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sábado, 26 de junho de 2010

HORAS EXTRAS

Um estudo realizado com trabalhadores britânicos de Londres (4.262 homens e 1.752 mulheres), entre 31 e 61 anos, demonstrou um aumento do risco de doença cardiovascular com aumento da carga de hora extra.
Estes trabalhadores britânicos tiveram avaliação da quantidade de horas de trabalho por dia no período de 1991 até 1994, com seguimento extendido de 2002 a 2004 (seguimento médio de 11,2 anos).
As complicações avaliadas nos trabalhadores foram: doença arterial coronariana (obstruções das artérias do coração por placas de gordura), infarto do miocárdio (ataque cardíaco) não fatal ou angina do peito.
Entre os trabalhadores, 54% deles não tinham hora extra registrada, 21% com relatavam 1 hora extra, 15% relatavam 2 horas extras e 10% documentaram 3 a 4 horas extras. Os trabalhadores que declaravam hora extra regularmente eram na maioria homens, tabagistas, etilistas, casados e em altos graus de gerência. Demonstrou-se, também, correlação com maior incidência de estresse e níveis elevados de LDL colesterol ("mau" colesterol).
Os autores concluíram que hora extra está associada com aumento do risco cardiovascular para eventos coronarianos, independentemente dos outros fatores de risco cardiovasculares.
Estes achados reforçam os achados de estudos prévios que correlacionaram alterações comportamentais, psicopatias, aumento da taxa de obesidade em mulheres e alterações glicêmicas (elevações das taxas de açúcar no sangue) com excesso de trabalho.
Com isso, os cardiologistas devem contemplar durante o seu atendimento como são as atividades de trabalho dos seus pacientes, assim como estimular a promoção de uma mudança de estilo de vida e atividade física. (Fonte: SBC News - European Heart Journal/portaldocoracao.uol.com.br)

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