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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM AOS 73 ANOS DE CORNÉLIO PROCÓPIO - PR - BRASIL

Monumento ao Cristo Redentor


Prédio da antiga Rede Ferroviária, onde está instalado
 o Museu de História Natural

Fonte:  http://saopaulo-parana.blogspot.com/
Acervo: Francisco de Almeida Lopes,
pai de João Carlos Neves Lopes (blogueiro)
Prédio da estação ferroviária da Companhia Ferroviária S.Paulo-Paraná
No Museu de História Natural, antiga ferroviária de Cornélio Procópio (Norte), o coordenador do museu José Aparecido Galdino tem orgulho do vasto acervo de animais taxidermizados. São cerca de 4.500 peças expostas em seus devidos ecossistemas: Cerrado, Mata Atlântica, do Pantanal ou Amazônia, por exemplo. Há também espécies de outros países. O local é um dos dois únicos que possuem acervo de animais taxidermizados no País.
O trabalho de Galdino em Cornélio começou há 42 anos. Há 51, ele se dedica à técnica. ''Taxidermia significa fixação da pele. Só trabalhamos com a pele, diferente de embalsamamento'', explica, enquanto observa um dos alunos da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), onde trabalha como professor, retirar a pele de um jacaré de um zoológico de Bauru (SP).
Galdino mantém 12 freezers na universidade com carcaças de animais que morreram em zoológicos do País e que o professor vai buscar pessoalmente. Cuba foi um dos locais mais distantes em que ele já foi buscar um animal - um peixe-espada do mar do Caribe.
A pele é tratada e então um arame é posto no lugar da coluna e outros dois no lugar das patas. Só para o tratamento da pele, a substância utilizada - uma pasta à base de arsênico -, custa R$ 2,80 o grama. Em um leão recém-finalizado, foram gastos 3 kg da pasta.
Em seguida, o animal é colocado na postura natural, em posições que denotam o comportamento na natureza, aspecto este que diferencia o trabalho do taxidermista daquele que o faz apenas por hobbie.
Durante passeio ao Museu de História Natural, o visitante não apenas observa a fidelidade com que os animais são taxidermizados, mas também ouvem sobre o comportamento, em um tour que Galdino chama de ''safari noturno''. As luzes são todas apagadas, sons de animais tomam conta do ambiente. Um monitor fala do animal enquanto aponta para ele com uma lanterna.
Instinto
Uma espécie de pássaro chamado de João Graveteiro é capaz de fazer um grande ninho com gravetos, que vai do galho e se estende para baixo. ''É um ninho enorme. E olha o tamanho do passarinho.'', mostra Galdino. ''Ele faz cinco ou seis entradas no ninho. Mas só uma leva ao lugarzinho dele. O resto é falso.''
''O Gato do Mato. Está havendo uma superpopulação. Ele se alimenta da aves, répteis, insetos. Ele está ficando saudável, cruzando e tendo mais filhotes'', observa o professor, apontando para o animal exposto. A harpia, que já morou em Londrina e Cornélio, hoje é ave rara. ''É a maior águia do planeta'', ele destaca.
Para isso, uma ficha completa do animal é cedida pelo professor: sua distribuição geográfica, habitat, se é da floresta ou da restinga, animal do céu ou de chão, alimentação, quantos ovos bota, qual o período de incubação, quem trata - se a mãe ou o pai - e alguma curiosidade. Os monitores são capacitados para atender a público de todas as faixas etárias.

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