MULHERES BEBENDO CADA VEZ MAIS!
O ano de 2010 começou com uma notícia interessante para os profissionais que atuam na área da dependência química. Com o objetivo de reduzir o consumo de bebidas alcoólicas no país (que chega a 18 litros de álcool puro per capita por ano), o governo da Rússia implantou um preço mínimo para a venda de vodca. Com a medida, as garrafas de meio litro do destilado não poderão ser vendidas por menos de US$ 3 (pouco mais de R$ 5).
Os estudos na área de controle do alcoolismo mostram que elevar o preço das bebidas pode ser uma medida eficiente para diminuir o consumo. É claro que isso depende de outras ações, que precisam ser planejadas e realizadas de forma completa, para atingir aspectos como prevenção, tratamento e acesso por crianças e adolescentes.
No Brasil, por exemplo, convivemos com um ambiente permissivo para o consumo inadequado de bebidas alcoólicas. É necessário implantar medidas que invertam a realidade atual, em que por vezes é mais barato comprar um litro de cachaça do que alguns alimentos que compõem a cesta básica do brasileiro.
De qualquer forma, como o próprio Ministério da Saúde já aponta a dependência de álcool como uma das doenças que causam mais problemas para a população brasileira, as propostas de aumento na taxação de bebidas precisam de apoio na sociedade civil organizada. Só assim essas medidas serão aprovadas, mesmo com o lobby economicamente superior da indústria de alcoólicos.(Fonte: ABEAD - Carlos Salgado e Sabrina Presman)
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