APROXIMADAMENTE 4% da população do município de São Paulo com idade superior a 60 anos é portadora de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), observa o médico Clóvis Arlindo de Sousa em sua tese de doutorado aprovada recentemente na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Na tese, Sousa estuda as doenças respiratórias e seus fatores associados. Em relação à DPOC, o problema não está relacionado somente à idade, mas principalmente ao número de cigarros fumados na vida e à inatividade física. O fator de risco considerado mais importante para a presença da afecção é a fumaça do cigarro.
Sousa conclui que a tendência de aumento da DPOC em nosso meio, pelo aumento de idosos na população, promove a necessidade do diagnóstico precoce da doença e mostra a importância de uma abordagem educacional para que o cigarro seja abandonado. Isso aponta também que atividades físicas sejam incentivadas nos pacientes.
Essas medidas, acrescenta, não só irão reduzir o impacto econômico da doença para o sistema de saúde e os próprios pacientes, mas também são importantes para a qualidade de vida.
Na "Revista de Saúde Pública" deste mês, Clóvis A. Sousa e colaboradores também analisam a presença da DPOC no Brasil. Referem que, no último consenso sobre a doença, em 2003, ela foi considerada a quinta maior causa de internação de maiores de 40 anos no sistema público de saúde, com quase 200 mil internações hospitalares e gasto de cerca de R$ 72 milhões. Foi classificada entre a quinta e a sexta causa de morte no país, com 38 mil óbitos por ano.
(Fonte - REDE ACT - JULIO ABRAMCZYK- http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2310201104.htm)
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