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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SEGUNDO CÉREBRO

Carlos costuma dizer que sente “um nó no estômago” quando está angustiado ou muito estressado e sente a barriga encolher. Sebastião afirma que está “se remoendo por dentro” quando enfrenta uma situação de dúvida ou incerteza ou está simplesmente muito curioso por algo. Provavelmente você mesmo já tenha mencionado alguma vez que sente “borboletas no estômago" para explicar as cócegas causadas pela presença de uma pessoa que o atrai ou o nervosismo prévio a um encontro com alguém por quem está apaixonado.
Essas e outras sensações na região do aparelho digestivo, que aparentemente têm algum vínculo com os sentimentos, podem ter uma explicação científica segundo o médico Michael Gershon, pesquisador da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e autor do livro The Second Brain (O Segundo Cérebro).
O segundo cérebro de Gershon está na região do corpo chamada sistema nervoso entérico, formado por uma série de camadas de células nervosas localizadas nas paredes do tubo intestinal e que contém cerca de 100 milhões de neurônios.
Nesse sistema estão presentes todos os tipos de neurotransmissores - substâncias químicas que transmitem os impulsos nervosos entre os neurônios e os nervos - que existem no encéfalo craniano, como a serotonina, cuja maior concentração se encontra justamente na região intestinal.
Esse pequeno cérebro estomacal tem uma conexão direta com o cérebro de verdade, e determina, ele também, em certa medida, o estado mental da pessoa. Também desempenha um papel-chave em certas doenças que afetam outras partes do organismo, como a maioria dos transtornos de intestino, desde a síndrome do intestino irritado até as doenças relacionadas com a inflamação intestinal e a prisão de ventre da terceira idade.
De acordo com Gershon, "o sistema nervoso entérico fala ao cérebro e este órgão responde. O intestino pode afetar o estado de ânimo, e a estimulação do nervo principal, chamado vago, que conecta o cérebro com o intestino, pode ajudar a aliviar a depressão e a tratar a epilepsia".
(Fonte: Omar Segura - REvista Época - Texto completo: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=10113)

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