Descrita em 1983 pela psicóloga Helen Irlen, a Síndrome tem como manifestações, além da fotofobia, problemas na resolução viso-espacial, dificuldades na manutenção do foco, estresse visual, alteração na percepção de profundidade e cefaleias².
Durante a leitura, segundo pacientes, o brilho ou reflexo do papel branco contra o texto causam irritabilidade, assim como a luz natural ou fluorescente³. Eles possuem ainda sensação de movimentação das letras que “pulsam, tremem, vibram, confluem ou desaparecem” e a leitura passa a ser fragmentada. Além disso, queixam de insegurança ao dirigir, estacionar, com esportes com bola ou em outros movimentos, como descer e subir escadas rolantes.
A prevalência da S.I. é maior que a da própria Dislexia (estimada entre 3 a 6% da população), atingindo 12 a 14% de bons leitores e entre alunos com dificuldades de leitura, gira entre 17 e 46%.5 Como os sintomas podem ser semelhantes, o diagnóstico diferencial é indispensável para intervenção correta.
A dependência entre o ver e o aprender é estimada em 80% e hoje já se reconhecem os impactos dos déficits de eficiência visual. Daí a importância do oftalmologista em buscar dados além da acuidade (visão de letrinhas) e condições ópticas, dando, em conjunto a outras áreas, suporte aos distúrbios de aprendizagem.
O rastreamento da S.I. é feito por profissionais da saúde e educação capacitados pelo Método Irlen, aplicado em mais de 40 países. Através de intervenção não invasiva e de baixo custo, estes profissionais são capazes de potencializar os esforços acadêmicos.
Os portadores da S.I. não têm consciência de suas distorções pois sempre as perceberam como “normalidade” – daí a frustração pela lentidão e esforço para uma atividade que aos demais é prazerosa e natural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário