A prática de corrida de longas distâncias já não é só para jovens. Visando o desenvolvimento dessa atividade na terceira idade, o Laboratório de Biofísica da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP está desenvolvendo uma nova linha de pesquisa para o projeto Controle do Equilíbrio e Movimento em Adultos Jovens e Idosos Sedentários e Corredores. A ideia é entender como a atividade influencia a vida de idosos sedentários.
“Idosos se machucam mais que jovens e tem maior tempo de recuperação. Isso é pura questão de idade, ou está relacionado a algum componente do padrão de movimento?”, questiona o professor Marcos Duarte, do Laboratório de Biofísica.
O foco do projeto é, portanto, entender como o envelhecimento altera a dinâmica do movimento, e assim conseguir ampliar os benefícios da atividade física para o idoso, com um menor risco de lesão ou dano à saúde. “Nossos dados já sugerem que o idoso corre de uma forma diferente do adulto. Nosso objetivo é entender no que isso implica em termos de carga”, explica Duarte.
Para o estudo, foram adquiridos equipamentos capazes de captar os movimentos realizados com detalhes, mandando esses dados para o computador, para que eles sejam analisados de forma mais profunda. Segundo o professor, com o equipamento é possível entender o que acontece com o corpo como um todo, e corrigir o que está errado instantaneamente.
Basicamente, sensores de movimento são colocados por todo o corpo da pessoa estudada, e câmeras, instaladas em diversos pontos do laboratório, captam as informações passadas por esses sensores, enviando-as para o computador.
Além do científico, há também a motivação social do projeto em mostrar que qualquer um, mesmo um idoso sedentário, tem condições de praticar corrida de longas distâncias. Para Duarte, trata-se de “mostrar que o idoso pode iniciar um treinamento para ter uma vida mais saudável”. “O maior desafio é que a pessoa chega aos 60 anos sedentária, e então ‘aceita’ isso, não praticando nenhuma atividade física”, completa.
Rogério, com 59 anos, e que se inscreveu no projeto como voluntário, conta que aceitou participar por essa ser uma oportunidade de começar a praticar uma atividade física, com o devido treinamento. “Posso correr sozinho, mas com orientação é melhor, para fazer algo mais correto”, afirma.
O Laboratório de Biofísica está selecionando um grupo de idosos voluntários. Na primeira etapa, serão realizadas as avaliações, tanto de saúde, para verificarde se há alguma condição impeditiva, quanto de desempenho físico. Após essa primeira fase, terá início o treinamento, com duração prevista de quatro a seis meses, realizado através de grupos de corrida, tendo como base a Cidade Universitária. A ideia é que as atividades se iniciem já no final desse semestre.
O projeto conta um blog, que, além de divulgação, também é um modo de informar idosos e pessoas que não participam do estudo sobre a prática de corrida de rua, e os resultados obtidos na pesquisa. É o que Duarte chama de um “canal aberto de comunicação”, entre o estudo e a sociedade.
Para mais informações sobre o projeto, e como ser voluntário, acesse o blog , ou entre em contato pelo telefone (11) 3091-8735 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3091-8735 end_of_the_skype_highlighting ou pelo email contato@demotu.org.
O projeto conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Mais informações: (11) 3091-8735 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3091-8735 end_of_the_skype_highlighting ou email contato@demotu.org ou blog http://demotu.org/pralados60/
(Fonte: Imagens: Marcos Santos-Marcelo Henrique Nascimento, do USP Online - email marcelo.nascimento@usp.br - http://www.usp.br/agen/?p=60415)
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