A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu aos Governos que ponham a saúde de seus cidadãos na frente dos interesses econômicos e eliminem as desigualdades no atendimento médico.
"Os Governos devem pôr a saúde de seus povos na frente da de suas empresas, especialmente em um momento no qual a crise aumenta", afirmou Chan nesta quarta-feira, 19, no discurso de abertura da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, organizada pela OMS no Rio de Janeiro.
A diretora da OMS, que falou para ministros e altos funcionários de cerca de 120 países, destacou que existem "motivos econômicos poderosos" para aumentar os investimentos em saúde e, especialmente, na prevenção das doenças crônicas que se agravam com fatores sociais como o sedentarismo e a pobreza.
Chan citou um recente estudo da Universidade de Harvard segundo o qual será preciso gastar US$ 30 trilhões nos próximos 20 anos no tratamento de doenças crônicas não-contagiosas como câncer, diabetes, e aquelas relacionadas com tabaco, álcool ou má alimentação.
"O diagnóstico destas doenças é tardio e então a fatura médica é catastrófica, as despesas hospitalares custam bilhões de dólares e contribuem para empurrar milhões de pessoas para baixo da linha da pobreza a cada ano", declarou Chan.
A diretora da OMS condenou a indústria do tabaco e empresas alimentícias por usarem "táticas agressivas" para evitar que os Governos limitem o consumo de cigarros e o excesso de açúcar na comida, que causam diabetes e obesidade.
"Colocar estas políticas em prática é um desafio enorme. Significa bater de frente contra a desigualdade e com os interesses comerciais inadequados", disse Chan, na abertura do maior evento organizado pela OMS desde a Conferência sobre Atendimento Primário de Saúde realizada em 1978, em Almaty, então capital do Cazaquistão, uma das 15 repúblicas da antiga União Soviética.
A Declaração de Almaty assentou as bases dos cuidados primários com a saúde e agora a Conferência do Rio pretende estimular a reforma do sistema de saúde de todos os países, para reduzir as brechas sociais que afetam a saúde pública.
Nessa linha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, frisou em seu discurso que "não será possível" reduzir a mortalidade por doenças crônicas não-contagiosas se não forem reduzidas as desigualdades sociais, já que os principais afetados são as populações mais desfavorecidas.
O tabagismo e a obesidade são mais frequentes entre os pobres, que também estão mais expostos a doenças como câncer e diabetes pelo menor acesso aos procedimentos de diagnósticos e aos tratamentos, segundo Padilha.
"A política de saúde deve ser equânime e não promotora de desigualdades", ressaltou o ministro, que fez uma defesa veemente de um sistema de saúde público, gratuito e universal.
A Conferência conta com a participação de cerca de 900 pessoas, incluindo autoridades de cerca de 120 países, representantes das agências da ONU e do mundo acadêmico.
Os debates acontecerão até a próxima sexta- feira, quando a organização espera anunciar a Declaração de Rio, que vai conter recomendações concretas aos Governos para a redução das desigualdades sociais e para a extensão da assistência médica.
A diretora da OMS, que falou para ministros e altos funcionários de cerca de 120 países, destacou que existem "motivos econômicos poderosos" para aumentar os investimentos em saúde e, especialmente, na prevenção das doenças crônicas que se agravam com fatores sociais como o sedentarismo e a pobreza.
Chan citou um recente estudo da Universidade de Harvard segundo o qual será preciso gastar US$ 30 trilhões nos próximos 20 anos no tratamento de doenças crônicas não-contagiosas como câncer, diabetes, e aquelas relacionadas com tabaco, álcool ou má alimentação.
"O diagnóstico destas doenças é tardio e então a fatura médica é catastrófica, as despesas hospitalares custam bilhões de dólares e contribuem para empurrar milhões de pessoas para baixo da linha da pobreza a cada ano", declarou Chan.
A diretora da OMS condenou a indústria do tabaco e empresas alimentícias por usarem "táticas agressivas" para evitar que os Governos limitem o consumo de cigarros e o excesso de açúcar na comida, que causam diabetes e obesidade.
"Colocar estas políticas em prática é um desafio enorme. Significa bater de frente contra a desigualdade e com os interesses comerciais inadequados", disse Chan, na abertura do maior evento organizado pela OMS desde a Conferência sobre Atendimento Primário de Saúde realizada em 1978, em Almaty, então capital do Cazaquistão, uma das 15 repúblicas da antiga União Soviética.
A Declaração de Almaty assentou as bases dos cuidados primários com a saúde e agora a Conferência do Rio pretende estimular a reforma do sistema de saúde de todos os países, para reduzir as brechas sociais que afetam a saúde pública.
Nessa linha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, frisou em seu discurso que "não será possível" reduzir a mortalidade por doenças crônicas não-contagiosas se não forem reduzidas as desigualdades sociais, já que os principais afetados são as populações mais desfavorecidas.
O tabagismo e a obesidade são mais frequentes entre os pobres, que também estão mais expostos a doenças como câncer e diabetes pelo menor acesso aos procedimentos de diagnósticos e aos tratamentos, segundo Padilha.
"A política de saúde deve ser equânime e não promotora de desigualdades", ressaltou o ministro, que fez uma defesa veemente de um sistema de saúde público, gratuito e universal.
A Conferência conta com a participação de cerca de 900 pessoas, incluindo autoridades de cerca de 120 países, representantes das agências da ONU e do mundo acadêmico.
Os debates acontecerão até a próxima sexta- feira, quando a organização espera anunciar a Declaração de Rio, que vai conter recomendações concretas aos Governos para a redução das desigualdades sociais e para a extensão da assistência médica.
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