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sexta-feira, 28 de junho de 2013

DIABÉTICOS HIPERTENSOS e o DAGLUTRIL

The Lancet: efeitos do daglutril, um inibidor combinado da enzima endopeptidase neutral e da enzima conversora de endotelina, sobre a pressão arterial de pacientes diabéticos tipo 2 com albuminúria

A efetiva redução da albuminúria e da pressão arterial em pacientes diabéticos tipo 2, que têm nefropatia, raramente é alcançada com os tratamentos disponíveis. Foram testados os efeitos do tratamento de tais pacientes com o daglutril, um inibidor combinado da enzima de conversão da endotelina e da enzimaendopeptidase neutral em um estudo randomizado, cruzado, duplo-cego, controlado por placebo, publicado pelo The Lancet.
A pesquisa foi realizada em dois hospitais na Itália. Os critérios de elegibilidade foram: idade igual ou superior a 18 anos, excreção urinária de albumina entre 20-999 μg/minuto, pressão arterial sistólica (PAS) inferior a 140 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) inferior a 90 mmHg. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente (1:1) com uma sequência gerada por computador e randomizados para receber daglutril (300 mg/dia) e placebo durante 8 semanas cada um, ou vice-versa, com um período de suspensão de tratamento de 4 semanas. Os pacientes também receberam losartan durante todo o tempo. Os participantes e os pesquisadores não sabiam a alocação do tratamento. O desfecho primário foi a excreção urinária de albumina em 24 horas na intenção de tratar a população. Os desfechos secundários foram as medidas ambulatoriais da pressão arterial em 24 horas, durante o dia e à noite, a função e a hemodinâmica renais e os resultados dos testes laboratoriais e metabólicos.
Foram examinados 58 pacientes, dos quais 45 foram inscritos (22 receberam daglutril depois placebo, 23 receberam placebo e, em seguida, daglutril; 42 (20 versus 22) foram incluídos na análise primária). O daglutril não afetou significativamente a excreção urinária de albumina em 24 horas em comparação com o placebo. Trinta e quatro pacientes tiveram leituras completas da PA em 24 horas. Em comparação com o placebo, o daglutril reduziu significativamente a PAS em 24 horas, a PAD, o pulso e a PA média, assim como todas as leituras noturnas da PA e as medidas diurnas da PAS, pulso e a média da PA, mas não da PA diastólica. Comparado ao placebo, o daglutril também reduziu significativamente a medida da PAS em consultório, mas não a PAD, o pulso ou a média da PA e aumentou a concentração sérica da endotelina. Outros desfechos secundários não diferiram significativamente entre os períodos de tratamento. Três pacientes usando placebo e seis pacientes tomando daglutril apresentaram efeitos adversos leves - o mais comum foi o edema facial e periférico (em quatro pacientes que usaram o daglutril).
Concluiu-se que o daglutril melhora o controle da pressão arterial em pacientes hipertensos com diabetes tipo 2 e nefropatia e tem um perfil de segurança aceitável. A inibição combinada da enzima conversora de endotelina e da enzima endopeptidase neutral pode proporcionar uma nova abordagem para a hipertensão em uma população diabética de alto risco.
NEWS.MED.BR, 2013. The Lancet: efeitos do daglutril, um inibidor combinado da enzima endopeptidase neutral e da enzima conversora de endotelina, sobre a pressão arterial de pacientes diabéticos tipo 2 com albuminúria. Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2013.

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