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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DOAÇÃO DE PLAQUETAS

Tão fácil quanto doar sangue, mas desconhecido por grande parte da população, a doação de plaquetas é importante para casos de sangramento excessivo.
O processo de doação de sangue é bastante conhecido pela sociedade. Entretanto, muitos não sabem que também é possível doar apenas plaquetas. Estas são fragmentos de células presentes no sangue e responsáveis pela coagulação, evitando assim uma hemorragia no organismo.
O sistema sanguíneo contém uma grande quantidade de plaquetas, portanto, a doação não é prejudicial, principalmente porque são recompostas rapidamente pelo organismo. A coleta é realizada por aférese (o sangue do doador é retirado de uma veia do braço passando por um equipamento que retém parte das plaquetas e devolve o restante do sangue e suas células à veia do outro braço). O procedimento é realizado em 90 minutos, aproximadamente.
A transfusão de plaquetas é muito importante para os pacientes que sangram excessivamente por causa de leucemias, aplasia de medula óssea, quimioterapia, radioterapia, etc. Essas pessoas apresentam um sangramento sério por não produzirem plaquetas suficientes devido aos tipos de medicamentos e debilidade do organismo. Aqueles que receberam o transplante de medula óssea, por exemplo, necessitam de muitas transfusões.
Doar plaquetas, assim como doar sangue é um ato voluntário de solidariedade e de responsabilidade social. Se cada cidadão com boas condições de saúde tomasse a decisão de se tornar doador, os hemocentros não passariam por nenhuma dificuldade.

"PEDICURE DO PEIXE"


Fotos do tratamento de pedicure com carpas turcas.
A última moda no mundo da pedicure, o uso de peixes para se livrar de pele morta nos pés, está sendo investigada por autoridades de saúde britânicas devido à suspeita de que a prática possa espalhar infecções.
Na chamada "pedicure do peixe", a cliente mergulha os pés em um tanque de água e se deixa mordiscar por um cardume de pequenas garras rufas - que em poucos minutos removem camadas de pele morta dos pés.
Os spas dizem que o tratamento é tradicional na Ásia. A moda chegou ao Reino Unido, onde diversas clínicas já oferecem o tratamento, e já começou a virar mania também nos EUA, onde clientes pagam cerca de R$ 80 por menos de meia hora com os pés no tanque.
Para a agência de proteção à saúde pública britânica, o procedimento pode acabar incentivando a transmissão de infecções de um usuário para outro, a partir de feridas abertas nos pés.
"Estamos investigando se existe algum risco potencial de infecção associado ao uso comercial de tratamentos de pedicure utilizando peixes", disse o órgão.
A agência frisou que está agindo em função de diversas consultas feitas por autoridades locais de saúde pública e ambiental, mas disse que ainda não tem registros de problemas.
"Atualmente, desconhecemos casos de infecção associados ao uso desses peixes na Grã-Bretanha."
Nos Estados Unidos, alguns estados proibiram o tratamento por causa da preocupação com o uso das mesmas carpas para limpar os pés de diferentes clientes.

OSTEOPOROSE e AZEITE

Muito conhecido também pelo combate a doenças, o azeite, de acordo com a ciência, pode ajudar agora no combate a osteoporose. Isso é o que conclui um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, que diz que o produto contém oleuropeína, um polifenol que aumenta a quantidade de osteoblastos, células que fabricam ossos do corpo humano.
De acordo com o geriatra Rodrigo Buksman, do Instituto Nacional de Traumatologia, em Brasília, "os osteoblastos ajudam a realizar a reconstrução do tecido ósseo. Sem essas células os buracos ficam maiores, os ossos se enfraquecem e cresce o risco de fraturas".
Com alguns problemas ao passar dos anos, como o envelhecimento e a menopausa, consequentemente ocorre a queda na concentração de osteoblastos no organismo.
Aí está a importância do azeite de oliva extravirgem no dia a dia, a melhor fonte de oleuropeína. Ou seja, este processo da queda de osteoblastos demora mais tempo para ocorrer quando se utiliza o azeite ou até mesmo a azeitona que possui este polifenol.
Além dos ossos, o coração também é beneficiado, já que as veias e artérias ficam livres de obstruções.

ÁGUA DO MAR POTÁVEL: COLUNA DE DESSALINIZAÇÃO


Por funcionar a partir de energia renovável, o sistema é menos nocivo ao meio ambiente
Um sistema mecânico capaz de transformar a água do mar em água potável utilizando energia renovável acaba de ser desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) da USP. O equipamento poderá atender a necessidade de países como Cabo Verde, na África, onde a água potável não é um recurso tão abundante. O projeto é de autoria do engenheiro Juvenal Rocha Dias, cidadão caboverdiano, que efetuou os cálculos e medições para o trabalho durante suas pesquisas de mestrado e doutorado na Poli. A ideia surgiu justamente pela observação das necessidades de seu país de origem.
Segundo Dias, já é possível que os governos de países menos desenvolvidos pensem numa alternativa menos custosa que a técnica mais comum de dessalinização, que funciona com energia elétrica obtida a partir da queima de combustível fóssil, como o Diesel. A nova alternativa propõe ser menos nociva ao meio ambiente e pode custar menos ao poder público, no que diz respeito aos gastos com a compra de combustíveis derivados do petróleo.
O sistema denominado “coluna de dessalinização” funciona basicamente como um filtro, utilizando Energia Eólica — fornecida pelos ventos — provinda de cataventos ou turbinas eólicas, e Energia Potencial Gravitacional, que existe por conta da força da gravidade, relacionada à massa dos corpos e à altura da qual se encontram. Dias explica que o processo de dessalinização se inicia com o bombeamento de água salgada para a parte superior de uma coluna, em formato cilíndrico, onde há um reservatório. O peso dessa água impulsiona um êmbolo que pressiona o ar contido em uma câmara inferior do sistema. Esse ar exerce uma força sobre outro reservatório. A água contida nele é pressionada e passa por uma espécie de membrana. A membrana é o “filtro” do sistema, que compõe o método conhecido como “osmose reversa”. Assim, a água, antes salgada, passa pela coluna, é filtrada e transformada em água potável.
Para pensar nas soluções do projeto, Dias utilizou principalmente as leis da Física e da Termodinâmica. Segundo o pesquisador, a dimensão da coluna a ser construída depende do consumo de água potável desejado. Por exemplo, para a produção de 5 mil metros cúbicos (m3) de água, o que equivale, em média, à água utilizada por 10 pessoas ao longo de um dia, o sistema deve possuir cerca de 25 metros (m) de altura.
Vantagens
De acordo com os cálculos realizados , o consumo específico de energia no processo equivale a 2,8 kWh/m3 de água potável produzida, bem abaixo do consumo especifico de energia de sistemas convencionais, que apresentam valores em torno 10 kWh/m3 de água potável produzida a partir da dessalinização da água do mar.
A professora Eliane Fadigas, orientadora do estudo, diz que os possíveis gastos com a construção e instalação do sistema podem ser caros. Porém, a longo prazo, o investimento pode valer a pena, principalmente para países na situação econômica como a de Cabo Verde. “O governo vai poder redirecionar o dinheiro que era utilizado com a compra de Diesel para outras necessidades, ligadas também à população. É evidente que tudo isso depende da vontade política”, explica Eliane.
“Além de servir para transformar a água do mar em água potável, a coluna também pode ser adaptada e reprojetada para outros fins. Por exemplo, a partir do uso de filtros apropriados, o sistema pode ser utilizado para a despoluição de riachos e lagos, ou mesmo como fonte de água para uso na agricultura ou produção de energia elétrica”, acrescenta a professora Eliane. “Ao idealizar o sistema, pensamos não só na questão dos gases poluentes, mas também onde poderíamos depositar o sal retirado da água. Esse ‘resto’ pode ser, por exemplo, devolvido para o mar de uma forma controlada”, completa o engenheiro.
Limitações
Durante o estudo na Poli, o pesquisador construiu um protótipo da coluna, utilizando materiais diversos para teste, como baldes, papelão e concreto, e obteve sucesso nos testes. Segundo a pesquisa, os modelos reais terão como principal material o aço. Ainda será testado um protótipo da coluna mais próximo do real, por meio do qual será possível medir, por exemplo, as perdas por atrito, o que pretende aprimorar o modelo.
Segundo o engenheiro, há sim algumas limitações no funcionamento do sistema. “Uma vez que é movido à energia eólica, depende das condições dos ventos, e até mesmo dos requisitos dos cataventos, que, por sua vez, devem ser instalados próximos ao mar ou a fontes de água. Isso não acontece caso a fonte de energia seja a turbina eólica, de mecanismo diferente do catavento.
Há portanto a limitação de espaço, já que quanto mais catavento, mais potência”, aponta Dias. Mas já imaginando possibilidades de compensar essas limitações, a pesquisa também sugere utilização da chamada “bomba clark”, que serve como reaproveitadora das energias ‘perdidas’ durante os processos do sistema.
Mais informações: (11) 3091-9839, email eliane@pea.usp.br, com Eliane Fadigas, ou diasjuvenal@yahoo.com, com Juvenal Dias

EXPERIÊNCIAS FORA DO CORPO

Deixe o seu corpo, aperte sua própria mão ou até mesmo mude para um corpo robótico por um tempo.
O neurocientista sueco Henrik Ehrsson chefia uma das equipes que está demonstrando que tudo isso é possível porque a imagem que o cérebro tem do corpo é, por assim, dizer, negociável.
Ele foi um dos apresentadores de uma seção sobre o assunto na reunião da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência, que está acontecendo nos Estados Unidos nesta semana que passou.
O desenvolvimento desse campo de pesquisas deverá permitir desde o desenvolvimento de novas próteses sensíveis ao toque e próteses comandadas pelo pensamento, até melhores robôs e mundos virtuais mais convincentes.
Percepção do próprio corpo
As descobertas vêm do estudo de questões aparentemente simples: Como o cérebro realmente identifica o corpo a que pertence? E por que nós sentimos o centro da nossa consciência como estando localizado dentro de um corpo físico?
Em uma série de experimentos realizados no Instituto Karolinska, Ehrsson e seus colegas demonstraram que a percepção que o cérebro tem do corpo no qual ele está embarcado pode alterar-se consideravelmente.
Manipulando os diferentes sentidos de forma coordenada, os pesquisadores fizeram com que os voluntários sentissem que seu corpo repentinamente incluía membros artificiais e até mesmo que haviam saído inteiramente do seu corpo e entrado em outro.
"Ao esclarecer como o cérebro normal produz um sentimento de posse do corpo, podemos aprender a projetar essa propriedade em organismos artificiais e organismos virtuais simulados, e até mesmo fazer duas pessoas experimentarem a troca de corpos entre si," disse Ehrsson em sua apresentação.
Relação entre corpo e mente
A pesquisa aborda questões fundamentais sobre a relação entre mente e corpo, que têm sido tema de discussões teológicas, filosóficas e psicológicas ao longo de séculos, mas que só recentemente começaram a ser objeto de estudos experimentais acadêmicos.
A chave para resolver o problema, segundo os pesquisadores, é identificar os mecanismos multissensoriais através dos quais o sistema nervoso central distingue entre os sinais sensoriais do próprio corpo e os sinais do meio ambiente.
A pesquisa pode ter implicações importantes em múltiplas áreas, como o desenvolvimento de próteses de mão com sensações mais próximas das mãos reais e uma nova geração de aplicações de realidade virtual, onde o sentido do self é projetado sobre "corpos virtuais" gerados por computador.
Teletransporte do self
Os cientistas estão agora estudando que tipo de corpo o cérebro pode ser levado a perceber como sendo o seu próprio.
O self pode, por exemplo, ser transferido para um corpo de outro sexo, idade e tamanho, mas não para objetos como blocos ou cadeiras.
Um projeto atualmente em curso, com potenciais aplicações em robótica, está analisando se o corpo percebido pode ser reduzido ao tamanho de uma boneca Barbie. Outro está estudando se o cérebro pode aceitar um corpo com membros adicionais.
"Isso poderia dar a pessoas paralisadas um terceiro braço protético, que eles perceberiam como sendo real", concluiu Ehrsson.

POIS É!

(Fonte: http://www.sponholz.arq.br/)

IMPLANTES DENTÁRIOS

A odontologia, assim como outras áreas da ciência da saúde, apresentou grande desenvolvimento nos últimos anos. Avanços nas áreas da informática, de materiais e de engenharia de tecidos talvez tenham sidos os principais responsáveis por esta transformação.
Dentro deste cenário, a implantodontia dental também foi beneficiada por todo este movimento. Na década de 60, inicialmente, foram definidas as bases desta ciência. Na época, após a colocação dos implantes, aguardava-se um período de 3 a 6 meses para confecção da prótese dental. Período correspondente a remodelação do tecido ósseo sobre a parede do implantes. Este processo foi uma revolução na odontologia, pois podíamos reabilitar um espaço com ausência do dente, sem necessidade do desgaste dos dentes vizinhos para confecção de uma prótese.
O profissional simula a cirurgia em ambiente 3D, tendo uma visão privilegiada de toda área anatômicaO titânio, o material de escolha, apresenta grande biocompatibilidade com os tecidos de nosso organismo. O osso se liga a este material, provocando um processo de união bastante forte. O nosso corpo tem uma reação amigável com esse metal, portanto a idéia de rejeição não existe. O que pode acontecer, em raros casos, é não ter sucesso por falha na união do osso ao implante.
De uma maneira geral, o sucesso deste procedimento está entre 95% e 98% dos casos e também não existe limite de idade. Após a puberdade, qualquer pessoa pode receber implantes.
Alguns pacientes não apresentam volume ósseo suficiente para instalação do implante. Isso ocorre por causa de processos infecciosos, perda prematura de dentes ou acidentes. Entretanto, podemos reconstruir estas áreas através de enxerto. Para tal situação, o especialista pode utilizar tecido do próprio paciente, de animal ou de material artificial.
Mais recentemente, descobriu-se que, em muitos casos, a coroa ou a prótese sobre implante poderia ser colocada imediatamente após a instalação dos implantes. Esta técnica ficou conhecida como carga imediata. Assim, em muitos casos, podemos ter uma solução protética imediatamente após a cirurgia. Nesta técnica, a maioria das próteses é fixa, ou seja, não se soltam durante a mastigação, propiciando maior conforto, segurança e eficiência.
Atualmente, o planejamento cirúrgico pode ser feito em software. O profissional simula a cirurgia em ambiente 3D, tendo uma visão privilegiada de toda área anatômica. Estes dados são enviados a um laboratório, que confecciona uma guia cirúrgica. Após anestesia esta peça é adaptada na região desdentada. Assim, o cirurgião tem as informações sobre a inclinação e profundidade dos implantes estabelecida no planejamento virtual.
Com este recurso, não se faz necessário o uso do bisturi. Essa técnica, quando indicada pelo cirurgião dentista, pode proporcionar redução do tempo cirúrgico e da dor pós operatória.
Todas as técnicas e equipamentos dependem sempre de um profissional capacitado. Em todas as áreas do conhecimento, os avanços tecnológicos podem otimizar nossas ações, mas não substituem o conhecimento, a experiência, habilidade e o bom senso do operador. Ou seja, a tecnologia pode facilitar os procedimentos, torná-los mais simples, mas o diferencial está em como utilizamos estes recursos.
Hoje, temos muitos recursos para utilizar. O cirurgião dentista preparado é quem vai escolher a melhor estratégia e o melhor técnica para cada caso.
(Fonte: Dr. Giovanni Di Giacomo Tel.: (11) 3289-5598 - Portal: www.giovannidigiacomo.com.br / http://minhavida.uol.com.br/conteudo/12896-Tecnologia-e-aliada-no-procedimento-de-implante-dentario.htm)

ALONGAMENTO DIÁRIO

NÃO EXAGEREMOS!
ESTE É DE ATLETA PROFISSIONAL:DAIANE DOS SANTOS 
Ele já foi tão obrigatório na prática de exercícios físicos quanto roupas e calçados adequados. Mas, com o passar do tempo, ganhou um novo espaço e virou essencial mesmo para os sedentários.
Agora, além de antes, durante e depois da malhação, o alongamento deve ser feito em casa, no trabalho ou em qualquer lugar em que se passe muito tempo na frente do computador. Alongar é fundamental para evitar atrofia da musculatura e desenvolvimento de Lesão por Esforço Repetitivo (LER).
A fisioterapeuta Maria Cristina Schneider diz que essa mudança ocorreu em função da alteração de paradigmas na prática de exercícios físicos. "Antes, havia muita preocupação com a estética e, em função disso, abria-se mão de questões fundamentais para a saúde, como a postura. Infelizmente, ainda é possível ver pessoas que não conseguem caminhar retas, mas exibem músculos salientes e definidos. Esse, definitivamente, não é um bom resultado".
O alongamento, quando realizado como um movimento consciente, desperta no corpo a relação entre as partes e o todo. Mas sem treino, esforço e concentração a prática pode ser mais complicada.
Segundo a fisioterapeuta, não somente é fundamental conhecer o funcionamento do seu corpo, como é preciso saber quanto esforço ele pode realizar sem dano. "A consciência corporal elimina o risco de lesão ou de um dano futuro", diz a profissional.
Todo o grupo de alongamentos antes realizados rigidamente como condição para a prática de exercícios continua valendo e ainda consta como ritual das aulas coletivas.
"É uma etapa preventiva. Como professor, você não tem como saber quem está ou não consciente. Então, acaba sendo melhor submeter todos a uma determinada sequência de movimentos que eliminem ou reduzam a chance de dores excessivas no dia seguinte".
Maria Cristina questiona os resultados das práticas coletivas quando o assunto é saúde. "Para que objetivos como alinhamento postural ou perda de peso sejam atingidos é preciso de um monitoramento que impeça que seja cruzada a linha do perigo".
E não é preciso fazer algum curso específico para entender as mensagens enviadas por nosso organismo. Ele se comunica através de sinais básicos e fáceis de serem entendidos, como as sensações de conforto e de desconforto.
"Se você está atento, percebe o exato momento em que a dor surge e para. Não é agradável sentir dor, então por que não parar? Das duas uma, ou a pessoa está tão obstinado a alcançar um determinado resultado ou não está prestando atenção no que está acontecendo". Segundo a profissional, em nenhum dos casos da prática de exercício é recomendada e o próprio alongamento pode perder sua utilidade se só metade da pessoa está ali.

ROUPAS e CALÇADOS PARA MALHAÇÃO

A escolha da roupa certa para malhar é quase tão importante quanto o exercício em si. Especialista em fisiologia do exercício, o professor Ricardo Wesley, da Cia Athlética, diz que o principal erro dos alunos é acreditar que quanto mais quente for a roupa, e mais eles suarem, mais eles vão emagrecer.
Acontece que a transpiração não significa que o aluno está emagrecendo, e sim que ele está perdendo água e sais minerais. O peso perdido será reposto no primeiro copo d'água. Por esse motivo, é importante usar roupas leves e frescas para não interferir na transpiração. Se você bloqueia a saída do suor com roupas pesadas pode ficar desidratado, com pressão baixa e, em casos mais graves, até desmaiar.
O segundo erro clássico, segundo Ricardo, é acreditar que qualquer tênis serve para fazer todas as modalidades. "Muitos alunos usam um calçado bonito, mas que não serve para atividade física. Principalmente aqueles que têm um solado muito alto, ou mesmo que não tem amortecimento nenhum", explica.
As consequências da escolha errada do tênis variam de pessoa para pessoa, dependendo do tipo de pisada. Ela pode ser pronada (para dentro), supinada (para fora) ou neutra. O ideal é procurar um ortopedista para que ele lhe diga se seu pé precisa de algum cuidado especial.
E lembre-se: o barato pode sair caro. A escolha do tênis errado pode causar entorses no tornozelo, lesões no tendão-de-aquiles, problemas nas costas, joelhos e quadril, e até mesmo fraturas por estresse na ossatura dos pés, nos casos mais graves. Além de bolhas, hematomas e unhas encravadas. Para manter os pés secos e livres do chulé use sempre meias de algodão.
Os problemas de saúde também podem vir com o uso de roupa inadequada. "Se a roupa estiver muito apertada, o aluno pode ter problemas de circulação sanguínea, ou até mesmo de pele", esclarece Ricardo. Depois do exercício, nada de ficar com a roupa molhada de suor. Isso pode prejudicar seu sistema imunológico, além de provocar problemas dermatológicos, como micoses.
Para quem transpira muito, a dica é usar camisetas de tecido dry fit, que fazem o suor a evaporar mais rápido, dissipando o calor e melhorando o desempenho. Clássicos, o algodão e a lycra também são uma boa pedida. A melhor opção de tops femininos para quem corre ou faz alguma outra atividade de impacto (pular corda, body jump, vôlei, handebol, etc.) são os tops tipo nadador ou cruzado nas costas. Eles garantem o conforto e a sustentação do busto, principalmente para mulheres que tem seios grandes.
Na hora da musculação, use luvas, para não ficar com calos. Existem modelos em neoprene que, apesar de mais resistentes, tiram um pouco a sensibilidade das mãos na hora de pegar nos aparelhos. Outra opção são as luvas em tecido de secagem rápida (semelhante às usadas no ciclismo) que são mais finas, mas, por outro lado, dão maior aderência.
Se for praticar atividades ao ar livre, lembre-se de sempre usar um boné para se proteger do sol. Fuja daqueles feitos de algodão, que ficam úmidos com o suor e dê preferência aos tecidos que permitem  evaporação rápida.

SER HUMANO TEM UM SÓ TIPO DE INTELIGÊNCIA?


Um estudo ainda não publicado feito por um grupo de pesquisadores científicos da Espanha, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos sugere que o ser humano só possui um tipo de inteligência geral, contrariando teorias de que o ser humano possui vários tipos de inteligência, segundo reportagem do jornal El País publicada neste sábado.
O grupo analisou a relação entre as diferentes espessuras do córtex cerebral de 200 jovens de seis a 18 anos e suas performances intelectuais ao passar por testes verbais, espaciais, visuais e numéricos, de acordo com o diário espanhol. Os cientistas acreditam que o córtex pode indicar a densidade e disposição dos neurônios no sistema nervoso.
O estudo concluiu que, descontada a influência de uma capacidade intelectual geral, medida por um indicador, as habilidades específicas dos jovens desaparecem. A pesquisa indica que é mais provável, por exemplo, que alguém com extrema facilidade para cálculos matemáticos tenha também aptidão para outras áreas, do que a hipótese de que essa pessoa possa ter desempenho completamente insuficiente em outras, como observado em certos casos de pessoas consideradas geniais.
(Fonte:http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4964187-EI238,00-Estudo+sugere+que+ser+humano+so+tem+um+tipo+de+inteligencia.html)

ANDAR DE BICICLETA

UNINDO O "SAUDÁVEL AO AGRADÁVEL"
Andar de bicicleta é um exercício aeróbico potente, que leva à perda média de 700 calorias por hora, quantidade maior que a atingida com caminhada, natação e dança. Por isso, é uma boa opção de atividade física para quem quer emagrecer. Até porque, ao mesmo tempo em que elimina quilos, tonifica os músculos das pernas e do abdômen. Além disso, pode ser praticada na rua ou na academia. As diferenças entre as modalidades outdoor e indoor começam pelo gasto de energia, 50% maior ao ar livre, segundo uma pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina.
Na rua, há mais obstáculos, como trânsito, poluição, buracos, lombadas, subidas e descidas, que podem causar quedas, escoriações, fraturas e luxações. "Mas essas dificuldades é que motivam muita gente. Além disso, o vento no rosto e o contato com a natureza dão uma sensação muito gostosa de liberdade", diz o personal trainer Eduardo Colmanetti.
Se for pedalar ao ar livre, o melhor é andar de bike em grupo, o que está se tornando cada vez mais comum. "Com outras pessoas, a atividade torna-se mais segura e prazerosa", afirma o especialista. Fazer amigos e trocar informações sobre percursos, cuidados mecânicos e alimentação são outras vantagens. Para encontrar um bom time, procure a associação de ciclistas da sua cidade.
Colmanetti ressalta que, quando alguém decide se aventurar sozinho de bicicleta pelas ruas, deve ser o mais auto-suficiente possível. "Caso aconteça algum acidente, a pessoa precisa saber resolver problemas simples, como um pneu furado", alerta. Cuidado com o trânsito e o uso de equipamentos de segurança também são essenciais.
Mas para garantir que a prática seja segura e bem sucedida é preciso ter um equipamento adequado. O ideal para andar em lugares montanhosos ou terrenos mistos (terra e asfalto) é uma mountain bike. Aliás, dependendo do estado das ruas do seu bairro, elas continuam sendo uma boa opção na cidade. Para asfalto, o modelo mais recomendado é o speed. Essas bicicletas são leves e rápidas, mas não são muito confortáveis e exigem bastante do corpo. Por isso, costumam ser mais usadas por atletas.
Já a modalidade indoor é mais simples e acessível. Com riscos controlados, quem tem receio de cair pode se concentrar melhor no trabalho corporal. Como na ergométrica a carga é controlada de acordo com os objetivos de cada um, aqueles que não possuem um preparo físico muito bom também saem ganhando porque podem pegar mais leve ou mais pesado conforme seu cansaço.
Além disso, na maioria das academias de ginástica, há a opção da bicicleta horizontal para quem não se sente confortável em uma com selim. O equipamento possui um banco com encosto e permite que a pessoa fique sentada da mesma forma que em uma cadeira.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

SEXO ORAL e CÂNCER DE GARGANTA

O tabaco, substância presente no cigarro, e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.
Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.
Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.
Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.
(Fonte: Michelle Achkar/ http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI4955727-EI16560,00-Sexo+oral+causa+mais+cancer+de+garganta+que+cigarro+e+bebida+diz+pesquisa.html)

CÉLULAS-TRONCO PARA REGENERAÇÃO DE OSSOS

A equipe do Centro de Estudos do Genoma Humano do Instituto de Biociências da USP (Universidade de São Paulo), liderada por Maria Rita-Passos Bueno e Mayana Zatz, está testando o uso de diferentes fontes de células-tronco retiradas do próprio organismo e que são capazes de acelerar a reconstrução de ossos.
As células-tronco são hoje são uma das grandes esperanças da medicina, por dar origem a praticamente todos os tecidos (conjunto de células com uma determinada função no organismo).
Hoje, essas células são estudadas para aplicação no tratamento de uma ampla gama de doenças, do mal de Parkinson à diabetes, passando por problemas renais e cardíacos. A ideia básica é usar as células-tronco para regenerar órgãos e tecidos danificados por esses males.
Segundo a Agência USP de Notícias, a técnica em estudo na USP pretende aumentar a eficiência no tratamento de doenças de difícil regeneração, como a osteosporose, que causa a perda da massa óssea e, com isso, aumenta a fragilidade dos ossos e o risco de fraturas.
De acordo com Mayana, “o intuito da pesquisa é utilizar células tronco para acelerar a reconstrução de ossos que sofreram alguma fratura ou má formação, como ocorre com bebês que nascem com alterações craniofaciais”.
No estudo foram colhidas amostras de células-tronco vindas de diversos tecidos humanos. Em um primeiro momento, foram coletadas células-tronco de tecidos do organismo, como polpa de dente de leite, tecido adiposo (descartado em cirurgias, principalmente em procedimentos de lipoaspiração) e tecido muscular do lábio (vindo de operações corretivas).
Depois, a equipe do testou o potencial de células-tronco das trompas de falópio (canais que ligam os ovários ao útero) e comprovou a alta concentração desse tipo de célula no órgão feminino. Mayana diz que “a vantagem dessa descoberta é que, como a osteoporose atinge majoritariamente as mulheres idosas, devido às perdas hormonais da menopausa, pode-se agora regenerar osso fraturado com os próprios recursos físicos do paciente”.
Após retirar as células-tronco do organismo e avaliar seu potencial para regeneração dos ossos, são realizados testes em laboratório para determinar se essas células podem ou não formar tecido ósseo.
Depois disso, foi comparada a evolução na reconstrução óssea de dois grupos diferentes de ratos, um com o implante de células-tronco e outro sem implantes, em condições normais. Os pesquisadores descobriram que os ratos que tinham a membrana com células-tronco tiveram uma regeneração muito mais acelerada do osso fraturado do que os animais que não receberam essas células.

MEIO AMBIENTE POLUÍDO

Respirar ar poluído causa mais ataques cardíacos que usar cocaína, segundo revisão de estudos envolvendo 700 mil pessoas, publicada ontem no "Lancet".
O trabalho, feito pela Hasselt University, na Bélgica, cruzou fatores de risco para infarto e a exposição da população a esses fatores. 
É por isso que a poluição ficou em primeiro lugar. Individualmente, aumenta apenas 2,9 vezes o risco de infarto, em comparação com a cocaína (23 vezes). Mas, como a população toda é exposta à poluição, e apenas uma fração pequena usa a droga (0,04%), a poluição desencadeia muito mais infartos do que a cocaína.
O estudo também coloca em patamares semelhantes os riscos da poluição e de outros fatores mais conhecidos, como esforço físico e consumo de álcool e de café.
Para o médico epidemiologista Luiz Alberto Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, é esse o mérito do estudo.
Segundo Pereira, a poluição não é valorizada como fator de risco e ainda há muito ceticismo a seu respeito.
"O estudo pode fazer com que os clínicos finalmente olhem para a poluição como fator de risco relevante para infarto. Não se pode mais menosprezar um risco de 7%, similar ao do álcool."
Os gatilhos fazem a doença preexistente piorar ou se manifestar. No caso da poluição, a piora da qualidade do ar pode causar um infarto poucas horas depois da exposição em quem tem hipertensão ou problemas cardiovasculares. Mas mesmo pessoas saudáveis podem sofrer dano e ter o risco de infarto aumentado ao longo do tempo, principalmente se morarem em cidades como São Paulo, diz o pneumologista Ubiratan de Paula Santos, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. Já aqueles que se protegem com medicamentos para pressão alta e se expõem menos aos riscos sofrem menos os efeitos dos gatilhos.
OUTROS FATORES
Ao todo, o trabalho revisou 36 pesquisas. A partir delas, foi feito um ranking de 13 fatores de risco que estimularam infartos uma hora ou dez dias depois do estímulo.
Alguns desses fatores são uso de maconha, emoções positivas e negativas, atividade sexual e refeições pesadas. O fumo passivo não foi incluído no estudo, mas os autores dizem que seus efeitos são similares aos da poluição ao ar livre, e há a evidência de que banir o fumo em lugares públicos reduziu as taxas de infarto em 17%.
O esforço físico, que pode proteger o coração se é feito com regularidade, é o segundo principal fator de risco, para quem é sedentário ou esportista de fim de semana.
Da mesma forma, o álcool, terceiro no ranking dos gatilhos, pode ser um fator de proteção quando consumido em pequenas quantidades.

VEREDITO FINAL

NOVO GOLPE SOFRIDO PELA INDÚSTRIA
A Juíza Gladys Kessler, dos Estados Unidos, que proferiu a sentença que reconhece que as empresas de tabaco agiram conjuntamente para fraudar governos, consumidores e opinião pública e é o vetor da epidemia tabagística no mundo (para acessar trechos da sentença em português: http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/176_sentencaKesslertraducao.pdf), está fazendo executar a sentença e determinando às empresas que coloquem nos pontos de venda, publicidade e maços frases onde confessam que vem mentindo desde a década de 1950.
Duas das frases propostas pela Juíza, em tradução livre:
“Nós falsamente fizemos marketing de cigarros de baixos teores e light como se fossem menos danosos à saúde do que os cigarros normais para manter as pessoas fumando e sustentar nossos lucros. Nós sabíamos que muitos fumantes mudariam para cigarros light e baixos teores ao invés de parar porque eles acreditariam que seriam menos danosos. Eles NÃO são”.
“We falsely marketed low tar and light cigarettes as less harmful than regular cigarettes to keep people smoking and sustain our profits. We knew that many smokers switch to low tar and light cigarettes rather than quitting because they believe low tar and lights are less harmful. They are NOT.”
“Nós declaramos ao Congresso sob juramento que acreditávamos que a nicotina não causava dependência. Nós dissemos a você que fumar não causa dependência e que tudo o que é necessário para parar de fumar é força de vontade. Aqui está a verdade: Fumar causa muita dependência. E não é fácil parar. Nós manipulamos cigarros para fazê-los causar mais dependência”.
“We told Congress under oath that we believed nicotine is not addictive. We told you that smoking is not an addiction and all it takes to quit is willpower. Here’s the truth: Smoking is very addictive. And it’s not easy to quit. We manipulated cigarettes to make them more addictive.”
As empresas recorreram da decisão e estão tentando propor novas frases em lugar das propostas pela Juíza.

MANIFESTO CONTRA DEGRADAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

MANIFESTO
As entidades e cidadãos abaixo assinados vêm, por meio deste, manifestar sua indignação e discordância com o Substitutivo de Projeto de Lei n°1.876/99 (que propõe novo texto e revoga a Lei n°4.771/65, do Código Florestal em vigência), de relatoria do Deputado Federal Aldo Rebelo, cuja eventual aprovação resultará em danos irreparáveis aos ambientes naturais e à qualidade de vida da população, transgredindo o disposto no caput do art. 225 da Constituição Federal. Através desta carta, portanto, firma-se clara oposição à aprovação do referido Substitutivo de PL.
Os ecossistemas naturais são a maior riqueza do Brasil. Graças a eles estão disponíveis serviços ambientais importantíssimos como: água potável, clima equilibrado, proteção de encostas e do solo, manutenção da vazão equilibrada dos rios, fornecimento de matérias primas e medicamentos. Para proteger este extraordinário patrimônio de recursos e serviços ambientais, existe o Código Florestal, atualmente considerada uma das melhores leis ambientais do mundo.
A despeito da legislação tão avançada, os recursos naturais brasileiros estão se esgotando pelo desrespeito à lei, o que acarreta grandes prejuízos à sociedade e às atividades econômicas em geral. Diante disso, reafirma-se o dever dos cidadãos brasileiros de coibir ações que possam aumentar o risco à proteção dos remanescentes de vegetação nativa e da biodiversidade, ou prejudicar ainda mais o equilíbrio das águas, do clima, das encostas e dos solos.
Seria irresponsabilidade calar-se diante de decisões tão abrangentes e que terão consequências desastrosas para o patrimônio natural e a qualidade de vida no Brasil. Não serão aceitas flexibilizações na legislação que promovam a supressão indevida da vegetação nativa (redução das Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal).
Além disso, é absolutamente inadmissível a proposta de que desmatamentos e ocupações ilegais em áreas de proteção, praticados até 22 de julho de 2008, sejam anistiados, em detrimento de quem já cumpriu a lei. Da mesma forma não se pode aceitar o estabelecimento de programas permissivos de regularização ambiental, permitindo que áreas destinadas à proteção continuem sendo exploradas para atividades produtivas, a custa da degradação ambiental.
Adicionalmente, reforça-se a posição contrária à estadualização da legislação ambiental, que constava na primeira versão do referido Substitutivo de PL, e que é uma ardilosa armadilha dos mentores da proposta. É notório o fato de não haver a menor condição para que Estados recebam a autonomia para gerir seus territórios, pois a influência regional em algumas unidades da federação é tão intensa que impossibilitaria a existência de um regramento minimamente confiável e embasado técnica e cientificamente.
A aprovação do Substitutivo de Projeto de Lei 1.876/99, ou de qualquer outra proposta com semelhante teor, faria do Brasil o primeiro país no mundo a aprovar alteração legislativa menos protetiva ao ambiente. Além disso, o referido substitutivo atenta contra a Política Nacional do Meio Ambiente e contraria o compromisso firmado pelo País durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15-dez/2009) em Copenhague, impossibilitando que a meta de redução de emissões por desmatamento seja atingida.
Ressalta-se que a proposta de reformulação do Código Florestal não foi redigida sobre sólida base técnico-científica. Ao contrário, a maioria das comunidades científicas não foi sequer consultada e a reformulação foi pautada prioritariamente em interesses unilaterais de determinados setores econômicos.
Em decorrência disto, é sabido que a comunidade científica brasileira se encontra extremamente preocupada frente às mudanças propostas, tendo já divulgado diversos artigos de alerta para a população e para os representantes políticos. Igualmente, o Ministério Público Brasileiro, em seu papel de fiscalizador do cumprimento da legislação ambiental, também se manifestou publicamente contra a proposta.
Ante o exposto, as instituições e cidadãos abaixo assinados reforçam seu repúdio e posição contrária ao Substitutivo de Projeto de Lei n°1.876/99, assim como a qualquer alteração que remova ou reduza os níveis de proteção atualmente estabelecidos pelo Código Florestal e legislação complementar, atualmente vigentes.
Para assinar clique no link abaixo e envie email, de um em um seremos muitos.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SMS DE ALERTA: SMSALVA-VIDAS


Um software de envio de mensagens curtas (SMS) para celulares, desenvolvido na Universidade Federal Fluminense (UFF), pode ser um aliado inteligente para alertar a população que se encontra em áreas de risco de deslizamentos. Trata-se do SMSalva-vidas, um produto de inovação tecnológica da universidade que já está à disposição do poder público, para se tornar uma ferramenta de uso gratuito.
De acordo com o coordenador do projeto e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFF, Antônio Cláudio Nóbrega, a iniciativa pode ajudar a suprir uma lacuna frequentemente deixada de lado nas estratégias de prevenção de acidentes: a informação. “A capilarização da informação é uma importante peça no processo de alerta de desastres e os celulares são instrumentos de comunicação de amplo alcance, especialmente para quem vive em áreas de risco”, justifica o professor.
A ideia de empregar o software para ajudar a minimizar as consequências dos desastres ambientais surgiu como um desdobramento do projeto Uso de serviços de mensagens curtas (SMS) personalizadas para a melhoria da adesão dos pacientes ao tratamento do diabetes mellitus, contemplado pela FAPERJ com o edital Apoio ao Desenvolvimento da Tecnologia da Informação no Estado do Rio de Janeiro, em 2010.
A motivação para desenvolver essa vertente de trabalho paralela partiu dos deslizamentos que castigaram a região serrana fluminense no início de janeiro, quando muitos moradores de áreas de risco ignoravam a gravidade do perigo que corriam. “O projeto inicial, também em andamento, desenvolveu um sistema de envio de SMS para ajudar a monitorar pacientes com diabetes que recebem tratamento pelo Hospital Universitário Antônio Pedro. Resolvemos, então, aproveitar a tecnologia deste mesmo software para alertar populações de áreas de risco de deslizamentos”, conta.
O sistema consiste no cadastramento do máximo de pessoas de uma localidade, com endereço e respectivo telefone celular, que são georreferenciados num mapa do município. A partir daí, o gestor público pode marcar as regiões segundo os graus de risco – intermediário, iminente ou provável – e enviar informações fundamentais para prevenir desastres, como ‘chuva perigosa’ ou ‘evacuar imediatamente’.
“As mensagens georreferenciadas de alerta são enviadas imediatamente para os celulares de acordo com a localização específica de cada morador cadastrado dentro de uma área, de modo personalizado. É muito diferente de enviar mensagem padrão para todos ou colocar uma sirene para todos, que pode gerar pânico generalizado e piorar a situação”, explica Nóbrega.
As informações a serem enviadas por SMS podem ser programadas de acordo com a demanda do poder público interessado, e podem ser elaboradas em ação conjunta com institutos de meteorologia, defesa civil e outros. Tudo pela maior disseminação da informação de perigo no menor espaço de tempo possível.
“O sistema está pronto para ser utilizado e é uma oferta gratuita da UFF ao poder público. Já recebemos contatos de algumas prefeituras e governos estaduais. Estamos abertos às autoridades interessadas”, destaca o pró-reitor. “O custo de treinar e articular o trabalho conjunto de institutos de meteorologia, por exemplo, e da defesa civil seria mínimo diante do desenvolvimento do sistema, que já foi realizado, e dos prejuízos às vidas que poderiam ser evitados”, conclui.
O projeto SMSalva-vidas contou com a colaboração ativa de alunos do curso de Ciência de Computação, da pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da UFF e da empresa Quantum, incubada na universidade, entre eles Vitor Zenha, Thiago Diogo, Mario Mariani, Igor Braz e Leticia Fontes.
Autoridades do poder público interessadas devem entrar em contato com Leonor Faria ou Márcia Dacache, pelo telefone (21) 2629-5098 ou pelos e-mails leonor@proppi.uff.br e mdacache@proppi.uff.br, respectivamente.

"NÃO FOI UM ERRO, FOI UM ROUBO" (certamente, mais um!)

“Ao se negar a devolver esses valores, eles patrocinaram um calote ao povo brasileiro”, fustigou E.da Fonte, lembrando que, em audiência pública na Câmara, os próprios representantes da Aneel reconheceram o erro e se dispuseram a corrigi-lo, mas sem que os valores fossem repostos.
 “Na minha avaliação, não foi um erro, foi um roubo. Eles [responsáveis pelas distribuidoras] agiram de má fé”, completou Weliton Prado (PT-MG), que também subscreve o projeto protocolado na Mesa Diretora.

Um grupo de deputados quer que as concessionárias de energia elétrica devolvam ao consumidor o que receberam indevidamente durante sete anos.
Estimativa feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que um equívoco de cálculo fez com as empresas recebessem R$ 1 bilhão a mais por ano no período de 2002 a 2009. A devolução dos recursos, estimados inicialmente em R$ 7 bilhões, está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 10/2011, apresentado na última quarta-feira (23) na Câmara.
Segundo a proposição, as distribuidoras cobraram na conta de luz, durante sete anos, uma contribuição com o pretexto de custear o fornecimento de energia em localidades e sistemas isolados do país. A cobrança foi considerada irregular pelo TCU. No último dia 25 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a decisão tomada em dezembro de 2009 de desobrigar as concessionárias de restituir os valores aplicados irregularmente.
A proposta apresentada na Câmara susta “os efeitos normativos” da agência reguladora. Na justificativa do projeto de decreto legislativo, os deputados que assinam a proposta acusam a Aneel de “negar o direito dos consumidores brasileiros de serem ressarcidos do erro da metodologia de cálculo que elevou ilegalmente as tarifas de energia elétrica” entre 2002 e 2009.
“Mas esse cálculo não levou em conta o crescimento do número de consumidores e as distribuidoras arrecadaram mais do que foi efetivamente gasto na manutenção desses sistemas. Essa arrecadação excedente é proibida pelas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica”, aponta a assessoria do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), um dos responsáveis pela apresentação do projeto. O parlamentar pernambucano disse ao Congresso em Foco que a iniciativa já reúne 180 assinaturas de parlamentares na condição de “co-autores” da matéria.
“No plenário, não tenho a menor dúvida de que vamos conseguir a aprovação, até porque é um direito dos consumidores brasileiros. Temos um apoiamento quase unânime”, avalia Eduardo, para quem o valor cobrado indevidamente dos consumidores pode dobrar, feitas as correções inflacionárias. “Não menos que R$ 7 bilhões – o Tribunal de Contas da União [TCU] disse que a dívida estava calculada em R$ 1 bilhão por ano [entre 2002 e 2009]. Mas esse valor pode chegar a R$ 15 bilhões. Só vamos ter essa certeza quando esse levantamento for finalizado pela Aneel.”
Segundo a justificativa do projeto de decreto legislativo, o pagamento indevido de tarifas fere dispositivos da Constituição, do Código de Defesa do Consumidor e da própria Aneel, na definição de direitos e deveres do consumidor, “em especial do direito ao ressarcimento pelos valores cobrados indevidamente (artigos 76 a 78 da Resolução Aneel n.º 456, de 2000; e o artigo 113 da Resolução Aneel nº 414, de 2010)”.
Eduardo da Fonte diz que, em vez de funcionar como agência reguladora, a Aneel demonstra estar a serviço das distribuidoras de energia elétrica.
(Fonte: Fábio Gois - para o texo completo, acesse: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=36220)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TABAGISMO, ARTRITE REUMATOIDE e LÚPUS

ARTRITE REUMATOIDE
O tabagismo é apontado, hoje, como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da Organização Mundial de Saúde, OMS. Os fumantes correm um risco muito maior de adoecer por câncer e outras doenças crônicas do que os não-fumantes.
Principal causa isolada evitável do câncer de pulmão, o tabagismo é também fator de risco para câncer de laringe, pâncreas, fígado, bexiga, rim, leucemia mielóide e, associado ao consumo de álcool, de câncer da cavidade oral e do esôfago. Em comparação com quem não fuma, os fumantes apresentam um risco duas vezes maior de catarata e de duas a três vezes maior de desenvolver a degeneração macular relacionada à idade.
“Novos estudos revelam agora, que o tabagismo, além de ser um fator de risco para a artrite reumatóide, prejudica o tratamento da artrite e do lúpus”, diz o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
Novas pesquisas
Três estudos recentes mostram ligações entre o tabagismo e um tratamento menos eficaz da artrite reumatóide, bem como uma maior atividade do lúpus, adicionando itens à lista aparentemente interminável de riscos à saúde relacionados ao ato de fumar.
Dois estudos concentraram-se na ligação entre o tabagismo e a artrite reumatóide, que é uma doença crônica que causa dor, rigidez, inchaço e limitação dos movimentos e da função de múltiplas articulações.
“Estudos anteriores já haviam demonstrado que o tabagismo é um fator de risco para o aparecimento da artrite reumatóide. Agora, dois grupos de pesquisadores suecos examinaram o papel do cigarro no desenvolvimento da artrite reumatóide e na resposta ao tratamento da doença”, explica Sérgio Lanzotti.
O primeiro estudo focado no desenvolvimento da artrite reumatóide envolveu 172 pacientes, principalmente mulheres com idade média de 63 anos de idade, no momento do diagnóstico, que foram incluídos em um inquérito de saúde de base comunitária, realizado entre 1991 e 1996. Os participantes da pesquisa forneceram informações sobre estilo de vida (como dieta, tabagismo e nível de educação formal) e amostras de sangue.
Após a análise de dados, os pesquisadores descobriram que aqueles que estavam fumando, no momento de realização da pesquisa, apresentavam um risco aumentado de desenvolver artrite reumatóide, quando comparados aos que não fumavam. Os pesquisadores concluíram que, além de induzir o fenótipo imunológico que predispõe à artrite reumatóide, o tabagismo também podem estar envolvido em eventos que desencadeiam a doença.
“A importância deste estudo é o fato de que o tabagismo e o estilo de vida foram analisados, antes do início da doença, confirmando que o ato de fumar é um fator de risco para artrite reumatóide, além de fornecer informações adicionais sobre o impacto do tabagismo sobre os mecanismos de desencadeamento da doença” , diz o diretor do Iredo.
Outro grupo de pesquisadores suecos debruçou-se sobre a análise do ato de fumar, durante o tratamento da artrite reumatóide. Assim como no primeiro estudo, esta equipe de pesquisadores retirou informações de um estudo sueco de base populacional. Eles analisaram dados de 1.756 pacientes com artrite reumatóide e dividiram as informações em grupos distintos: pacientes que nunca fumaram, pacientes que fumaram no passado e pacientes que ainda fumam (no momento do diagnóstico).
Após análise dos dados, os pesquisadores descobriram que o tabagismo está associado com a não-resposta para o tratamento da doença com o emprego de metotrexato e de terapia anti-TNF. 40% dos participantes que ainda fumavam não responderam ao metotrexato, em comparação a 28%, que nunca havia fumado. No grupo dos pacientes tratados com a terapia anti-TNF, 40% dos pacientes que ainda fumavam não responderam ao tratamento, em comparação a 25%, que nunca fumou.“Os resultados indicam que pacientes com artrite reumatóide que fumam têm maior risco de não se beneficiarem com o tratamento da doença”, destaca o reumatologista Sérgio Lanzotti.
Tabagismo x lúpus
LÚPUS
O terceiro estudo examinou como o tabagismo pode estar associado com a maior atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), bem como a maiores danos aos órgãos de pessoas com a doença. “A atividade da doença é uma medida dos sintomas do lúpus, visando a avaliação da resposta imunológica em curso e dos prejuízos e danos que a doença está provocando aos órgãos dos pacientes”, explica Sérgio Lanzotti.
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica que pode afetar pele, articulações, rins, pulmões, sistema nervoso, e / ou outros órgãos do corpo. “Os sintomas mais comuns incluem erupções na pele e o aparecimento de artrite, freqüentemente acompanhada de fadiga e febre. A doença acomete principalmente mulheres, entre vinte e trinta anos, em idade fértil”, diz o reumatologista.
Pesquisadores americanos analisaram informações de um estudo sobre a qualidade de vida de 216 pacientes com lúpus que haviam sido atendidos no ambulatório de reumatologia de um hospital dos EUA, entre setembro de 2006 e abril de 2008. Estes pacientes eram predominantemente do sexo feminino, afro-americanos, por volta de 40 anos. 15% dos pacientes eram fumantes no momento do estudo.
No grupo estudado, os fumantes apresentaram maior atividade da doença lúpica e mais danos aos órgãos em comparação aos não-fumantes. Os fumantes que apresentaram mais atividade da doença relatavam mais edemas e dores em mais de duas articulações, bem como uma menor resposta imunológica. Entre os fumantes, mais pacientes apresentaram problemas de pele irreversíveis relacionados ao lúpus.
“O estudo incentiva reumatologistas a recomendarem com vigor que os pacientes lúpicos parem de fumar”, diz Sérgio Lanzotti.

MACONHA e IMPOTÊNCIA SEXUAL

TABACO ou MACONHA: O RESULTADO É O MESMO!
Uma pesquisa recente mostrou evidências de que o consumo de maconha pode afetar de forma negativa o desempenho sexual masculino. Isso porque seu uso pode causar problemas de ereção.
A pesquisa da Queen´s University, no Canadá, vai além do conhecimento já disseminado de que a maconha pode afetar certos receptores no cérebro. De acordo com o estudo de Rany Shamloul, pós-doutorando do Departamento de Farmacologia e Toxicologia, esses receptores também existem no pênis.
O consumo de maconha pode ter um efeito contrário sobre esses receptores do pênis, tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção.
- Esses resultados vão mudar o atual entendimento do impacto do uso da maconha sobre a saúde sexual.
O pesquisador alerta que nem todos os usuários de maconha conhecem os efeitos que ela traz ao organismo.
- A maconha é a droga ilícita mais usada globalmente. E ela é frequentemente usada por jovens, pessoas sexualmente ativas que não estão cientes dos efeitos danosos que podem ter sobre seu desempenho e saúde sexual.

AH! SE A MODA PEGA! - Proibição de compra de álcool com dinheiro público

ADIVINHE QUEM PAGOU ESTA CONTA?
A solenidade é oficial e a bebida servida, inclusive a alcóolica, é oficialmente paga com dinheiro público. É para corrigir essa distorção que o deputado federal Jesus Rodrigues (PT) protocolou projeto de lei que proíbe a aquisição de bebidas alcóolicas por qualquer órgão, instituição ou autarquia.
A medida atinge o poder público municipal, estadual e federal. “Não importa qual o motivo, horário do evento ou solenidade. Como servidores do povo devemos dar o exemplo e banir o álcool das nossas repartições e gabinetes”, destaca o parlamentar.
O projeto de lei também condena o consumo de bebida alcóolica nesses recintos, mesmo que o produto seja fruto de patrocínio. “Vinho, uísque, vodca, nada disso será permito nos copos, seja de deputados, vereadores ou secretários, homens públicos que devem dar o exemplo contra a cultura do álcool que destrói milhares de famílias em nosso país diariamente e mata milhões nas estradas a cada ano”, pontua o deputado.
Para Jesus Rodrigues, é preciso criar uma nova cultura, em que a bebida alcóolica seja considerada cafona, como é o cigarro. “O câncer, o enfisema pulmonar e as várias doenças causadas pelo hábito de fumar forçaram o Governo a combater o vício e a alertar as pessoas para os prejuízos que causa. Precisamos fazer isso também em relação às bebidas alcóolicas, tão ou mais prejudiciais do que o cigarro”, alerta.
De acordo com Jesus Rodrigues, a ideia do projeto é pensar uma maneira diferente de lidar e tratar a problemática relacionada ao consumo de álcool no Brasil, cabendo à administração pública o exemplo e a atitude pedagógica de zelar pelos recursos públicos e evitar o consumo de álcool em suas dependências e atos solenes.
Caso seja aprovada, a lei implicará pesada multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000 (dez mil reais), a ser atribuída ao responsável pela gestão do órgão que compre bebida alcóolica. Também serão multados em R$ 500,00 (quinhentos reais) a 1.000,00 (mil reais) aqueles que consumirem esse tipo de bebida em bens públicos, seja da administração direta ou indireta.
“Essa é uma medida que visa proteger o princípio da moralidade que norteia a Administração Pública, estabelecendo punição para o agente que violar esse princípio. A aquisição de bebidas alcoólicas nesse meio concretiza apenas o gasto de dinheiro público sem qualquer benefício para a coletividade, ferindo de morte a moralidade administrativa”, ressalta.

TABAGISMO e DOENÇAS DE PELE CRÔNICAS

PELE DE TABAGISTA = MARACUJÁ-DE-GAVETA?
Todo o ano é a mesma coisa. O sol e o calor intenso do verão estimulam a maioria das pessoas a reforçar os cuidados com a pele, usando protetores solares e hidratantes. A vaidade com a aparência já atingiu até os homens que, geralmente, não são adeptos de cremes e loções. Tudo em prol de uma pele bonita e saudável. Porém, todos esses tratamentos e produtos são ineficazes quando estamos falando de um fumante.
Segundo o dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), José Antonio Sanches Júnior, a primeira vítima do tabagismo é a aparência do fumante, uma vez que ele causa o envelhecimento da pele semelhante ao causado pela exposição excessiva ao sol.— O tabagismo causa danos à microcirculação, diminuindo o aporte de oxigênio e nutrientes e estimulando a produção de radicais livres com alterações no DNA das células epidérmicas e dérmicas — explica.
— A face acaba sofrendo um aumento do número e da profundidade de rugas, além de alterações na formação e na qualidade do colágeno e tecido elástico, que fica com um aspecto de ‘cera’, com coloração amarelo-acinzentada, grosseiramente espessada e com elasticidade reduzida — completa o especialista.
Segundo Sanches, o número de mulheres e homens que procuram o dermatologista, preocupados com o aparecimento de rugas, marcas de expressão e manchas no rosto tem aumentado gradativamente. Porém, existem outras consequências do tabagismo que são muito mais graves.
— As substâncias tóxicas do cigarro prejudicam o sistema imune, fundamental para a vigilância contra agressões ambientais. Parte do sistema imune localiza-se na pele, portanto, é muito provável que a pele fique vulnerável a muitas doenças — avalia o dermatologista.
Estudos recentes têm demonstrado que o ato de fumar pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças de pele crônicas, como a psoríase.
— É importante ainda ressaltar que o ato contínuo de encostar o cigarro nos lábios tem sido responsabilizado como uma das causas de câncer de lábio, pelo atrito físico, pelo contato com as substâncias químicas e pelo calor gerado pelos cigarros — alerta.
Apesar da dependência, é imprescindível que o fumante abandone o vício para que o tratamento dermatológico seja bem sucedido — aconselha.
Dependendo do caso, os efeitos benéficos estéticos do fim do tabagismo podem ser visíveis de médio a longo prazo.
— É fato que existe uma relação muito evidente entre a quantidade de cigarros fumados e o tempo de tabagismo com os efeitos lesivos na pele. Após a suspensão do hábito, a recuperação da saúde da pele pode levar anos, entretanto, com cuidados dermatológicos adequados e intensivos, além de uma correta fotoproteção, é provável que este tempo possa ser encurtado para meses — conclui Sanches.
O especialista reconhece que não é fácil parar de fumar. Porém, com força de vontade, orientação médica e tratamento medicamentoso, é possível superar as dependências físicas e psicológicas do cigarro.
Sanches lista os principais efeitos do fumo sobre a aparência: - a face, o pescoço e as mãos são as áreas mais agredidas pela fumaça do cigarro, que libera radicais livres, causando morte celular e aparecimento precoce de rugas; - cigarro e exposição solar são responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele. Ambos destroem as fibras de colágeno e elastina, apressando esse processo; - o cigarro atua diretamente na corrente sanguínea causando danos à beleza da pele, dos cabelos e de todo o organismo. Sem a circulação correta de nutrientes, as células não conseguem reter água e vitaminas, a pele se torna flácida, opaca e sem brilho. Os cabelos perdem o viço, ficam ressecados e caem mais; - tratamentos estéticos podem ser ineficazes para fumantes porque as substâncias tóxicas lançadas diariamente na corrente sanguínea estimulam a formação de radicais livres; - por sua influência na circulação sanguínea, o fumo também está associado ao aparecimento de celulite.
O excesso de toxinas propicia a formação de depósitos de gorduras e, consequentemente, o efeito “casca de laranja”; - o alcatrão presente no cigarro é o causador da coloração amarelada dos dentes, unhas e pele do rosto; - a fumaça do cigarro possui substâncias tóxicas que aumentam a predisposição ao câncer de pele e boca; - novas evidências também apontam o cigarro como fator agravador da acne.

FUTURO EMBRIAGADO

Propaganda farta na TV e incentivo dos próprios familiares faz
com que o Brasil consuma 50% mais bebidas alcoólicas que a
 média mundial e que jovens comecem cada vez mais cedo a beber.
Em meio aos alarmantes dados divulgados no último dia 11, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que o consumo de álcool no Brasil é quase 50% superior à média mundial, uma pesquisa feita pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) em São Paulo chama a atenção para o abuso das bebidas alcoólicas entre jovens.
Segundo a pesquisa, 40% dos jovens alcoolistas deram seu primeiro gole antes dos 11 anos de idade. Para especialistas, mesmo que os números indiquem o abuso do álcool como um problema de saúde pública, a legislação brasileira ainda esbarra em um impasse no controle de propagandas de bebida alcoólica.
Segundo a OMS, 320 mil jovens entre 15 e 29 anos morrem ao redor do mundo, todos os anos, de causas relacionadas ao uso do álcool. O levantamento feito pela entidade indica que homens brasileiros bebem até 24,4 litros de álcool por ano, enquanto que a média no mundo é de 6,1 litros. Já as mulheres, bebem dez litros, em média.
Segundo Marta Jezierski, diretora do Cratod e responsável pela pesquisa, as propagandas de bebida alcoólica são grandes colaboradoras dessa realidade. "Tem muita campanha a favor do consumo, mas quase nenhuma contra" observa. Vários estudos já comprovaram que a cada comercial de bebida alcoólica veiculado, aumenta em 1% o número de drinks tomados por jovens no mundo.
Propagandas de cerveja conquistam os jovens
Para Ilana Pinsky, psicóloga e coordenadora do ambulatório de adolescentes da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a restrição às propagandas de bebida alcoólica é um tabu entre lobistas e empresas de mídia. A propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil é regulada por lei e só pode ser veiculada entre 21 h e 6h observa. No entanto, a lei só vale para produtos alcoólicos com mais de 13 gigalitro, o que exclui cervejas e vinhos. Segundo ela, a indústria da bebida alega que a regulamentação fere a "liberdade de expressão comercial" (termo existente apenas no Brasil), para não admitir que as restrições às propagandas de cerveja, especificamente, representariam, na verdade, enorme queda nos lucros.
Os últimos dados do IBOPE mostram que os comerciais de cerveja representam cerca de 80% de toda a propaganda de bebida alcoólica veiculada na televisão. Aliado a isso, os dados da OMS revelam que a bebida preferida dos brasileiros é justamente a cerveja, que ganha 54% da preferência nacional. Para os especialistas, evitar esse debate é negligenciar a alarmante realidade de que 3% dos adolescentes brasileiros já desenvolveram dependência do álcool.
A meta de todos nós que trabalhamos com os efeitos do álcool, é conseguir que os comerciais de cerveja sejam restritos a um horário a partir das 22h afirma Angela Maria Mendes de Abreu, com doutorado em Álcool e Trânsito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Aos usarem modelos lindas e jovens, os comerciais influenciam principalmente o público mais novo, porque geram identificação.
Para Carlos Salgado, psiquiatra presidente da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead) as bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, veiculadas indiscriminadamente, são justamente às quais os jovens são mais sensíveis.
O cérebro jovem se acostuma e se adapta mais facilmente à ingestão do álcool, o que significa que, fisiologicamente, somos mais vulneráveis a ele quando jovens alerta Carlos. Com isso, as pessoas que começam um processo de dependência mais cedo, são as que terão extrema dificuldade de abandonar o uso depois. Somos fisiologicamente mais vulneráveis ao efeito do álcool quando jovens Carlos Salgado Presidente da Abead.
Pais e amigos são as principais influências
Segundo a pesquisa do Cratod, 39% dos jovens analisados tinham pais que bebiam e 19% tinham mães que repetiam o comportamento. Segundo Angela, todos os estudos já feitos afirmam que 70% dos menores que têm pais alcoolistas acabam desenvolvendo o mesmo distúrbio. É importante lembrar que os filhos aprendem com o exemplo dos pais e tendem a repetir o mesmo comportamento, seja ele bom ou ruim acrescenta.
O psiquiatra Carlos Salgado adianta que o comportamento começa em casa e depois se repete também na vida social. Outra grande influência é dos amigos que já começaram e beber e fazem pressão para que os outros sigam o mesmo comportamento. Isso acontece tanto com meninos quanto com meninas observa.
A estudante de comunicação Livia Mendes, conta que entrou em contato com a bebida pela primeira vez quando era criança, quando o pai compartilhava a bebida do próprio copo com ela. Eu achava legal beber quando era pequena, porque me sentia adulta como o meu pai lembra. Depois, adquiri o hábito aos 15 anos, quando meus amigos saiam da escola para beber no bar. Mesmo sendo menor de idade, a gente sempre dava um jeito: se escondia no cantinho do bar ou mostrava a carteira falsa. Todo mundo sabe que é muito fácil vender bebida para adolescente aqui no Brasil. Hoje, aos 22, Lívia comemora o fato de ter parado de beber já há dois anos. Eu fazia muita besteira, ficava com gente que eu nem lembrava depois, era uma bagunça conta.
O caso de Lívia não está sozinho. O analista de sistemas Marcel Barbosa, 31, que tomou seu primeiro gole de cerveja aos 16 anos, conta que se diverte muito mais desde que abandonou a bebida. Eu não tinha limite, todas as vezes que saía, o lema era beber até cair. Então tirei carteira e quase me envolvi em uma série de acidentes, conta. Uma vez, briguei feio com um amigo, que pegava carona comigo, porque estava dirigindo bêbado e quase bati com o carro. Por essas e outras, parei de beber.