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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

TABAGISMO e TUBERCULOSE

Uma perigosa mistura pode levar ao aumento no número de casos de tuberculose em todo o mundo entre 2010 e 2050. Países pobres, nos quais a incidência de tuberculose é alta, estão recebendo cada vez mais investimentos da indústria do cigarro. Como resultado, diz um estudo publicado no prestigioso periódico British Medical Journal, pode haver um acréscimo de 40 milhões de mortes às já previstas 61 milhões no período entre 2010 e 2050, totalizando 101 milhões de mortes.
O número de casos no mesmo período também deve sofrer um acréscimo de 7%, passando de 256 milhões para 274 milhões. Os pesquisadores usaram um modelo matemático para prever vários cenários de aumento de casos e mortes por tuberculose entre 2010 e 2050. No cenário mais pessimista, o número de casos e mortes acumulados neste período chegaria a 290 milhões e 114 milhões respectivamente.
"Medidas drásticas de controle do tabagismo poderiam evitar milhões de mortes nas próximas quatro décadas", afirma o médico Sanjay Basu, da Universidade da Califórnia em São Francisco, coordenador do estudo. "Controlar o fumo é controlar a tuberculose."
Segundo o estudo, o tabagismo está aumentando em regiões nas quais a tuberculose é endêmica e, mesmo com os esforços de organizações de saúde para detectar e tratar a tuberculose nestes lugares, é preciso criar restrições aos cigarros. O tabagismo aumenta em 1,9 vez o risco de ter uma tuberculose latente, em duas vezes o risco de desenvolver uma tuberculose ativa e 2,6 vezes o risco de morte pela doença.
No Brasil, segundo pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em agosto deste ano, o número de fumantes no país caiu de 16,2% da população para 15,1% entre 2006 e 2010. No mundo inteiro, estima-se que um quinto da população seja fumante.
TUBERCULOSE
Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a doença provoca infecção no pulmão, embora possa afetar outros órgãos. É transmitida via aérea e na maioria dos casos — 90 a 95% — permanece latente no organismo. Nos 5 a 10% de pessoas que têm a doença ativa, a bactéria multiplica-se e deixa o paciente doente, causando dificuldade respiratória, tosse, dor no peito e acúmulo de líquido entre o pulmão e o tórax, entre outros sintomas.
(Fonte: REDE ACT - Veja on line, 05/10/2011

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