintoma de que a audição não vai bem e quase sempre está relacionado à perda auditiva. O hábito de ouvir música alta em fones de ouvidos ou mesmo em boates e grandes ambientes possui uma relação direta com os números de casos. Pesquisas mostram que quase 50% dos jovens apresentam zumbido. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que cerca de 30% das pessoas de todas as idades apresentam o sintoma. 

O zumbido é caracterizado por um ruído dentro da cabeça que aparece na ausência de estimulação auditiva e pode ser percebido em um ou ambos os ouvidos. A OMS estima que 28 milhões de brasileiros enfrentam o problema. Apesar dos números, geralmente os jovens não se preocupam com o sintoma, e quem busca orientação médica sobre o assunto são mesmo as pessoas mais velhas, como explica o médico otorrinolaringologista Lucio Eidy Takemoto. ''O público mais novo muitas vezes não associa o zumbido a uma possível perda auditiva'', destaca. 
Muitos demoram a procurar ajuda por não se sentirem incomodados com o ruído. No caso dos idosos, a utilização de aparelhos que reduzem a perda auditiva geralmente traz melhoras ou até o desaparecimento do zumbido. ''Sabemos que este é um sinal do organismo que precisa ser investigado. Muitas vezes o medicamento não apresenta resultado se a pessoa não mudar os hábitos que estão desencadeando o sintoma'', alerta o otorrinolaringologista. 
Mas o zumbido, salienta Takemoto, também pode estar relacionado ao aparecimento de vários outros problemas de saúde. Colesterol alto, alteração dos níveis de açúcar no sangue, labirintite e doenças relacionadas à tireoide são alguns dos fatores que precisam ser investigados diante do aparecimento do sintoma. Alguns hábitos alimentares, como o consumo excessivo de café e chocolate também possuem uma relação direta com o aparecimento do sintoma. 
A altura e o tipo de zumbido variam de uma pessoa para outra. O médico afirma que, para alguns, o barulho é semelhante ao ruído de uma cigarra, já outros o descrevem como um enxame, um chiado, um metal. ''O tipo de barulho não tem relação com o problema e a interferência na vida da pessoa também é variável'', comenta. Enquanto alguns pacientes não se incomodam com o zumbido, outros consideram o barulho insuportável e afirmam que ele atrapalha na concentração e no sono, interferindo no humor, nos pensamentos e podendo ser até incapacitante. 
O médico otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (de Curitiba), Herton Coifman, explica que há evidências de que o nível de consciência de um indivíduo com zumbido pode ser relacionada ao estresse. ''Sendo assim, deve ser tratado, melhorando o estado do sistema nervoso em geral, usando tratamento gradual, simples, de longo prazo'', enfatiza. Para o otorrinolaringologista, o zumbido crônico severo, que causa sofrimento ao paciente, exige um tratamento. A diminuição do zumbido devido a trauma acústico agudo ocorre em aproximadamente 35% dos casos. 

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