Quem conhece a história de Lawrence Summers, ex-reitor de Harvard, pode concordar com um estudo recente que afirma: o preconceito contra mulheres na ciência é, sobretudo, institucional.
Summers ficou conhecido em 2008 por afirmar que as mulheres teriam menos aptidão para a ciência. A frase causou comoção e manifestações de cientistas. Três anos depois, o debate está longe de ser esgotado.
Stephen Ceci e Wendy Williams, da Universidade Cornell, EUA, debruçaram-se sobre 20 anos de dados sobre candidatura a vagas de trabalho, financiamento de pesquisa e publicação de artigos científicos nos EUA.
Eles viram que a quantidade de mulheres na ciência aumentou desde a década de 1970. Mas elas ainda não chegam ao topo por causa da chamada "discriminação institucional".
Por exemplo, as mulheres recebem menos recursos para fazer pesquisa e têm menos oportunidades de trabalho em ciências --especialmente nos cargos de chefia.
O trabalho está publicado na revista científica PNAS ("Proceedings of the National Academy of Sciences").
(Fonte: Sabine Righetti - Folha.com/ http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=10074)
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