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segunda-feira, 13 de junho de 2011

QUE BACTÉRIA É ESSA QUE CONTAMINA ALIMENTOS e MATA NA EUROPA?

O Brasil, pelo menos por enquanto, não tem motivos para se preocupar com o surto da bactéria Escherichia coli, que vem causando mortes na Europa, principalmente no norte da Alemanha. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que não há nenhum indício de que a bactéria tenha chegado ao Brasil.
A E. coli tem várias cepas, ou sorotipos, que nada mais são que subtipos, variações dentro da espécie. A bactéria normalmente é encontrada no intestino dos seres humanos e dos animais de sangue quente, que contaminam alimentos e água para consumo humano. Daí a importância das Boas Práticas em toda a cadeia produtiva de alimentos, com a APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle para garantir a segurança dos alimentos.
As últimas constatações apontam ser os brotos de grãos, largamente consumidos crus, foram a fonte de contaminação. Os alimentos bem processados podem ser consumidos, pois passam por acidificação, pasteurização e outros processos térmicos.
Há, no entanto, outras cepas que provocam sérios problemas de saúde, inclusive no Brasil. A mais conhecida é a O157:H7, que pode causar complicações em crianças.
A variação que está causando mortes na Europa se chama O104:H4. Ela causa os mesmos males que a cepa que já era conhecida, mas é bem mais agressiva. Por isso, está atacando também adultos e provocando mortes.
A bactéria provoca lesões na parte de dentro do intestino que fazem com que saia muito sangue nas fezes. Por isso, essa variação também é conhecida como E.coli entero-hemorrágica (EHEC, na sigla em inglês). Ela pode produzir ainda uma toxina chamada Shiga ou verotoxina, o que justifica suas outras nomenclaturas: E.coli produtora de verotoxina (VTEC) e E.coli produtora de toxina Shiga (STEC). Essa toxina provoca a lise dos glóbulos vermelhos, o que leva à anemia, e provoca também insuficiência renal.
A doença é conhecida como síndrome hemolítico-urêmica (SHU). O agravante é o fato de que os antibióticos não combatem seus efeitos, e quando se descobre a doença, a toxina já se espalhou.
(Fonte: Méd. vet. Yassuo Curiaki - Especialista em Gestão da Qualidade em Alimentos - http://www.alimentosevida.org.br/index.php?pagina=posts&id=139&tipo=Notícias

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