Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de junho de 2012

DIREITO ANIMAL



"Recebemos inúmeros pedidos de ajuda para se desfazer do animal, por diversos motivos: mudança, viagem, desemprego, doença, brigas entre os animais, etc. Há uma cultura de que o animal é um objeto da casa, não tendo prioridade alguma, e sendo o primeiro a ser descartado ou esquecido quando surge alguma dificuldade, como se fosse um peso. As pessoas querem apoio para repassar o animal, seja para a casa de alguém  ou mesmo para um abrigo, acreditando assim, que isso não seria um abandono e poderá ficar com sua consciência tranquila.  Ledo engano. Excluir um membro da família, com a qual ele criou laços afetivos fortes, e entregá-lo a um destino incerto, é abandono e gera muito sofrimento ao animal. 
Uma coisa é resgatar um animal de uma situação difícil e perigosa nas ruas, e encaminhá-lo para um lar responsável e amoroso. Isso é uma medida de intervenção em uma violência que o animal sofreu. Mas, após decidir deliberadamente incluir um animal a família e depois de meses ou anos, simplesmente desistir dele por qualquer motivo que seja, é um ato irresponsável, anti-ético e frio.
Adotar um animal é um compromisso a longo prazo muito grande, pois é integrar um novo membro à sua família. Para isso, você precisa ter certeza de que pode arcar com essa responsabilidade para toda a vida do animal, que é em torno de 20 anos. Caso não seja capaz, não adote para depois gerar sofrimento para o animal. A adoção deve ser criteriosamente planejada.
Dificuldades ao longo da vida, aparecem para todos, e é absolutamente normal e comum. O que não pode ser normal e se tornar comum, é desistir de membros da família a cada dificuldade. Somos seres racionais, e devemos usar essa racionalidade para o bem. Devemos buscar soluções éticas, e não maquiavélicas, em que os fins justificam os meios, não se importando com os sentimentos dos envolvidos, principalmente dos quais nos tornamos responsáveis. Portanto, se pensar bem e modificar prioridades, abandonar um animal nunca será uma necessidade a ser cogitada. 
Somos um grupo de educação radical, ou seja, que explora e atua nos problemas desde sua raiz para solucioná-los de forma verdadeira e não superficial. Portanto, não podemos colaborar com atitudes que condizem com a guarda irresponsável, o abandono, a coisificação animal, a justificativa de abrigos que são verdadeiros depósitos para animais, etc. Se a pessoa vier a abandonar o animal nas ruas, ou mantê-lo em condições de maus tratos, esta deve ser prontamente denunciada e pagar legalmente por seu crime. 
As entidades de Direitos Animais, devem se posicionar em seu papel de defesa dos animais, e denunciar os maus tratos, nunca colaborando com eles, nunca passando a mão na cabeça de quem usa os animais de forma leviana, mas sendo firmes em educar a sociedade para o respeito e responsabilidade aos animais. Colaborar com atitudes irresponsáveis, perpetua o que queremos mudar, pois estaremos sempre maquiando, tapando buracos, nunca promovendo uma mudança social em respeito aos animais, e assim deixando caminhos abertos para futuras vítimas. 
Procure soluções que se adequem a sua vida. E a sua vida é com o animal que você introduziu a ela."
ESTA É UMA PARTE INICIAL DE UM TEXTO IMPORTANTE QUE PODE SER ACESSADO através destes links:
e
http://direito-animal.blogspot.com.br/ (este último de responsabilidade da jovem advogada carioca THALITA DIAS BRAGA, a quem saúdo neste momento: é uma honra tê-la por perto de saude-joni.blogspot.com.br).

Nenhum comentário:

Postar um comentário